Dois Homens De Mãos Dadas

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Dois homens,
De mãos dadas,
Duas almas entrelaçadas.

Dois lábios colados,
De calor ermo,
Dois corações apaixonados.

De que é feito o teu preconceito?
De medo,
Inveja,
Ou egoísmo soberbo?

Seria no fundo esse seu desejo?

Dois homens de mãos dadas,
Pernas entrelaçadas,
Suspiros ermos,
E de lençóis amassados.

Quem grita mais forte?

Seu falatório de repúdio,
O amor em prelúdio,
Ou dois homens de mãos dadas,
Vidas unidas e vidas seladas.
Seladas com o beijo,
Quente,
Verdadeiro.

Que por tempos e tempos,
Todo esse teu preconceito,
Não passava de um desejo.

Vilipêndio- O Autor Pós Mortem (segundo volume de A Morte do Autor)Onde histórias criam vida. Descubra agora