Capítulo sete

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Abby me levou para a sua sala e nos próximos minutos me atendeu. Assim que a conheci melhor, tive uma boa primeira impressão sobre ela, pois Abby demonstrara ser uma mulher bastante simpática, sempre sorrindo, pareceu, em todos os momentos, interessada em conhecer as funções da impressora de Klaus e gostou de ver que as páginas eram impressas numa velocidade maior do que as impressoras que tem na W&C Winter.

Nós ainda conversamos rapidamente sobre Klaus, contei a ela sobre o investimento que ele fez nessas impressoras, mas que infelizmente ele acabou fechando o comércio e acabou sobrando impressoras demais.

— Ele era dono de uma concessionária, mas depois que a esposa morreu, ele preferiu fechá-la, então se aventurou nessa loja de materiais de escritório, investiu muito nessas impressoras multifuncionais, tinha acabado de entrar no mercado, mas não foram todos que se interessaram por ela...

— Não sei por que, ela é incrível, vou querer uma dessas na minha sala!

— Sério? Que ótimo! — Eu falei todo sorridente, que foi retribuído.

— Sim, gostei muito dela... você também me demonstrou ser um ótimo vendedor! — Ela disse. Eu a vi voltar para a sua mesa, preencher um cheque no valor da impressora, e entregá-la para mim.

— Obrigado, foi muito bom fazer negócios com você! — falei e ela assentiu com a cabeça, depois começamos a caminhar pelo enorme corredor da W&C Winter. Observei algumas pessoas andarem de um lado para o outro da empresa, todos bem vestidos, demonstrando no mínimo viverem financeiramente bem. — Deve ser muito bom trabalhar aqui!

— Sim, é uma ótima empresa e paga muito bem... — Ela concordou. — Na verdade eles dão muito valor a pessoas que nem você, que sabem vender... — Ela disse, depois passamos por outra sala cheia de mesas. Algumas pessoas atendiam telefone, outras andavam de um lado para outro com vários papeis na mão, e outras estavam em frente as impressoras esperando papeis serem impressos. Abby abriu a porta e nós dois saímos da sala, para chegarmos ao corredor que eu estava antes acompanhado por Jonas Wright. — Sabe, eu não sei se vai te interessar, mas de vez em quando eles abrem vagas para estagiários...

— Estagiários? — falei parando em frente à porta, virando-me para ela.

Sorrindo, ela concordou com a cabeça.

— Sim, ouvi papos de que está perto de abrir novamente um novo processo seletivo, eles contratam estagiários por mais ou menos três meses, os treinam e os observam, e os que forem bons funcionários, são efetivados para alguns cargos dentro da empresa. A maioria se torna corretor, mas tem outros que são contratados para assistentes, tem também outras áreas aqui dentro. O que posso garantir é que todos são ótimos cargos, ganham muito bem!

— E como eu faço para me inscrever? — perguntei, começando a pensar na possibilidade. Eu me animava com a ideia de que poderia existir uma possibilidade de mudar de vida, ganhar dinheiro e poder ajudar Julia, para assim ela poder trabalhar menos, ou quem sabe largar a vida de garçonete de vez.

— Ah, aí não é comigo, não sou desse setor... — Ela falou, depois suspirou. Fora então que ela olhou para o lado, parecia pensativa. Como vi que seus olhos se concentraram demais no mesmo lugar, eu fiquei curioso e acabei olhando para onde ela tanto olhava. Fora então que vi que ela estava encarando uma mulher alta, esbelta, muito bem vestida e bem maquiada caminhar pelo corredor, ela passou pelo nosso lado e no primeiro momento nem nos olhou.

A mulher estava usando uma saia social preta e uma blusa social branca, os seus cabelos escuros estavam todos presos num penteado muito bem feito, ela usava um sapato preto de salto alto e o batom vermelho nos lábios realmente destacava bastante o seu rosto, já que ela é bem branca.

O Caminho da Esperança (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora