Batalha entre o céu e o inferno

A verdadeira forma

- É você, Raguel? Hide, Diogo?

Porém, o corpo não o responde e permanece ajoelhado por mais alguns minutos enquanto passa por modificações gritantes.
O silêncio no ar torna-se o contraste da inquietação dos presentes no local, criando-se, então, se inicia um mortal conflito interior dos seres angelicais, que antes o olhavam com superioridade, trazendo respirações pesadas inclusive entre os arcanjos que permaneciam entre a curiosidade e o temor. A deformação de seu corpo agora havia tomado forma, o que antes era apenas uma mistura homogênea de tecidos, pelagem e materiais externos, agora se tornara um ser desnudo de aproximadamente dois metros e meio, com a reposição de olhos negros no lugar dos castanho mel, a negritude do extremo ódio, afinal, ali já não havia espaço para nada puro e iluminado. Quem o via pensava que: A alegria e amor de sua vida havia sido arrancados, e, o caos e paranoia encaixados em seus espaços vazios."
Como num disparo de canhão, o mesmo levanta-se com uma velocidade absurda que levou os arredores a vibrarem e os presentes paralizarem, sua expressão antes seria se torna aspera e amendrotadora com um grande sorriso que se abre junto de seus braços em direção aquele que está a sua frente, sua boca se abre ainda mais, permitindo que, uma risada completamente distorcida surja chocando todos ao redor, então, o mesmo finalmente responde a pergunta lançada.

A resposta, sua mão atravessando o corpo daquele que havia perguntando.

Havia um arcanjo a menos, porém, mais quatro saltando sobre o mesmo com espadas e lançadas envoltas em fogo enquanto o restante do anjos lançavam bênçãos em seus companheiros os tornando mais fortes.
-Vocês vem de quatro? Qual foi? As chances são proporcionais aos seus números! - Falava enquanto bloqueava os ataques e seguia para revidar.
Com um giro rápido o ser conseguiu desequilibrar um dos arcanjos e em seguida recebeu o outro com um chute que o lançou a distância, enquanto o mesmo se preparava para dar um soco no meio do rosto do último uma mão surge para o impedir.
-Sentiu minha falta? - O ser metamorfo havia segurado seu punho fazendo com que o sorriso pertubado se abrisse ainda mais no rosto da nova persona de Raguel.
Com um rápido movimento o mesmo salta para a multidão de anjos e segura uma vítima pelas pernas, com um movimento circular o corpo agarrado ganha impulso no ar atingindo os que estavam próximos e posteriormente lançados em direção ao ser metamorfo que por pouco desviou e sumiu no ar. Um suspiro em sua nuca foi o suficiente para o ser de ira perceber que seu alvo estava agora atrás dele, o que permitiu que o mesmo conseguisse bater a tempo no pulso da mão que agora segurava uma espada flamejante prestes a corta-lo.
Os anjos então lançaram uma benção sobre os arcanjos que conjuraram chicotes de luz lançados em direção ao seu inimigo, o ato acabou por propiciar uma vantagem pois agora a criatura estava imobilizada esperando pelo próximo ataque de espada. Seus braços foram arrancados e os anjos comemoraram.
-Não acham cedo para cantar louvores. Achei que a missa começava as seis hoje. Qual é? Achava que cadarços e facas de pão com porpurina seriam o suficiente?
O mesmo passara a fazer força e com isso o seu corpo se reduziu em um tamanho menor enquanto novos braços foram sendo gerados.
-Gabriel pegue seus braços e leve para longe daqui, já o restante, impeçam que ele os alcance!
Em seguida, o mesmo em liberdade se prepara para correr com o objetivo de alcançar seus braços, sendo atingido por um soco do metamorfo que ajudou Gabriel a ganhar distância e lançar o mesmo a uma distância grande. Ele havia tido uma ideia.
Olhando ao redor, decidiu pular em direção a uma parede e ganhar impulso em direção à vanguarda do céu, em uma velocidade absurda o mesmo é recebido por um soco poderoso que se permite atingir, convertendo o que era para lhe causar dano em um grande impulso em direção aos anjos em fuga.
-Não pode ser!
-Achei que vocês liam mentes. - Terminava de falar enquanto saltava por cabeças das criaturas angelicais menores. -Desculpa por pisar nos rostinhos bonitos ai, peçam para o papai que ele dá um novo. -Ao terminar de falar o mesmo agora pisa mais forte, destroçando o rosto do seu próximo impulso e tendo em seguida um ataque de risadas. Ele alcança o arcanjo Gabriel e como estava em uma velocidade absurda o acerta com um soco que abre um buraco em seu peito deixando somente três arcanjos que começam a se perguntar o que havia acontecido com um arcanjo que detestava qualquer tipo de violência e zelava pela humanidade que vivesse em harmonia eterna, com vários pensamentos ocorrendo no local Raguel aproveita esse momento para invadir outra ala do Palácio Dourado, o local continha várias espadas e escudos de arcanjos ja mortos por causa da última batalha que havia ocorrido a milênios atrás, após percorrer vários metros ele encontra finalmente o que procurava uma arma completamente distorcida e estava procurando um modo de se soltar e ir para a mão do seu mestre, com um rápido chute na caixa de diamante a quebra e assim ele recupera sua espada e liberando totalmente seu poder que havia sido preso quando Deus o baniu ah muito tempo, com a espada na mão dele o mesmo procura suas vestes angelicais e retorna para o saguão principal, quando chega ao salão todos os anjos e arcanjos que estavam ali ficam completamente aterrorizados com sua presença o mesmo olha para eles e diz:

- Agora nossa luta estará ao mesmo patamar, então venham com tudo não segurem seus verdadeiros poderes.

Com isso o ser metamorfo para de mudar de forma e começa a ocorrer uma transformação, tendo o seu corpo modificado o que antes tinha somente dois metros e oitenta agora contém quatro metros, suas vestes agora não são mais claras e alegres, e seu poder é maior de qualquer anjo ali presente ele encara Raguel e fala:

- Você será meu oponente novamente Raguel? - Ele o indaga desibanhando sua espada e se prostando em posição de defesa.
- Será um prazer te mostrar o que eu aprendi depois desses milênios vagando sozinho e sem sua presença depois que vós me expulsou do céu, somente por ter negado à amar esses mortais inúteis que só pensam em si mesmo e até Lucifer que os amou tanto foi expulso, então sim sereis seu oponente e seu último seu merda asqueroso.

E com a espada em mãos ele parte para cima de Deus deferindo vários golpes ao mesmo e Deus sem muitas escapatória repete o mesmo erro de antes o banindo do céu com sua reza e o mandando para a terra.