Capitulo 13

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Anne

-Ah, não é possível!- diz Herry -Você tem que gostar de outra coisa, você não ficava o tempo todo lendo no Brasil não é ?- pergunto indignado -Cara, pelo o que vi, o Brasil e cheio de lugares incríveis, tem o Cristo redentor, tem a floresta amazônica e também Fernando de Noronha; ai você vem me dizer que ficava o tempo todo em casa lendo Anne? Isso com certeza é inadmissível!

-Más com os livros eu posso ir de Nova York a Tóquio em questão de segundos, além de ir há dimensões místicas, como por exemplo o mundo dos elfos ou das fadas! E o mais importante é a riqueza cultural que cada livro apresenta e tem também a...

-Tá Anne já entedi!- diz me interrompendo -Más mesmo assim, você deveria fazer outra coisa, tipo andar de Skate ou dançar, tem que ter algo!

-Bem, as vezes eu cantava!- digo timidamente.

-Aah, finalmente alguma coisa!- diz levantando as mãos -Quais músicas você cantava?- pergunta curioso.

-M.P.B!-Digo

-M.P.B?- Pergunta confuso.

-Música popular brasileira!- corrijo -E as mais antigas também!

-Ae?- ele se vira na cama e apóia a cabeça em uma das mãos.

-Sim!- digo fazendo o mesmo gesto que ele -Minha mãe costumava dizer que eu nasci com 45 anos, pois nunca me enquadrei bem a sociedade em que vivo!

-Da pra ser mais clara?

-Ah, sim!- respondo me sentando na cama -Bem, enquanto a maioria dos jovens e adolescentes do Brasil gostam de funck, Sertanejo e eletrônico, eu prefiro Beethoven, Mozart e
Tchaikovski. Eu aprecio bastante música clássica, e se pudesse escolher, com certeza teria nascido no século XIX!

-E por que a preferência?- pergunta me puxando pro seus braços.

-Bem, se isso de fato acontessece, eu teria conhecido meus ídolos, e ainda por cima teria vivido por parte desprovida de tecnologia, levando em consideração o fato de que foi no século XIX que ocorreu a revolução industrial na Inglaterra, pois foi esse   o pioneiro de todo o processo!

-E por que gostaria de ficar sem tecnologia?- pergunta -Afinal hoje em dia há usamos pra tudo!

-Eu com certeza não sentiria falta!- digo com desdém -E ainda por cima, as pessoas não ficariam no meu pé pra eu responder mensagens insignificantes!

-Mais teriam a carta!- diz

-Sim, mais essa com certeza só seria enviada em caso de extrema urgência.

-Não dá pra discutir com você não é mesmo?

-Acho que não!- digo

-Mais e ai, que dia você vai cantar pra mim?- pergunta fazendo cafuné em meus cabelos.

-An, talvez no dia de são nunca, no mês de não vai rolar, está bom pra você?

-Eu não gosto muito desse dia -diz- Que tal hoje e agora!

-Ah, acho que hoje não vou estar disponível, só no dia em que falei anteriormente, é pegar ou largar!

-Por favor!- sussurra em minha orelha -Só pra este domingo terminar com chave de ouro!

-Aaah, não!- digo e ele faz careta.

-Eu faço o que você quiser!

-O que eu quiser?- pergunto com um sorriso malicioso.

-Sim, o que você quiser!- responde ele.

-Aqui tem soro de perca de memória?- pergunto brincalhona.

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