O ÚLTIMO - PT I

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CAROL

Carol abre os olhos e sente dor.
Dayane deixou a janela aberta e o sol da manhã bate diretamente no quarto.
Ela sabe que Dayane queria que ela acordasse mais cedo, por isso não fechou a janela.
Caroline levanta da cama e vai até o banheiro, tira sua roupa e antes de entrar no box, ela repara num envelope em cima da pia.

"Bom dia, baby! Eu quero muito te apresentar a minha noiva. Aí, na sua frente, traga ela pra mim essa tarde"

Carol olha pro espelho e um sorriso envergonhado brota em seus lábios.
Ela se apoia na pia e se olha nos olhos.

Meu Deus... Ficarei noiva hoje! Ficarei noiva da Dayane!

Ela sorri enquanto baixa a cabeça e a sacode levemente em negativa como quem dribla um turbilhão de memórias e, ao mesmo tempo, não acredita no que está acontecendo.

Após o banho ela volta pro quarto, abre o guarda-roupa e se depara com ele vazio. O único cabide que ainda está lá segura um vestido champagne embalado num plástico transparente com um bilhete colado nele.

"Já é aqui que você começa a gostar da Priscila, baby. Como eu disse, eu não teria escolhido um vestido melhor. Não vejo a hora de ver você dentro dele.
Ps: Um carro vai passar pra te pegar às onze, esteja pronta.
Ps2: tranquei a geladeira. É pra comer só aqui, Caroline! "

Ela revira os olhos pela parte da Priscila, mas nem ela mesma acredita que ainda esteja com raiva dela.
Ela retira o vestido do guarda-roupa, fecha a porta e se encara no espelho com ele na frente de seu corpo.

Uau.... Mas que loira filha de uma puta...

Ela chuta alguma coisa, olha pro chão e vê uma caixa de sapato, ela abre e quase cai pra trás.

Meu Deus! É um Valentino!

O sapato de meia pata, no mesmo tom do vestido, não é tão alto.  Denifitivamente, o sapato mais lindo que Caroline na viu.
Ela olha no relógio e vê que já são dez horas. Um frio na barriga toma conta dela.

Às onze horas em ponto Carol está descendo trajando o vestido champagne coberto de renda guipir de apenas uma alça grossa, seu desenho delineia seu corpo e termina numa fenda profunda na perna esquerda, trazendo um ar totalmente sexy.
Seu cabelo vem todo pra um lado só à partir de três pequenas tranças na lateral direita da cabeça.
Nos olhos uma maquiagem levemente marrom e um batom nude.
Caroline está impecável.
Ela aguarda um carro chegar sem ter a menor ideia de qual seja esse carro. Vindo de Priscila ela imagina que seja alguma coisa muito espalhafatosa, como uma limosine, por exemplo.
Carol tem o maior sorriso na cara assim que ela vê um fusca amarelo dos anos setenta parando em sua frente.

Beep beep!!
Soa alto a buzina.

Priscila, me ajuda a te odiar, facilita minha vida...

Ela entra e dá bom dia à motorista.
- A senhorita está linda.
- Obrigada. - responde sem jeito.
- A viagem vai levar cerca de uma hora, tudo bem?
- Sim, tudo bem. Tô um pouco nervosa só.
- Sua futura noiva imaginou, por isso, pediu pra eu por isso aqui.
A mulher abre o porta luvas e pega um pen drive, pluga num aparelho - tem uma tela aí na sua frente, atrás do banco do passageiro.

Oi, baby! Sei que você é impaciente e eu fui arrumar uma casa lá na casa do caralho e você ia querer me matar se eu te deixasse nervosa durante uma hora inteira de viagem, então eu resolvi fazer essa viagem com você. Confia em mim, vai valer a pena quando cê chegar.

Dayane pega o violão e o acomoda em seu colo.

Você se lembra da primeira música que cantamos juntas?

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