Passagem de ano - parte 2

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Mas que porra está acontecendo comigo para eu dizer o nome dele, pior para eu suspirar o nome dele?

As minhas bochechas estão vermelhas, posso sentir o calor nas mesmas. Espero seriamente que o rapaz não tenha ouvido o nome que saiu da minha boca, porque aposto que não ia gostar nem um pouco.

Agora nem estou a achar isto tão divertido. 

A boca dele está perto da minha intimidade e por momentos sinto que posso esquecer isto, fechar os olhos e voltar a concentrar-me no rapaz entre as minhas pernas. 

Mas depois olho para os cabelos escuros do mesmo e imagino loiros, despenteados e olhos verdes com longas pestanas que me consumem com um olhar e que me deixam completamente louca. 

Céus! Já estou louca,só pode. 

-Está tudo bem? - ele pergunta levantando ligeiramente a cabeça, provavelmente sentindo a minha agitação. 

-Tudo. - esclareço e ele continua.

Okay... quem é que eu quero enganar? Não está, NADA, bem. 

Quando o moreno sobe até mim para encontrar os meus lábios, desviou-me e desço da cama procurando com pressa a minha roupa. Ele parece confuso primeiro, depois chateado e por último furioso. 

-Isto é a sério? Vais mesmo deixar-me aqui sozinho? 

Até que percebo a frustração do mesmo, mas não sou obrigada a estar com ninguém. 

Levanto uma sobrancelha. Ele levanta-se e é bem mais alto que eu, aproxima-se e tenta me intimidar. 

-Parece uma brincadeira? - provoco sarcástica. -Já demos uns beijinhos, foi bom, mas tenho que ir. É quase meia noite. 

-Mas não fizemos o que eu queria. - ele dá um realçe na palavra eu. 

Está agora ainda mais perto do meu corpo, tenho a camisola vestida, mas continuo exposta de mais. Os olhos passam de forma suja pelo meu corpo e sinto uma tensão entre nós. 

-Desculpe lá, escreva no livro de reclamações. - digo com ar trocista e sinto a sua irritação crescer. 

-Devias ter cuidado loirinha. - ele diz mais calmo agora. -Há muitos no meu lugar que não seriam tão simpáticos. 

-O vosso problema. - toco no seu corpo com força. -É acharem que nós estamos neste mundo para viver para vocês. Como eu disse, foi bom, mas tenho que ir. 

Abro a porta atrás de mim depois de vestir as minhas jeans e suspiro pensando no que se passou lá dentro, não da cena agora, mas do que saiu da minha boca. 

O álcool ainda está a fazer os seus efeitos porque a minha visão está meio turva e confusa, são muitos corredores e várias pessoas a entrarem acompanhadas nos quartos. 

Olho para o relógio no pulso e percebo que é quase meia noite, devia procurar a Lizzy, o Jordan ou até mesmo o Peter que provavelmente estaria dando em cima da minha amiga.

É então que avisto um corpo conhecido e o meu coração começa a bater rápido, a entrar num dos quartos vejo o Kit com uma loira bonita agarrada a ele e sinto qualquer coisa estranha. Não sei se a vontade de vomitar é das misturas que fiz toda a noite ou do que estou a ver. 

Não o via à algum tempo, não falava com ele à algum tempo mas sabia agora as saudades que tinha de provocá-lo. As saudades que tinha da sensação de a minha pele parecer quase electrificada ao som da sua voz, do seu toque, das suas palavras contra mim. 

Choque ElétricoOnde histórias criam vida. Descubra agora