Coisas preocupantes

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|Bandido
Cheguei em segurança, boneca.

Bufo, vendo a notificação no meu celular, assim que chega.

— Quem quer saber disso, criatura?

— Jungkook, faz uma hora que você está encarando esse celular. Agora que recebeu sua mensagem, faça o favor de terminar de comer e vá dormir! — minha mãe diz, e apenas cravo meus olhos nas costas daquela delatora.

Cheguei em casa tarde, e ela parecia irritada com isso, se despedindo de Junghyun no telefone para chamar minha atenção. Eu pensei que ia receber o primeiro pescotapa justo da minha vida, mas quando falei que o Park me trouxe, ela disse: "Ah, sim, ainda bem". Ainda bem. 

Estão entendendo a gravidade? 

Suspiro, encarando a tela.

— Ah, mudou a foto de perfil? — questionosozinho, enfiando uma garfada de miojo na boca, e abro a foto para ver melhor,já que antes era apenas sua silhueta escorada na moto. 

Dei uma engasgada, e comecei a tossir, tentando bater nas minhas próprias costas

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Dei uma engasgada, e comecei a tossir, tentando bater nas minhas próprias costas. Fiquei encarando, confesso.

Esse é o problema das selcas, parece que a pessoa está olhando na sua alma, e eu não quero ninguém olhando na minha alma, muito menos Park Jimin, garanto.

Olhei a foto por um bom tempo, observando seu olhar. Certo, acabei de notar uma coisa, e agora estou com um bico nos lábios.

Ele tem o modo Satanás, que olha pra todo mundo como se fosse matar, intimidate sim. E quando está comigo... Eu confesso (mas só em segredo) que vejo que ele me olha com gentileza.

Mas essa foto... O rostinho dele está triste.

Eu não acredito que acabei de pensar em Park Jimin no diminutivo.

Mas voltando... Ele me parece triste mesmo. Só o olhar, sabe? Eu decido que prefiro mil vezes quando está sorrindo ou sendo intimidante. Nada de Park triste.

Encarei a foto por um bom tempo, notando cada detalhe. Demorou porque a princípio só conseguia enxergar a boca desse maluco.

E olhando assim de perto... Me lembrei dos nossos beijos na escola. E fui fechando os olhos... E fazendo bico...

— Por que está beijando seu celular? — a pivetinha veio perguntar bem no meu cangote.

— Ah! — grito, saltando para o lado e jogando o celular para cima. — Você me assustou! Eu não estava beijando nada!

Ela estreita os olhos para o aparelho no sofá e dá a volta para ver, ao mesmo tempo que eu me estico todo para pegar ele.

— Esse é Jimin? Quem não deve, não teme!

— Garota, me deixa comer em paz. O que você tá fazendo acordada? Era pra estar no vigésimo sono — falo, colocando o celular debaixo da perna por segurança. Conheço aquela maluca.

De pernas pro ar | REPOSTANDO CORRIGIDAOnde histórias criam vida. Descubra agora