Revelado

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Rachel Wase

Estive algumas horas na piscina com o Jordan e mais tarde a Lizzy e o Peter juntaram-se a nós, pareciam felizes os dois e via alguns toques discretos entre os dois. 

Sorrio com aqueles dois. 

-O Alexander não vai gostar nada disto. - o Jordan comenta ao meu lado depois de dar um mergulho.

-Que não tivesse feito merda. - respondo torta e vejo que ele prefere defender o melhor amigo. 

Desde que conheço estes três sempre foi assim, o Jordan não concorda com a maneira como eles tratam as mulheres mas está sempre do lado deles quando alguém os acusa do que quer que seja. 

Isto é irritante mas igualmente de louvar por ser tão leal. 

-Vou sair. Estou a ficar com frio. - aviso os meus amigos. 

                                                                                                  *

Enrolo a toalha no meu corpo e tento encontrar um sítio onde me sentar, mas umas mãos agarram-me levemente pela anca. 

Olho para trás desconfiada. 

-Outra vez? - digo num tom não muito simpático. 

-Estive com os olhos em ti a noite toda. - ele sorri. - E ficas muito melhor sem essa toalha. 

Reviro os olhos com o comentário. 

 -Tenho que ir. - começo a andar mas ele volta-me a puxar. 

-Vá lá Wase sempre senti uma coisa entre nós.

-Também sentes? - perguntei de forma sarcástica. -Esta vontade súbita de vomitar quando nos encontramos, juro que às vezes tenho que me conter.

O corpo dele chega mais perto do meu, deixando-me ligeiramente arrepiada.

-A eletricidade... - ele suspira no meu ouvido, a voz rouca, os cabelos loiros e os olhos verdes a piscarem. - É isso que eu sinto.

-Tu estás bêbedo. - observo porque na verdade, não tenho nada melhor que dizer.

Se eu estivesse totalmente bem, sem o álcool no sangue provavelmente teria outra reacção, mas assim estava demasiado concentrada em não me perder nos olhos verdes quase impenetráveis. Os olhos verdes extremamente irritantes, que agora parecem bastante divertidos.

-Talvez esteja, mas os bêbados não dizem sempre a verdade? - ele responde com uma pergunta, ainda muito perto.

Neste momento, devia estar a pensar utilizar as mil e uma maneiras de acabar com ele, por exemplo poderia socar o seu estômago e vê-lo contorcer de dor, ou melhor podia simplesmente mandá-lo para a água e esperar que não se conseguisse levantar mais.

Mais uma vez, eu não estou totalmente bem.

-Tu precisas de te sentar. - digo observando a maneira esquisita com que ele se mantêm em pé.

Nem a quantidade de álcool naquele cérebro idiota conseguia tirar o sorriso perverso dos lábios e isso de alguma forma, deixava-me intrigada.

-Preocupada comigo Wase? - a voz sai arrastada.

-Como é que vou explicar às pessoas que não fui eu que te matei? - respondo sarcasticamente e começo a andar.

Olho para trás e fico à espera que ele me siga, mas como sempre desde que o conheço ele faz exactamente o contrário do que lhe digo ou peço, aliás do que toda a gente pede.

Choque ElétricoOnde histórias criam vida. Descubra agora