Prólogo

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A vida é um bosque traiçoeiro e quando nós vemos somos arrastados para um precipício  onde a escuridão não tem fim

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A vida é um bosque traiçoeiro e quando nós vemos somos arrastados para um precipício onde a escuridão não tem fim.

Eu cometi erros que me levaram até aqui.
Bem, é exatamente assim que me sinto nesse momento, derrotado. O sangue escorre pelos meus dedos e a dor nos ossos da minha mão esfolada não se compara a fúria que toma conta de mim, meus braços estão dormente pelas cordas que me mantém preso ao teto.

A escuridão dessa cela imunda me faz pensar que talvez nós da família Riina sejamos amaldiçoados, e tudo aquilo que tocamos no fim se dissolve.
Um pecador de sangue ruim, esse sou eu, um bastardo amaldiçoado.

Mais uma vez eu deixei que o coração me guiasse e cometi o erro mais grave que poderia cometer, eu abaixei a guarda e meu inimigo usou isso contra mim.

No fim todos estão pagando pelo meu erro, inclusive eu.

O som de passos me desperta dos devaneios obscuros, forço as amarras mais uma vez afrouxando os nós. Esses vermes não sabem nem mesmo fazer um nó bem feito, se não estivesse tão fraco eu já teria me livrado dessas malditas cordas, mas meu corpo está debilitado e a quantidade de sangue que perdi me deixou desidratado.

Torço meu dedão mais uma vez forçando ele para a direita o deslocando para enfim me libertar dessas amarras, os passos se aproximam da porta, e eu me pergunto se em fim vieram me matar.
O maledeto abre a porta com um sorriso vitorioso no rosto.

— Pelo que vejo a última surra não foi o bastante para derrubá-lo!

— Você vai precisar de mais do que isso para acabar comigo cagna. — sorrio sentindo o sabor do sangue em meus lábios do soco que recebo.

Cuspo no chão e ele me olha com ódio e desprezo.
— Antes de te matar eu quero que saiba que a sua puta grávida e o bastardo que ela carrega estão mortos, não existirá nenhum sangue sujo Riina nessa terra! . — ele fala e meu sangue ferve.

Não pode ser, ele não pode ter encontrado ela.
O maledeto miserável soca meu estômago com toda a força e ódio que sente, mas nada se compara com o ódio que sinto dentro de mim ao saber que minha mulher está nas mãos desses vermes.

Uso a mesma corda que antes me prendia para passar em seu pescoço, ele luta tentando se soltar, nós caímos no chão e eu puxo com toda a força que me resta o sufocando.

— Você merecia uma morte lenta e demorada por ousar tocar no que é meu, mas eu não tenho tempo a perder com um bosta como você. — rosno puxando a corda.

Seu rosto se contorce e o sangue sai pelo seu nariz e enfim ele morre sem ar.
Ferido e com dor, eu caminho desnorteado pelo cativeiro. Minha mente me atormenta com a culpa, se for tarde demais?

Com o polegar deslocado e muita dor, eu abro a porta da cela. Do lado de fora no escuro corredor eu encontro dois capangas de Velachi, porém sou rápido o suficiente e atiro contra os dois deixando os cadáveres para trás.

O PECADOR  - Vicenzo Morelo Rinna Onde histórias criam vida. Descubra agora