Através dos seus Olhos

Capitulo 18

Capitulo 18 "Taís & Noah"

Taís

Era como flutuar, as dores em meu corpo ainda estavam lá, mas me senti diferente. Não conseguia abrir os olhos, eles estavam tão pesados. Eu lembro de ter perdido á consciência, mas nada. Se eu sentia dor, então eu não tinha morrido, ainda. Alguma coisa apitava ao longe, ate minha audição estava entorpecida. Tentei mover o meu corpo, mas nada. Nem um  milímetro. Tentei me acalmar e buscar outros sons e prestar atenção.  Eu sabia que tinha que abrir os olhos, tinha que ver onde estava. Senti ao se mover pelo meu rosto, eu tinha que saber quem era o dono daquele toque. Não queria me desesperar somente abril os olhos e encontra os do Noah. Senti sono vir e me deixar inconsciente de novo.

 Noah

Eu queria tanto que ela acordasse que me contasse o que tinha acontecido e dizer que tudo ficaria bem. Mesmo que ninguém tinha falado eu sabia que assim que tivesse alta á policia á levaria, e seria deportada. Antes disso eu tinha que fazer alguma coisa, Lavínia e Myrtes ficaram abraças e chorando juntos, acariciei seu rosto e beijei seus lábios antes de sair de lá.

Doía tanto vê-la naquele estado, meu deus eu queria matar aquele desgraçado. Ele não poderia sair impune disso, peguei meu celular e liguei pro Marcos, contei o ocorrido e ele falou que já estava chegando em San Diego, passei o endereço do hospital e desliguei, acionei a policia querendo saber do andamento. Tinham uma dúzia de denuncia sobre o homem chamado Phillip Gordon, o desgraçado tinha roubado o nome de outra pessoal, e eles estavam averiguando as denuncias. Pedi pra me informarem qualquer coisa e desliguei. Fui ate a cantina e peguei um café e sentei, minha adrenalina já baixando e me deixando fraco. Terminei meu café e voltei por quarto, uma enfermeira estava lá e tivemos que esperar fora do quarto.

>> o que vamos fazer agora?

>> Ainda não sei, mas assim que ela estiver bem, eles irão deportá-la.

>> Eu sei – Disse Lavínia chorando. – Meu deus coitada da minha amiga. Falou com á policia?

>> Falei, o nome dele era outro, Phillip Gordon, e eles estão averiguando denuncia já feita contra ele.

>> Meus deus, eu trabalhei pra ele durante 3 anos e nunca soube disso.

>> Uma amiga nossa falou que tinha passado por um momento constrangedor e ele pagou pra ela ficar quieta.

>> Ela pode depor contra ele?

>> Não sei se vai, já tem meses que aconteceu e ela precisa ficar fora das fichas da policia pra continuar no país.

>> Ok, se vocês quiserem descansar e voltar depois eu agradeço.

>> Ta bom Noah, e muito obrigada por fazer isso por ela.

>> Eu faria muito mais se pudesse. – me despedi delas e entrei no quarto. Puxei uma cadeira pra perto da cama e sentei e peguei sua mão. Rezando pra Deus que ela logo melhorasse.

 Acordei quando senti uma mão aperta á minha. Levantei e vi que ela ainda estava com os olhos fechados.

>> Amor, acorde. – Acariciei seus cabelos e beijei seus lábios, assim que afastei meu rosto, vi suas pálpebras tremerem, esperei ela abrir os olhos queria tanto que ela me visse. Olhar pra ela com amor, pra que eu me confortasse pelo menos um pouco. Continuei assim, acariciando seu rosto e falando baixinho com ela. Ate ver seus olhos fitarem os meus. Foi o momento único, de alegria inimaginável. Sorri e beijei seus lábios, que receberam os meus com um gemido baixinho. Seus olhos estavam lagrimejados e achei que estava sentindo dor. Apertei o botão ao lado da cama e em segundos uma enfermeira entrou e me afastei mas não larguei sua mão. Ela continuou chorando e aquilo foi rasgando meu peito.