A DROGA MATA

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Aos onze, Beatriz perdeu a virgindade, na realidade em que estamos isso é algo normal, a normal é entrar na adolescência ainda exibindo o selo de virgem

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Aos onze, Beatriz perdeu a virgindade, na realidade em que estamos isso é algo normal, a normal é entrar na adolescência ainda exibindo o selo de virgem.

Aos doze, ela cheirou a primeira cápsula de pó, ela era pobre, mas, queria ser menina rica, então encontrou a maneira mais fácil, se envolver com quem podia lhe dar dinheiro e drogas em troca de seu corpo.

Aos treze, ficou grávida pela primeira vez, tia, mãe e irmã a fizeram abortar, era filho de bandido, não podia nascer. Ainda aos treze, ganhou a primeira surra digna de ir ao hospital, mas não quis sair dessa vida, nela ela tinha dinheiro.

Aos quatorze, engravidou e perdeu o bebê após mais uma surra, dessa vez ela tinha passado a perna em um malandro e ele se vingou. Ainda aos quatorze, o pai e alguns tios tentaram intervir e tira-la dessa vida, mas ela já não tinha forças para sair, a droga antes era uma diversão, agora havia se tornado um vicio e vícios, não dão e passam.

Aos quinze levou outra surra dias antes de seu aniversário, mas gritava que era Bibi perigosa e não ia dar nada. Ainda aos quinze, fez o seu primeiro assalto, mas levou outra surra, era proibido assaltar morador.

Aos dezesseis, começou a escutar vozes e só a droga a fazia ficar sem elas na cabeça...

Até agora.

Beatriz e Maria, eram irmãs inseparáveis, adoram aprontar juntas. Beatriz sendo a mais velha dizia que Maria era sua jovem aprendiz. Certo dia Beatriz recebeu o convite para uma festinha onde rolaria de tudo, sexo droga e álcool.

- Formou bebê? – perguntou Beatriz  a Maria.

- Formou! Hoje eu quero me acabar. – Maria respondeu.

Era quinta feira, a noite estava bem chuvosa, mas mesmo assim elas colocaram seus uniformes, short extremamente curto e top de renda. A arrumação foi rápida, elas, mestiças de cabelos enrolados logo abandonaram a face de criança e se pintaram ao ponto de parecerem mulheres vividas.

- Bora, bora, que Berimbau já parou ai. – a mais velha gritou e a mais nova correu atrás dela.

- Pra onde vocês vão? – a voz da mãe delas soou quando passaram na sala.

- Curtir! Nós vamos curtir bebê. – saíram rindo pela porta e entraram em um carro todo preto.

Elas não foram para longe, poucas ruas de casa e elas estão dentro daquela festa. Aquele inferninho que durou não horas, mas dias.

A mãe após dois dias começou a entrar em desespero. Onde estavam Beatriz e Maria? Tios, primos e amigos começaram a se desesperar quando nenhum contato com elas foi feito.

Até que um recado chega com o endereço de onde elas estão. Mas elas não querem vir embora, era muita droga fácil para deixar para lá, era muito álcool para desperdiçar. A vida era uma só, então, por que não aproveitar?

Mas será que esse aproveitar, era a ponto de morrer por aquilo?

Tudo o que é demais faz mal.

Droga demais mata.

E foi assim que Beatriz amanheceu quatro dias depois, morta. Porque a droga mata, mas primeiro ela vicia e destrói sonhos e ambições.

Maria não morreu fisicamente, mas parte dela está morta juntamente com a irmã.

Porque imprudência mata, humilha e destrói pessoas.

A história de Beatriz e Maria é só mais uma em meio a milhões parecidas ou iguais a essa.

Fim

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A vida é uma cadela quando se é vivida sem um Deus que te guarda e te protege a cada instante.

Eu espero que todos entendam que drogas não levam a NADA.

Eu espero que todos entendam que drogas não levam a NADA

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O lado GG do amor (Livro 1 - Amores) RETIRADA 17/05 ÀS 20HOnde histórias criam vida. Descubra agora