𝟗𝐭𝐡 𝐚𝐜𝐭: 𝐧𝐞𝐯𝐞𝐫𝐞𝐧𝐝𝐢𝐧𝐠

116 11 0
                                    

as vezes a vida ri com escárnio da minha cara quando eu me olho no espelho e me esforço para ver a real faceta do demônio bem atrás de mim. ele diz que ninguém recebe um fardo que não se pode ser carregado, mas é bem óbvio que eu não posso pedir ajuda, o objetivo real aqui é nada além de me ver sofrer nas mãos de uma sistema suicida.

não ouso quebrar cláusula alguma do contrato já que como alguém que gosta de ficar vendo os pós créditos de um filme simplesmente por diversão, é legal ficar aqui esperando batendo pé só pra ver no que essa merda toda vai virar. se tudo se transforma em algum momento num grande projeto de autoajuda ou num circo deturpado que preza lei alguma se não o que se é pago.

quem paga mais, manda mais.

não é assim que funciona?
não é assim que o bando que sempre vai ser menor te faz desacreditar só para meter fundo dentro da sua consciência que você bem na realidade viveu num set de filmagens e que você não é nem parte do elenco principal e muito menos é o diretor? é claro que eu sou uma coadjuvante, eu não paguei para ser estrela nenhuma.

a vida gosta de rir com escárnio de quem é miserável e todo mundo bem sabe disso. até pesquisas conseguem comprovar que a porcentagem que sai da miséria é menor do se que pode contar. sequer uma vírgula se é cortada; me olhar no espelho é bem o máximo que eu ainda posso fazer antes que digam que eu tenho luxo demais.

𝖺𝗎𝗀𝗎𝗌𝗍Onde histórias criam vida. Descubra agora