18 - danger

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Ainda era cedo, na verdade eram exatas sete horas da manhã e Sina estava acordada. O ponteiro que marcava os segundos no relógio pendurado na parede de Urrea não a deixava dormir. Aquilo era um inferno. Com cuidado se levantou da cama onde estava, dando uma ultima olhada. Noah dormia como um anjo, estava em um sono pesado.

- Eu te amo. - Sussurrou mais para si mesma do que para ele, saindo do quarto e descendo as escadas.

A platinada andou por todo o local, entediada, lembrou de heyoon e josh. Yoon já sabia sobre Bailey e todos os seus planos, já joshua estava excluído. Deinert tocou no telefone da sala de Urre e respiru fundo. Talvez aquilo fosse o certo a fazer.

Já havia decorado o número de Heyoon, era bom, caso usasse algum dia. Apertou os botões rapidamente e esperou o aparelho tocar, logo soando uma voz doce.

- Alô?

- Yoon, é a sina, estou ligando pelo telefone do noah... - Disse em um tom de voz baixo, não queria acorda-lo. - Eu contei tudo.

- Você fez o que?! - Ouviu ela gritar do outro lado da linha.

- Foi necessário, Bailey está atrás dele e não quero deixa-lo em perigo. Preciso de você e preciso de Josh, preciso que conte tudo a ele e preciso que ele nos ajude. - Disse com pressa.

- Sina, isso pode deixa-lo em perigo tanto quanto Noah e você sabe o quão ele é importante para mim!

- Sim heyoon, eu sei, mas... Por favor, se você quer tanto acabar logo com isso, contribua da sua parte, conta tudo o que você tiver ai. - Ouviu passos descendo as escadas. - Merda, tenho que desligar, beijo, tchau.

A platinada tentou colocar o telefone de volta no lugar as pressas, o que foi em vão, pois tropeçou e quase caiu, se não fosse por Urrea a segurando pela cintura.

- Cuidado ai gatinha, começar assim logo cedo significa azar logo cedo. - Sorriu e logo olhou para o telefone em suas mãos. - Com quem estava falando? - Franziu o cenho.

- Ér... Heyoon, eu... - Suspirou, não havia motivos para mentir. - Preciso da ajuda dela e de Josh com o Bailey, não podemos tentar agir sozinhos, aquele garoto é um sociopata!

Urrea suspirou e contornou a cintura de Sina com seus braços longos.

- Vamos mudar de assunto, acabei de acordar e estou completamente nu, falar sobre assassinatos e alvos não é meu porte nesde momento. - Depositou um beijo no pescoço da garota. - Dormiu bem?

Deinert fechou os olhos, sentindo o toque dele contra sua pele sensível. A mesma concordou com a cabeça.

[...]

Sina passou a mão nos cabelos, afim de desarma-los um pouco. Usava a roupa que viera no dia anterior e um moletom de Urrea, estava um pouco frio naquele dia em Seattle.

- Sina... - Urrea tentava a impedir de voltar para casa, mas o que ela tinha de teimosa, tinha que orgulhosa. Era difícil mudar a opinião da alemã.

- É a terceira vez que peço para você calar a boca, na próxima vem um tapa na cara de brinde. - Sorriu irônica e segurou o rosto dele entre as mãos. - Tranque toda a casa. - Selou seus lábios.

Sina se levantou para ir, para logo foi puxada de volta, parando sentada no colo de Noah. O mesmo a beijou novamente, agarrando sua cintura com força.

- Eu te amo.

- Eu te amo.

[...]

Foram passos cuidadosos para entrar dentro da própria casa. Aquilo era ridículo, Deinert não aguentava mais ter medo da própria vida. Encontrou Bailey todo largado no sofá, provavelmente iria acordar com uma dor extremamente irritante na cabeça. Sina, sendo uma garota educada, pegou uma aspirina e um copo de água, o colocando na mesinha de centro da sala.

Sina foi até seu quarto e se deitou na cama, fechando os olhos. Por poucos segundos se sentiu confortável, estava imaginando um futuro próximo, talvez bom, quem saiba ao lado de Urrea, mas isso foi atrapalhado quando sentiu uma mão em seu pescoço, tentando a enforcar, a platinada viu quem era e entrou em desespero, tentava gritar e se espernear, mas parecia que nada funcionava.

- Cadê o seu namoradinho para te ajudar agora meu bem? - O moreno questionou, mas logo levou um chute no meio das pernas.

Ela foi solta e correu para fora de sua casa, as ruas de seattle agora apreciam tão longas e ao mesmo tempo tão vazias. Ninguém via ou ouvia os soluços e passos ágeis de Deinert. Bailey corria o mais rápido até ela, como uma grande ideia,pegou uma pedra e tacou na mesma, fazendo a mesma arquear as costas ao sentir algo duro na sua coluna.

- Filho da puta - Murmurou ainda correndo, agora com suas costas doendo.

Passaram entre árvores, as pernas de Sina, que estavam de fora pois estava de shorts, ficaram arranhadas por conta das árvores que a mesma passou. May não se cansava, corria o mais rápido possível. Por sorte ela achou um canto pequeno e ele não viu ela se esconder ali, tentava parar de soluçar para o filipino não ouvi-la.

O mesmo passou reto, tentando ir para algum lugar acha-la. Sina soltou sua respiração e fechou os olhos. Logo sentiu o sol parar de bater contra a sua pele quando uma sombra a cobriu. Abriu os olhos, nervosa e viu uma mão a sua frente. Agarrou a mesma e abraçou com toda a sua força aquele garoto, ele passou os braços pela cintura dela, sentindo sua camiseta ser molhada pelas lágrimas grossas da mesma.

- Josh... - Sina murmurou, como um agradecimento.




xoxo

o lado escuro do vermelho. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora