1 - freedom

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- O que o senhor espera é que cada um de nós dependa DEle para o cumprimento de seus propósitos em nossas vidas. Deus nos abençoe, tenham um bom domingo. - O pastor terminou sua pregação e todos que estavam na igreja começaram a se retirar.

Deus.

Isso poderia ser uma grande invenção, ninguém tem a inteligência de adivinhar se algo tão esplêndido pode ser real. Deus é algo que lhe da bênção e te tira do pecado, mas nem sempre é assim. Por que muitas vezes, mesmo sendo cristãos, recebemos o pior sem nem ter feito nada? Muitos dizem que coisas boas podem ser milagres, mas e se for sorte? Ninguém pode opinar contra isso, pois ninguém, pelo menos enquanto está vivo, sabe se o Senhor tão bem falado é pelo menos existente.

Bailey segurou a mão de Sina fortemente antes de sair da pequena igreja, como sempre, ela se sentiu desconfortável. O toque do moreno não era mais o mesmo a muito tempo, ele havia ficado agressivo e seu olhar havia ficado escuro, não era mais o homem encantador de antes, ou talvez, nunca fora sido.

O vestido florido de Sina voava conforme o vento batia contra seu corpo.

- Está parecendo uma puta com as pernas de fora, da próxima vez vista algo que cubra essa putaria. Não quero parecer que namoro uma prostituta. - May soltou ainda olhando para frente.

Deinert abaixou a cabeça tristemente, era sempre assim, não opinava mais, pois sempre se ferrava no final. Ela virou a cabeça levemente para o lado e viu que um garoto, que também havia saído da igreja e seguia o mesmo caminho, olhava para ela. Ele tinha cabelos loiros escuros e seus olhos eram verdes claros. Não era muito alto, mas era muito elegante. Usava alguns anéis nada chamativos em seus dedos e brincos em forma de cruz. Ele era muito bonito, o mesmo sorriu sem mostrar os dentes para Sina e ela sorriu de volta, de forma tímida.

Logo sentiu a mão de bailey em sua cintura, de forma bruta ele a beijou. Deinert sentiu um pouco de dor em suas costas, pois ela estava arqueada de forma exagerada. Tentava se soltar dele, mas não conseguia, Bailey era muito forte. Quando eles se soltaram Sina respirou fundo, com falta de ar.

- Por que fez isso? - A alemã perguntou esfregando sua boca com nojo.

- Não quero você com esse seu sorrisinho com ninguém entendeu? Ou então... - Começou a sorrir e se aproximar dela. - Irá acontecer o mesmo que aconteceu com Lamar, Any, Krystian...

- Tá bom! - A platinada berrou tapando os ouvidos. - Tudo bem, me desculpa. - Engoliu seco, ofegante e com medo.

[...]

Ela destrancou a porta de sua casa e colocou a chave em cima da bancada, amarrando seus cabelos e dando de cara com Bailey.

- Vou buscar bebida no mercado. Não saia de dentro dessa casa. - Apontou para ela ameaçador. - Entendeu? - Ela assentiu, cabisbaixa.

A garota, após ouvir a porta bater, se sentou no sofá e tapou o rosto entre suas pequenas mãos. Seu maior sonho era sair daquela bolha tóxica no qual era obrigada a viver. Não tinha ninguém, seus pais haviam morrido em um acidente de carro e o resto de sua família vivia na Alemanha. Mesmo que quisesse, não podia sair de Seattle, Bailey era capaz de fazer qualquer coisa de mal para ela.

Sina sentiu algo em baixo de si e foi ver o que era. Estremeceu ao tocar em uma faca suja de sangue já seco. Ela fechou os olhos, deixando uma mera lágrima cair. Aquilo era terrível, seu namorado era abusivo e assassino, ele esquartejou todos os seus amigos e todos que chegavam perto de Sina. Ele era um psicopata que se fazia de normal e a pequena Deinert era apenas uma vítima.

Ela assustou ao ouvir três toques em sua porta, escondeu a faca no meio do sofá e limpou os olhos, andando até o local. Ao abrir a grande tábua de madeira pintada de branca sorriu simpática.

- Oi. - Se apoiou no batente da porta.

- Oi, prazer, sou seu novo vizinho, Noah. - Estendeu sua mão e Sina apertou a mesma. Ele era o cara que estava na igreja, o mesmo que causou ciúmes em Bailey.

- Muito prazer, Sina. - A platinada se encantou com a cor tão viva dos olhos de Noah. De perto ele era mais encantador ainda. - É novo na cidade?

- Oh, não. Apenas na região. Vim de Orange, mas morava do outro lado da cidade. Acabei de terminar o colégio e agora estou focando em novas metas. - Deinert fez uma expressão interessada. - Espero que sejamos bons amigos. - Sorriu simpático.

Seus dentes eram muito bem alinhados, ele era completamente perfeito. Mas não podemos deixar o fato de que Noah se encantou pela garota a sua frente. Sina sempre fora linda, tinha traços chamativos e um sorriso contagiante.

O cenho da alemã franziu ao ver Heyoon correndo como uma maluca para perto dos dois, que conversavam. O loiro passou seu olhar para onde Sina estava fixada.

- Desculpa atrapalhar a conversa, mas Sininho é melhor você entrar. - A morena de olhos puxados falou ofegante e o sorriso de Sina se desfez ao perceber do que Heyoon falava.

- Bem... - Virou seu olhar para Noah. - Nos vemos outro dia?

- Nos vemos outro dia. - Colocou a mão em seu bolso e virou as costas, com um sorriso maroto em seu rosto bem definido.



eu faço heyosh ou deixo os dois solteiros mesmo?

kisses <3

o lado escuro do vermelho. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora