Capítulo 5.

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"A leveza de um bom café."

UMA SEMANA DEPOIS... 

Sentada de frente para o balcão do bar, entre uma dose e outra pensando em tudo que vem acontecendo vejo um rapaz familiar se sentar ao meu lado. 

— Tem vindo muito aqui? — Disse Maurício pegando o copo da minha mão e dando um gole. 

— Você não estava fora da cidade? — Eu disse arqueando a sobrancelha. 

— Estava. Soube de tudo que aconteceu. Sinto muito! 

— Soube que matei meu pai? — Eu perguntei pegando meu copo de sua mão. 

— Não foi isso que aconteceu. As escolhas dele o fizeram chegar nesse estado. Ele não se cuidou.

— Ele estava se afogando e eu não segurei na sua mão. 

— Não era uma decisão fácil. 

— Você não entende e eu não quero explicar. 

— O que você quer que eu faça? Pague a próxima bebida? 

— Quer saber? Sim. A próxima, e a próxima e a depois dessa. — Eu disse já chamando o barman. 

— Você tá de carro? 

— Não. 

— Ok. Te levo pra casa. 

— Claro que leva. — Eu disse dando mais um gole. 

Maurício que estava com minha bolsa, abriu a porta do meu apartamento. Ao adentrar já tirei meu salto que estava me matando. Fui direto pro meu quarto, muito bêbada já me joguei sobre a cama.

Maurício por sua vez veio atrás de mim. — Você vai ficar bem? 

— Eu vou. Senta aqui pra eu falar com você. 

Maurício se aproximou e se sentou na ponta da cama. 

— Você pode ficar aqui? Eu não quero ficar sozinha. 

— Tá bom. Quer um pouco d'água? — Ele perguntou em vão, eu caí no sono. 

Por volta das cinco horas da manhã, acordo completamente enjoada e corro pro banheiro para vomitar. Nem sequer deu tempo de ver Maurício dormindo todo torto na beira da cama. Que acordou ao me ouvir. 

— Não devia ter bebida tanto não é? — Ele disse se sentando e passando a mão no rosto. 

— É. Eu acho que não. — Assim que ouvi, reconheci a voz. Voltei para o quarto e o vi. Ele estava ainda mais lindo do que me lembrava. 

— Não sei se você se lembra, mas fui o motorista da vez. Inclusive você me deve um café da manhã. Estou faminto.

— Eu sorri ao me lembrar de fragmentos da noite passada. 

FLASHBACK ON...

Sentados na areia da praia. 

— Eu sabia que eu precisava vir aqui. Tem coisa mais linda? — Eu disse dando gole da minha bebida. — O MAR É TÃO LINDO! — Gritei. 

— Você parece uma louca, mas tá tão bêbada que eu te perdôo. — Disse entre risos.

— Por que você não gosta de praia?

— Eu não sei nadar, então não me parece muito seguro. 

— Eu também não sei, por isso que eu venho pra admirar. Fico só aqui sentada.

— Muito desperdício vir tão longe pra ficar sentada. 

 — Aí cala boca, você não sabe nem nadar. 

— Você também não sabe.

— Eu vou aprender agora. — Eu disse correndo até o mar.

— Olha só, eu não vou conseguir te salvar menina. — Ele disse vindo atrás de mim.

Antes de entrar no mar, parei ainda no começo só molhando meus pés. Maurício veio correndo atrás de mim e me puxando, que me fez cair e molhar toda minha roupa. Ali na beira do mar, começo me afogar, até Maurício me levantar e começar a rir. — Você se afogou onde a água não chega nem no joelho. — Ele disse rachando o bico. Eu completamente irritada saio do mar batendo o pé e emburrada.

— Hey, ME ESPERA! — Gritou. — Não conhecia esse seu lado garotinha mimada. 

FLASHBACK OF...

— Não tem nada de bom pro café. Temos que esperar a padaria abrir e vamos comer lá. — Eu disse sentindo o vômito subindo na minha garganta. Corri pro banheiro novamente. 

— É, eu acho que isso vai demorar. — Ouvi Maurício dizer. 

— Você é muito sensível! — Gritei do banheiro. 

— Não sou uma boa companhia quando estou com fome. — Ele disse da porta do banheiro. 

Subi minha vista para vê-lo. — Caça alguma coisa na cozinha, eu não saí de casa esses dias. 

— Pede alguma coisa. — eu disse.

— São cinco e meia da manhã. Ninguém vai entregar essa hora. — Disse Maurício entrando no banheiro e se sentando no chão ao meu lado. — Vou te fazer companhia até a padaria abrir. — Ele sorriu dando um toquinho no meu braço. 

— Café de padaria, tá aí uma coisa que não fazia há muito tempo. 

— Sério? Eu sempre tomo café aqui. Na verdade sempre que não tenho café em casa. 

— Parece muito uma coisa que bêbados fazem. — Ele retrucou sorrindo. 

— Engraçadinho. — Eu disse revirando os olhos. — Eu tenho que ir, vou trabalhar ainda. 

— Lorena me disse que você não estava aparecendo no trabalho. 

— É. Eu dei um tempo, mas aquilo deve estar uma bagunça sem mim. 

— Aposto que sim. Eu também vou pra lá. Só tenho que passar em casa pra trocar de roupa, quer ir comigo? 

— Não vão reparar se chegarmos juntos? A empresa tem uma política zero sobre isso. 

— Não estamos fazendo nada demais, só vou dar carona pra uma amiga. 

— E você é o todo poderoso, as regras não se aplicam a você. 

— Também tem isso. — Disse entre risos. — Vamos! 

Oi meninx, a correria da vida me fez sumir, mas já estou de volta

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Oi meninx, a correria da vida me fez sumir, mas já estou de volta. Capítulo pequeno e bem levinho, eu queria tirar aquele peso de morte kkkk espero que tenham gostado do capítulo. Não esqueçam de votar e comentar, isso faz com que eu não desista da história. Vejo vocês no próximo capítulo. Bjs. 🥰

Burocracia - Mirian Costa.Onde histórias criam vida. Descubra agora