o lado escuro do vermelho. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩

7 - drinks

Sina lambia seu pirulito como uma criança, ela e Noah estavam sentados em um banco, enquanto ele devorava seu algodão doce. O silencio confortável se reinava. A platinada pousou sua cabeça no ombro largo de Urrea.

Logo viram Josh e Heyoon se aproximarem, de forma alegre e cansada.

- Pode nos emprestar seu carro? Queremos dar uma volta na cidade, deixo seu carro na sua casa. - Josh falou. - Conseguem voltar a pé?

A casa de Noah era longe, mas isso não importava, queriam passar o tempo juntos e nada iria impedi-los disso.

Noah não falou nada, apenas entregou a chave de seu carro nas mãos de Joshua, que sorriu em resposta.

- Se cuidem. - Heyoon beijou a bochecha de Sina e bateu de leve na cabeça de Urrea, como se ele fosse um pequeno garotinho.

- Usem camisinha. - Sina pronunciou, recebendo o dedo do meio de Jeong, enquanto os dois se afastavam. - Eles se amam. - Noah concordou com a cabeça, jogando o palito de seu algodão doce no lixo colorido ao seu lado.

Ele virou um pouco seu olhar, vendo Sina quase engolindo o pirulito que agora estava acabando. O mesmo riu e Sina o observou confusa.

- O que foi? - Questionou.

- Faz quanto tempo que você não sai de casa? - Ela abaixou a cabeça e pensou um pouco.

- Um ano e pouco.

- Então chupa logo esse pirulito, temos muitas coisas a fazer. - Ela arqueou suas sobrancelhas, animada. Rapidamente começou a chupar o pirulito de forma mais rápida, sem malicia, mas Noah entendeu as coisas de outra maneira. - Oh meu Deus Sina, não! - Ele fechou os olhos.

- Idiota. - Sina bateu no ombro dele, mordendo um fino pedaço do doce, acabando com ele.

[...]

Deinert optou por pulos ao invés de passos, enquanto Noah a observara e conversava com ela.

- Na verdade eu só estudei em um colégio no ultimo ano, para saber realmente como era uma escola. Minha mãe resolveu me educar em casa, o mesmo para a minha irmã Linsey e o meu irmão Nico. - Ele passou a mão em seus cabelos. - Você tem irmãos?

- Não, mas queria ter uma irmã. Deve ser mais legal do que ser filha única.

- Vamos parar aqui. - Sina franziu o cenho ao ver que estavam na frente de um bar.

- Aqui? - Questionou com o cenho franzido.

- Para de reclamar, já tem vinte e um anos, pode beber a vontade. - Pegou na mão dela e a levou para dentro do local.

- Mas você não tem. - Sussurrou observando o lugar.

Era limpo, tinha as paredes amarelas e um palco de karaokê, além de, obviamente, ter aquelas tipicas mesas de bares e bancos sem encosto. Urrea pediu duas cervejas e levou a platinada até uma das mesas.

- Mude essa expressão, vai me dizer que nunca bebeu na vida. - Sina revirou os olhos, emburrada. - Por que está assim?

A garota suspirou, batendo suas unhas na mesa.

- Não é nada, só achei que iriamos nos divertir ao invés de ficar dentro de um bar... - Mentiu, a alemã estava incomodada e não era com o cheiro de bebida a sua volta.

- Não mente para mim. - Ela se surpreendeu com a fala do garoto. - Você não sabe mentir, não para mim. - Sorriu sem mostrar os dentes.

- O que vai acontecer quando eu voltar para casa? - Murmurou, vendo duas cervejas geladas e dois copos logo estarem sobre a mesa. Felizmente Noah a ouviu e chegou um pouco mais perto dela, mesmo estando do outro lado.