Enquanto estávamos indo para motel - quase chegando - Sam comia os salgadinhos que eu havia comprado. Normalmente, eu acharia aquilo irritante e nojento pelo barulho, mas eu estava distraído de mais para pensar em coisas tão idiotas naquele momento, até porque, aquilo me lembrava dele.
"Castiel.. né?"
"Quem??"
"A..uhm..aa.. só estava pensando alto, não é nada!"
Sam riu daquilo mas ignorou, afinal, ele não sabia do que eu estava falando. Ou eu achava que ele não sabia. De qualquer maneira.. chegamos no motel. Nosso quarto foi o 28, segundo andar. Antes mesmo de nos acomodarmos e arrumarmos nossas coisas, pegamos os computadores e nos afundamos em pesquisa. Passamos umas 2 horas procurando algo que não fazíamos ideia do que era.
"Achou alguma coisa?" - me lembro de perguntar isso para Sam porque estava com sono na hora
"Ainda não, mas, temos um padrão!"
Abaixei a tela do computador e direcionei meu olhar pra Sam.
" Foram 9 mortes em uma semana, todas meninas!"
"Uma semana? É um recorde!"
"Não tem graça Dean!"
Olhei com uma cara envergonhada para ele e voltei a procurar. Algum tempo na internet e já eram 23:00 horas. Falei para Sam que ia dormir e - obviamente - fui. Ele ainda ficou mais um tempo no computador - sei disso porque conseguia ver a luz vindo de sua cama no quarto escuro.
Domingo 13 de março de 2005
Nós acordamos umas 08:00 horas e fomos para a delegacia. Lá, nos apresentamos com FBI e - como sempre - eles nos deixaram ver o corpos. Além de serem meninas, não existia nenhuma semelhança física entre as vítimas. Isso dificultava muito. Quando abrimos o corpo de três delas, vimos oque estava de errado ali. Bruxas. Agora só tínhamos que descobrir o porquê daquilo tudo.
Quinta-Feira 17 de março de 2005
Depois de alguns dias trabalhando no caso, eu e Sam o resolvemos. Alias, conhecemos uma bruxa. Ela se chamava Rowena. Mesmo achando ridículo, percebi que Sam estava apaixonado por aquela aberraçãozinha. Ele negava com todas as suas forças, mas, eu conheço ele bem o suficiente pra saber quando ele gosta de alguém.
Quando chegamos em casa largamos nossas malas na porta e fomos para nossos quartos dormir. Estávamos cansados. Mais do nunca. Fomos conversando sobre isso no carro, mas depois de um tempo só deixamos de lado.
Sexta-Feira 18 de março 2005
Eu e Sam acordamos ao mesmo tempo com um barulho de caminhão. Alguém estava se mudando para a casa do lado e eu sinceramente não entendia o porquê. Ela não era habitada a anos, fora que estava velha e fedendo a mofo. Não sei como alguém iria querer aquela merda que chamávamos de casa.
Como nos velhos tempos, nós fomos para a janela e tentamos olhar quem era o sortudo de se mudar para o lado dos vizinhos mais barulhentos do bairro, mas não conseguimos. Nós poderíamos ter parado por ali, mas a curiosidade nos dominou. Esperamos o caminhão sair para irmos até a porta do tal sujeito e nos apresentarmos.
Batemos na porta mas ninguém atendeu. Batemos de novo e a mesma coisa. Falei a Sam para irmos embora mas ele insistiu em ficar. Batemos mais uma vez e ele finalmente atendeu.
Na hora eu estava com um chiclete - oque parecia estranho porque ainda era 07:00 horas da manhã, mas, eu tinha um vicio. Quando a porta abriu eu quase o engoli. Era ele.. Castiel. Eu respirava ofegantemente e Sam percebeu. Ele me deu um tapa na nuca e eu parei na hora. Fiquei encarando Castiel por um tempo enquanto meu irmão falava.
"Olá.. nós somos seus vizinhos, só queríamos vir te dar as boas vindas.. seu nome é?"
"Castiel, o nome dele é Castiel!" - falei meio que gaguejando
"Vocês.. ja se conhecem?"
"Ele trabalha na loja do posto!"
Ele fez um "sim" com a cabeça e nos convidou para entrar. Como nos lembrávamos, a casa era um lixo, mas segundo Cás, ele arrumaria antes do final do mês. Ele era muito simpático, e eu só falo isso porque Sam comentou comigo depois. Segundo ele, eu estava distraído de mais olhando para a boca de Castiel pra prestar atenção no que ele estava falando.
Ele estava usando um sobretudo, gravata azul - oque eu achava lindo porque combinava com seus olhos - e por baixo, uma camisa branca. Fomos para casa e fiquei pensando: nunca acreditei em destino, mas algo me dizia que tinha alguma coisa ali que mudaria meu ponto de vista. Em todas as formas possíveis.
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The tape player
FanfictionCONCLUÍDA Dean e Sam estavam em apenas mais um caso quando ele encontra Castiel. Depois disso, tudo muda em sua volta e ele se apaixona.