16 - scary

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- O que? Como assim, Sina você está bem? - Urrea questionou nervoso.

- Porra Noah, o quão lerdo você pode ser? - Perguntou de volta, nervosa.

Um policial chegou perto dos dois, Sina gelou, mas logo ficou aliviada ao ouvir o que ele tinha a dizer.

- Poderiam se distanciar um pouco por favor? Iremos passar a faixa para ninguém ultrapassar o limite, o fogo na floresta está imenso. - O moreno alto pediu educado.

Os mais novos saíram de perto. Noah segurou a mão da platinada e a levou para o meio fio, uns dois metros da sua casa.

- Noah - Olhou para os olhos esverdiados dele. - Eu causei isso.

- Você o que? Eu não estou entendendo sina. - Urrea olhou para o fogo, que com dificuldade estava sendo apagado. - Você causou esse fogo, como e por que?

Deinert sorriu sem graça.

- Toda rosa tem os seus espinhos, não é?

[...]

Sina levou Noah para a casa dele, ambos estavam sentados no sofá, um ao lado do outro. Se olhavam sérios, o assunto era delicado para um homem como o noah.

A platinada contou tudo que sabia para Noah, o mesmo a ouvia de boca aberta. Seus olhos estavam arregalados, sua respiração acelerava a cada palavra que saiam dos lábios tão desejados pelo americano.

- Você é o novo alvo, boa sorte.

Foram essas as ultimas palavras de Sina, antes de Noah começar a delirar. Ficou alguns segundo olhando para o chão, até perceber que estava sendo ameaçado de morte. Começou a sentir falta de ar e tentou se levantar, Deinert foi junto, preocupada.

- Noah você precisa descansar, são muitas coisas para uma cabeça só. - Começou a subir as escadas junto a ele.

- Não Sina, eu não posso ficar parado enquanto tudo isso está acontecendo!

- Revidar vai ser pior, essa noite você dormiu pouco, acordamos cedo e você não voltou a dormir novamente. Por favor, vai descansar. - Sentou ao lado dele na casa e tocou em seu rosto. - Por mim, por nós.

[...]

Urrea acordou após algum tempo, havia obedecido a platinada e ela estava certa, precisava descansar um pouco. Ele se levantou e andou até o andar de baixo, percebeu que já estava de noite, viu Deinert assistindo um programa na televisão, sendo coberta com um lençol fino.

- Posso me juntar a você? - Ele questionou.

Sina sorriu e assentiu com a cabeça. Urrea se deitou ao seu lado, colocando a cabeça em seu colo.

- O que vamos fazer?

- Se esconder, correr. Eu não sei, não temos muitas escolhas, Bailey é mais esperto do que aparenta. - Ela respondeu passando sua mão pelos cabelos do garoto.

- Não podemos denunciar?

- Nem em sonhos, ele é perigoso amor e pode fazer coisa pior mesmo preso em grades. - Olhou para Noah. - Já está ficando tarde, preciso ir para casa.

- Não posso te deixar voltar após descobrir isso. - Ficou sério.

- Mas também não pode me prender a todo custo. Já estou acostumada, a única diferença é que agora tem mais pessoas junto a mim. - Saiu debaixo do lençol. - Heyoon já sabe disso faz tempo, precisamos contar para Josh, faremos um bom grupo. - Sorriu. - Chegou minha hora.

Noah suspirou e se levantou, ficando de frente para ela. Segurou as mãos delicadas da mesma, beijando uma delas de olhos fechados.

- Vá com cuidado, muito cuidado.

Deinert selou seus lábios, não fora nada intenso, pelo contrário, aquele fora o beijo mais sem graça que já haviam tido. A noite fria gelava o coração medroso de ambos e fazia os pelos deles se arrepiarem, mas era de mal estar, dentro daquela casa não fazia frio.

[...]

Após tomar um longo banho, Sina foi até a cozinha pegar um copo de água. Se apoiou no balcão, onde Bailey estava?

Pareciam que seus pensamentos haviam sido atendidos, a porta foi aberta com uma força estúpida, o moreno alto entrou com um sorriso perverso no rosto. Estava bebado e entupido de drogas, a faca em sua mão fez Sina derrubar seu copo no chão, naquele momento não havia como pensar, ele estava chegando perto com seu sorriso ameaçador nos lábios.

- Oh pequena Deinert, estava com saudades - May falou chegando perto dela, ele levantou sua faca, mas Deinert foi mais ágil, chutou a parte íntima dele com toda a sua força, correndo para fora daquela casa.

Só se lembrava de um caminho, em menos de três metros a casa de Noah estava ali. Ela batia na porta desesperada, via Bailey indo até a mesma enquanto ria, ela bateu mais forte, se fizesse mais força a porta seria arrombada.

- Meu deus o que foi?! - Um garoto loiro apareceu usando apenas uma calça de moletom.

- Me esconde - Falou com seu rosto coberto de lágrimas, ele olhou para atrás dela, Bailey estava ali.

Urrea a puxou para dentro, trancando a mísera porta. Segurou a mão da mesma com força e foi até o final de um corredor, abrindo uma pequena porta, bem escondida. Ambos entraram lá dentro, Noah acendeu uma pequena luz, o lugar era pequeno, mas era tudo o que tinham. Sina ficou entre as pernas do mais novo, o mesmo tapou a boca dela, abafando seus soluços.

- A porta dos fundos não está trancada, por favor, fica quieta. - Pediu em um sussurro e continuou com a mão tapando a boca dela, prensou sua boca contra os cabelos da alemã, isso fez Deinert relaxar, estava segura.

Ouviram passos e a voz de May, ele estava perto.

- Vamos pombinhos, apareçam... - Ele gritava.

Em um momento Bailey parou ao lado da portinha, a sombra de seus pés era visível a garota sensível e ao seu protetor. Ele riscava a parede com a faca, fazendo um barulho horrível soar pela casa. Sina tapou seus ouvidos, já Noah não se importada com os ruídos. Para amenizar a tensão dela, começou a depositar beijos em seu pescoço, por sorte ela se distraiu e May desistiu, deu para ouvir ele batendo a porta dos fundos com força ao ir embora.

- Ele já foi... - Ela murmurou.

- Espere um minuto, vou dar uma volta pela casa e trancar tudo, não saia daqui.

- Não Noah, não posso te deixar ir desse jeito. - Segurou o braço dele.

- Vou ficar bem, eu te prometo, não saia daqui.

Ela o obedeceu após muita insistência. Noah fechou toda a casa com todo o silêncio possível, estavam o mais seguro que podiam. Ao voltar ele parou uns segundos, vendo a parede toda riscada. Fechou os olhos e respirou fundo, se agachou a abriu a portinha, olhando para Sina.

- Eu odeio aquele seu namoradinho mal amado.




xoxo


o lado escuro do vermelho. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora