" Nem sempre tem uma segunda vez. "
Já passavam das 22h e mais uma vez fiquei tão entretida no trabalho que não vi a hora passar, o escritório tem sido minha segunda casa.
Ao passar pelos corredores já quase vazios, uma sensação de dever cumprido me invadia. Consegui fazer tudo o que tinha em minha agenda, até trabalhos que estavam na gaveta consegui resolve-los. Um dia produtivo eu diria.
Ao adentrar o elevador e olhar meu reflexo no espelho, percebi que meu batom estava fraco. Pesquei meu batom vermelho favorito de dentro da bolsa e retoquei.
As portas se abriram e fui caminhando até o estacionamento para pegar meu carro. No trânsito liguei para minha amiga;
— Estou a caminho do Rystrok Bar. Me encontra lá?
— Se eu te disser que já estou aqui?
— Mentira! Com quem?
— Um pessoal do trabalho resolveu passar aqui, vem que estou te esperando.
Dentro dos quinze minutos de trânsito, passei um perfume e retoquei minha maquiagem mais uma vez.
Assim que cheguei já encontrei minha amiga Lorena.
— Chegou rápido! — Disse-a me cumprimentando com dois beijos no rosto.
— Já estava a caminho quando liguei. — Eu disse retribuindo.
— Vem! Quero que conheça meus amigos de trabalho. — Disse-a enquanto me guiava até a mesa em que estavam.
— Luísa, esses são: Henrique, Maria Clara, Alberto e Ricardo.
— Os cumprimentei e me sentei.
Meus olhos negros não conseguiam mudar o foco de Ricardo, um homem alto, forte, moreno, olhos claros e uma voz rouca maravilhosa. Enquanto todos conversavam, eu continuava ali parada olhando.
Lorena que estava sentada ao meu lado logo percebeu.
— Gostou dele? — Ela disse enquanto chamava o garçom.
— Ele é muito bonito. Tem namorada? Me conta sobre ele.
— Bom... Que eu saiba, não. Ele é um cavalheiro, é o tipo de cara que é pra namorar.
— Perfeito!
— Por que? Você não gosta de caras assim.
— Hoje eu quero ser mimada. — Eu disse com um sorriso.
Garçom finalmente voltou com nossos pedidos. Me levantei e sentei ao lado de Ricardo.
— Não nos falamos direito, sou Luísa. Prazer!
— Oi Luísa. Sou Ricardo.
— O que você tá bebendo aí?
— Cerveja. O que você faz Luísa?
— Eu sou advogada.
— E você tem namorado?
— Não.
— E você quer ter?
— Eu sorri e o beijei. Bem ali mesmo na mesa com todos a volta.
Passamos o resto da noite abraçados e rindo um das piadas do outro. No fim da noite Ricardo se ofereceu para pagar a conta e logo após fomos para meu apartamento.
Até o meu andar que se localiza no sétimo, fomos nos beijando em clima de romance. Senti meu corpo arrepiar quando ele sussurrou no meu ouvido com aquela voz rouca — Quero você!
Assim que adentramos já começamos a tirar nossas roupas, bêbados e com pressa. Nossa respiração ofegante, derrubavam tudo por onde passavam pelo caminho até o quarto, acendi somente o abajur que já foi o suficiente, seus beijos quentes que me excitava cada vez mais.
Não demorava até finalmente cairmos um ao lado do outro, satisfeitos e cansados. Adormecemos em seguida.
Pela manhã um cheiro de café fresco invadia meu quarto, fui até a cozinha e lá estava ele. Sem camisa e de costas, costas largas e uma bundinha redondinha que dava vontade de morder.
— Bom dia! — Eu disse o fazendo virar para mim.
— Bom dia! Espero não ter te acordado. — Disse-o me entregando o café.
— Não precisava ter feito isso. — Eu disse dando uma golada de café. — Mas tá maravilhoso! — Eu completei.
— Não me custou nada. — Ele disse sorrindo.
Terminamos nosso café, conversamos um pouco. Ele realmente era agradável.
— Eu tenho um compromisso agora pela manhã, vou tomar uma ducha você vem?
— Claro! Daqui a pouco eu chego lá.
Enquanto ele arrumava a cozinha, eu o esperava no chuveiro.
— Você demorou, achei que teria que esfregar as costas sozinha.
— Eu não deixaria isso acontecer. — Ele disse sorrindo me dando um selinho.
Enquanto me beijava, ensaboava meus seios. Podia senti-lo ereto. Quando dei por mim, já estava em seu colo, pressionada na parede e sentia-o penetrando, movimentos de vai e vem me invadiam, começa devagar e depois vai aumentando que me fazia gemer de prazer. Até que enfim gozamos juntos.
No meu quarto nos vestíamos, peguei minha bolsa e caminhamos para fora de meu apartamento, dei-o um selinho e nos despedimos na portaria.
— Quando eu te vejo de novo? — Disse-o.
— Estamos nos vendo agora.
— Isso quer dizer que não haverá uma próxima vez?
— É. Eu acho que não.
— Ok. Você quem sabe.
Deu-me as costas e foi embora. E por minha vez, dei meia volta e retornei ao meu apartamento.
— É sempre estranho a despedida. — Pensei enquanto jogava minha bolsa no sofá e voltava para meu quarto pra dormir. — Foi um bom final de semana.
Notas da Autora;
Oi pessoal, eu gostaria muito de saber o que vocês estão achando da Luísa e da história. Me sigam para ficar por dentro dos próximos capítulos. Estou muito animada com esse novo livro. Você que leu até aqui, meu muito obrigada. Não esqueçam de comentar e votar. 💋
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Burocracia - Mirian Costa.
Storie d'amoreAté onde uma mulher é capaz de ir para se sentir livre? Contra todas as probabilidades, Luísa vem mostrando que sabe se virar sozinha. Atraente e bem sucedida o que não falta são meios para conseguir tudo o que quer. Contando muita das vezes com su...