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Coréia do Sul
Tempos atuais

Destino

Se tem uma coisa que eu adoro fazer é permitir que promessas venham se cumprindo. Por exemplo, uma vez um grupo de amigos que dividiam a mesma alma prometeram que fariam de tudo para se encontrar novamente. Eu fiz com que acontecesse porque o amor é algo que me impressiona tanto.

Eu tenho cuidado deles desde que vieram para a terra pela primeira vez. Vi uma única alma se dividir e ocupar dois corpos diferentes e fiz de tudo para que eles se encontrassem. Acontece que sem querer, fiz com que Jimin tivesse uma percepção a mais das coisas, o que facilitou bastante para que eles se encontrassem das outras vezes, mas o fez sofrer pelos dois a cada uma delas.

Me deixa muito feliz e também um pouco intrigado que, embora ele tenha essa sensibilidade, não tenha notado minhas ações em cada coisa que não o envolve. Como por exemplo sua mãe, Cho-rong, que sabe tanto sobre mim porque é exatamente como seu filho, atenta para encontrar sua outra metade.

Porém, desta vez, ela encontrou muito nova, muito antes de conhecer o homem com quem teria Jimin. Haewon era uma garota linda, gentil e amável, a quem Cho-rong amou mais do que nas outras vidas, talvez porque havia sido a primeira vez que se apaixonava. A história de suas almas é uma de minhas favoritas, era uma daquelas que envolviam promessas, mas também envolviam estrelas.

E Haewon virou uma estrela cedo demais.

O tempo delas foi muito curto e Cho-rong foi obrigada a esperar para que pudesse morrer também, assim o ciclo começaria novamente e ela poderia encontrar sua amada novamente, como haviam combinado. Acho que foi por isso que Jimin acabou sendo seu filho, assim ela sempre vai se lembrar da história dela por meio da dele - dizem que eu sou um filho da puta, é verdade.

Jimin sempre foi insistente, sempre amou Taehyung com tudo o que era e eu adoro vê-lo fazendo de tudo para que pudessem ficar juntos. E foi o que ele fez desta vez também, como disse aquele menino, Seokjin - é interessante comentar que com Seokjin eu não brinco mais; eu muito o já fiz sofrer em suas vidas até que, sem querer ele acabou me pedindo que aquilo acabasse, que sua alma não fosse mais incompleta, e eu atendi. Mas podemos falar disto em uma outra ocasião.

Eles conseguiram um jeito de se ver, quer dizer, eu dei um jeito para que eles se vissem e foi em um dos lugares favoritos deles em uma de suas primeiras vidas: um parque grande perto do centro da cidade, com uma vista linda para o pôr do sol. Na época em que eles estiveram lá antes era um grande campo onde haveriam batalhas horríveis.

Foi extremamente "por acaso", nenhum dos dois estava procurando o outro, o que tornou tudo ainda melhor.

- Taehyung? - Jimin foi que o viu sentado em um bando, lendo um livro sobre fotografia. Ele sempre seria o primeiro.

Seus olhares se cruzaram e o fio vermelho que entrelaçava suas almas tremulou no vento, se encurtando para que se aproximassem aos poucos.

O coração de Taehyung batia perigosamente rápido, em sincronia com o de sua alma gêmea, mas eles não sabiam disso.

Fechou o livro e o colocou sobre o banco, ficando de pé e abrindo e fechando as mãos em sinal de nervosismo.

- Por que está me evitando? - Jimin sabia e perguntou mesmo assim.

Os olhos escuros e bonitos do Kim encontraram o chão cheio de pedrinhas que ele insistia em tirar o lugar com a ponta do pé.

Sem essa de Destino! [vmin]Onde histórias criam vida. Descubra agora