A Morte

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    Harry parou na frente da Floresta Proibida e lembrou de todos os seus anos de aventura no castelo. Tinham se passado 7 dias após a batalha final e os enterros e luto já tinham se apresentado. É como se sete filmes (o último divido em duas partes) passasse na sua cabeça. A Pedra Filosofal, em que ele tinha desconfiado do professor errado o tempo todo e depois a safado de uma acusação de assassinato graças ao diretor, A Câmara Secreta, que foi mais uma tentativa fracassada e aterrorizante de Tom para recuperar um corpo e quando ele conheceu Dobby, A Fuga de Sirius, quando ele conheceu o padrinho e descobriu que o único professor de DECAT realmente capacitado para o cargo era um lobisomem e fora amigo de seus pais, O torneio Tribuxo, onde ele quase morreu várias vezes no mesmo ano e teve sua primeira grande briga com Ron, A Ordem da Fênix, quando ele começou a ser ensinado pelo professor Snape em Oclumência e não teve paciência e nem maturidade (falta das duas partes envolvidas) para as aulas e a morte do seu padrinho e a possessão de Voldemort como resultado. Também teve o ano do Príncipe Mestiço, no qual foi o único ano em que ele realmente foi bom em poções sem ser intimidado por Snape e perseguiu Draco o ano todo para no final Dumbledore morrer, e por fim as Relíquias da Morte, ano o qual ele passou caçando as hórcruxes e sofreu várias mortes (como a de Dobby, Remus, Snape, etc).

Aquelas mortes... Ele, como Mestre da Morte, conseguia ver todos os fantasmas das vítimas da guerra andando por Hogwarts. Não que eles tivessem se tornado fantasmas, não. Mas a Morte lhe explicou mais cedo, ele conseguia ver as almas que ainda não tinham absorvido a morte. E aquilo foi como um tapa em Harry. Ele não conseguia ver aqueles que ele amava e ao questionar isso à Morte, ela lhe disse que, se ele não conseguisse vê-los é porque eles aceitaram o fim de sua vida e a acolheram.

Harry até tinha voltado para a casa dos gritos, mas só encontrou o cadáver do que um dia foi seu professor... Harry não conseguiu ficar feliz pelo professor ou por qualquer outro, e ele sabia se ele tivesse encontrado algum deles, ele ficaria mais triste ainda.

— Harry! - Hermione o gritou ao longe.

Ela e Ron a aproximaram dele e ficaram cada um de um lado.

— Você tá bem cara? - Ron perguntou.

Não. Ele não estava. Ele não conseguia ver o qual o lado positivo de nada disso. Ele viu as poucas pessoas que se importavam com ele morrem como se fossem nada.

— Claro, estava apenas descansando um pouco antes de continuar com a reconstrução do castelo.

Eles tinham se alistado como voluntários para reconstruir o castelo e Harry esperava que o processo durasse muito tempo, de preferência. Ele não queria voltar as aulas e ver os alunos sorrirem e continuarem com suas vidas inocentes sem nenhum propósito. Isso se ele voltasse para completar o último ano.

— Ok... Harry, se você quiser desabafar, não hesite em nós procurar, tudo bem? - Hermione colocou sua mão em meu ombro direito.

Não. Ele definitivamente não iria procurá-los. Eles estavam felizes, na medida do possível. Iriam começar uma família e por mais que eles continuassem amigos, Harry não queria desencoraja-los somente por causas de opiniões amargas sobre a vida que todos teriam a partir de agora.

— Pode deixar Mione - Harry fez questão de usar o apelido, para tentar passar o pouco de conforto que sua voz fria e distante não poderia. - se eu precisar de algo, mesmo que seja de uma conversa, irei procurá-los. Obrigado, mas estou bem, ok?

O casal balançou a cabeça em afirmação e o deixou em paz. Harry os viu caminhar de mãos dadas em direção ao castelo. Já estava escurecendo e seria uma caminhada que poderia ser até romântica, ele supôs.

Quando deu meia noite, Harry ainda estava na Floresta Proibida. Ele sabia que a essa hora os amigos já estavam procurando por ele, principalmente Giny. Mas ele não queria. Ele não iria voltar. Pelo menos não no presente.

De Volta Ao Passado - Snarry FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora