3 - run

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Sina acordou com algo em seu pescoço, a mesma grunhiu, aquilo fazia cócegas. Ela abriu seus olhos, interessada em saber o que estava acontecendo, mas logo queria que tudo aquilo fosse um sonho, pois todo aquele pesadelo estava prestes a acontecer novamente.

- Não Bailey, por favor, estou cansada. - Implorou, tentando afastar o rosto dele de perto de si e ele riu, segurando ela fortemente pela cintura.

- E eu me importo se você quer ou não? - Apertou seu peito esquerdo. - Acabei de ver uma mulher passando na rua e porra, ela era gostosa para caralho. Mas ela estava ao lado de um cara que já vi na policia, então foi melhor prevenir.

O moreno começou a dar beijos fortes na platinada, Sina queria sair de seus braços, mas nunca conseguia, ela não era forte o suficiente, ou talvez fosse, mas tinha medo de Bailey agir com seu objeto preferido. A faca.

Não demorou muito para ele tirar a calça de moletom velha que ela vestia e jogar em um canto qualquer. Deinert se arrepiou, já com as lágrimas formadas em seus olhos.

Ela não tinha mais paciência, todo dia era a mesma coisa. Todo dia ela era abusada e ele sempre era o maioral.

- Eu não sou um objeto para esquentar a porra das suas bolas! - Soltou sem querer e ele riu, riu muito e rapidamente bateu no rosto dela, fazendo sua pele, agora vermelha, formirgar de dor.

- Você é apenas uma mulherzinha gostosa sem valor nenhum. Você nunca foi nada para mim, apenas uma transa jogada fora. - Retirou a bermuda que ele usava, a companhia de sua cueca.

Então logo ele estava dentro dela, segurando os cabelos platinados pensando na morena do vestido vermelho que ele tinha visto na rua. Bailey não era delicado, na verdade nem um pouco, ele apenas queria sentir prazer e usava Sina para isso.

O rosto da garota estava coberto por lágrimas quentes. A dor cobria seu corpo por inteiro, ela não sentia um pingo de prazer, apenas nojo de ver Bailey mordendo seu lábio de olhos fechados.

Em poucos minutos ele chegou ao orgasmo, enquanto Deinert segurava suas coxas, com um pouco de dor. Não era tanta, como no começo do relacionamento abusivo, pois nessa altura já estava acostumada.

O filipino saiu de cima dela e foi até o banheiro, fechando a porta com força logo em seguida.

[...]

J

á era de tarde, Sina estranhou um barulho de viaturas vindo de longe, saiu de casa rapidamente, sem se importar em deixar a porta da frente aberta. Ela correu alguns metros, até chegar em um lugar coberto de pessoas e viaturas, além de faixas e cachorros de policia em volta de um local.

A platinada, preocupada em saber o que era, ou então quem era, se aproximou, empurrando pessoas e chegando na parte da frente, vendo Noah com a expressão assustada. Ela tocou em seu braço de leve, o mesmo se assustou.

- O que está acontecendo? - Ela questionou.

- Você conhecia Sabina Hidalgo? - Urrea a perguntou, um tanto assustado com o momento.

Deinert se chocou, sim, elas haviam de conhecido. Sabina sempre fora uma garotinha tímida e isolada, não gostava de companhias falantes, adorava o silêncio. Quem pessara que Bailey mataria alguém assim? E como Sina sabia que fora Bailey? Pelo fato de um dos policiais gritar para outro sobre ser um outro esquartejamento.

- Saby... - Sina sussurrou, se segurando para não chorar. - Não, não, não

Noah ia dizer algo, talvez dar um abraço na garota ao seu lado, mas o famoso Bailey chegou. Passando seu braço pelo ombro dela.

- O que está acontecendo aqui amor? - Ele perguntou e Sina o pegou pelo pulso.

- Precisamos conversar, docinho. - O provocou com a expressão raivosa e o puxou pelo pulso para um canto. - Sabina Hidalgo? Isso é sério Bailey?

Ele riu e cruzou os braços, olhando para um outro canto.

- Não tenho que dar satisfações a você garota. O que irá fazer? Me denunciar para a polícia? - Questionou com deboche. - Não tente se achar superior a mim, nunca irá me ultrapassar sendo uma garotinha indefesa, que está completamente em minhas mãos. - Prensou ela contra a parede daquele beco escuro, a deixando com medo e insegurança. Da onde havia tirado aquela coragem?

Ela respirou fundo, abaixando sua cabeça.

- Você me ama? - Perguntou chateada e ele sorriu, passando o polegar pelo rosto delicado dela.

- Sim, eu amo e você sabe disso.

- Então por que me faz sentir inferior a qualquer coisa? Por que abusa de mim? Por que me trata como um lixo? - Questionou várias vezes, tirando suas meras conclusões.

- Esse é o meu jeito de amar meu bem... Mas acredite, você é só minha, apenas minha.

[...]

Após aquela conversa estranha com Bailey, Sina e Noah se encontraram novamente, escondido de Bailey, óbvio.

- Então esses tipos de esquartejamentos sempre ocorrem pela região? - Urrea perguntou a ela, olhando para seus pés enquanto caminhava.

- Sim, mas ninguém sabe quem é o assassino, ele não deixa rastros, é um gênio. - Se chateou por ter que mentir para Noah, um de seus únicos amigos que não foram mortos, pelo menos até agora.

- Isso me da calafrios. - Ele fez uma careta e Sina riu. O sorriso de Sina era um dos melhores sons que Urrea já havia ouvido, ele não podia negar. - Acho que vou parar por aqui. - Falou parando em frente a sua calçada.

- Foi bom falar com você Urrea. - A garota tentou pronunciar o sobrenome dele, mas novamente deu errado e ambos riram.

- Você é fofa tinker bell - Sina sorriu envergonhada com o apelido e o aperto que recebeu em suas bochechas. Noah era carinhoso, tudo o que ela desejava em Bailey.

- E você é muito bonito capitão América. - Soltou sem perceber e logo corou um pouco.

- Bom saber. - Ele provocou. - Nos vemos por ai. - Depositou um beijo na bochecha dela e saiu de perto, a deixando parada no meio da rua.

Seria traição dizer que estava sentindo borboletas em seu estômago com outro garoto, enquanto namorava um assassino abusivo?


vão desflopar minha fanfic de nosh por favorzinho

xoxo


o lado escuro do vermelho. ❨ 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ❩Onde histórias criam vida. Descubra agora