Não solte minha mão

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Pov Castiel

Quando eu acordei, a primeira coisa que eu fiz foi pedir as enfermeiras que chamassem Dean. Eu sabia que ele estava preocupado mas ainda sim não podia deixar a relação dele e Sam do jeito que estava. Quando Dean chegou no quarto, eu podia ver os brilho em seus olhos. Uma lágrima escorreu pelo rosto enquanto me abraçava.

"Eu vou deixar vocês sozinhos.." - o médico falou saindo do quarto

Dean puxou a cadeira um pouco mais perto da cama e sentou nela. Em nenhum momento ele largou minha mão.

"Eu rezei tanto por você, Cás!"

Eu apenas sorri e apertei mais um pouco a mão dele.

"Obrigado por estar aqui!" - eu disse com a voz rouca

Pov Dean

Eu sorri e me inclinei para beija-lo. Sorte minha que já podia tocar ele - kk.

"Eu.. posso te perguntar uma coisa?"

"Pode sim!" - Cás falou tossindo um pouco

"Você se machucou muito no acidente.. como? Você é um anjo! No mínimo teria levantado e andado até o outro lado da rua!"

"Dean.. minha graça esta fraca!"

"Oque? Porque?"

apenas o preço que eu pago por ter me apaixonado por você.."

"Ai deus.. a culpa é toda minha!"

"Não.. não, não é Dean! Isso nem é uma coisa tão ruim assim! Só significa que eu preciso prestar mais atenção quando eu andar na rua!"

Eu ri mas ainda me preocupei. Quer dizer, querendo ou não a culpa era minha! Talvez.. se a gente nunca tivesse parado no posto ou, nunca tivesse ido ver o vizinho.. nada disso teria acontecido! Sam não estaria bravo comigo e Cas estaria bem!

Quinta-Feira 1 de dezembro de 2005

Finalmente, depois de tanto tempo, Cas recebeu alta. A vida nunca foi fácil pra mim, até porque eu sempre estava preocupado com alguma coisa, e dessa vez, não era diferente. Cás já estava bem e podíamos voltar para casa, mas, e Sam? Eu não via ele a dias! Desde que Cas acordou eu não sai mais do hospital com medo de algo acontecer com ele.

Quando saímos do quarto, fomos para a recepção e lá estava Sam! De começo eu achei estranho porque ele disse que não viria, mas ai, lembrei que o Impala estava com ele.

Quando Cas viu Sam, abriu um sorriso e ficou feliz por ele ter vindo. Foi até meu irmão para abraçá-lo mas ele negou. Apenas empurrou Cás e me deu as chaves do Impala.

"Vamos logo, eu odeio esse lugar!"

Durante o caminho inteiro Sam ficou com a cara amarrada. Eu me perguntava o porque de toda essa arrogância com Cas. Ele não tinha feito nada! E, em 20 dias, é possível esquecer uma mentira! Alias, eu não menti, eu omiti, é diferente.

Para tentar quebrar o gelo, eu perguntei se Sam tinha visto Rowena algum desses dias e ele disse que sim. Ele também disse que um dia depois do acidente, ele chamou a namorada em casa para terminar com ela. Segundo ele, ela saiu chorando e ele apenas riu! Passou a tarde inteira tomando vinho - que tinha comprado no mesmo dia - e vendo tv.

O pior nem foi ouvir oque Sam tinha feito e sim ver ele falando aquilo com uma expressão feliz no rosto.

Olhei no retrovisor e consegui ver a expressão de Cás  ouvindo cada palavra que saía da boca de Sam. Ele estava tão assustado quanto eu. Cheguei até a pensar que um demônio havia possuído ele ou algo do tipo, mas descartei essa hipótese depois de algum tempo.

Não havia nenhum motivo para todo aquele mal humor e arrogância do meu irmão. Até antes do acidente ele estava bem. Estava normal. Alias, mais feliz do que eu nunca. Não entendia o porquê de tudo aquilo!

Quando chegamos em casa, Sam foi até seu quarto e se trancou lá pelo resto da noite. Não falou uma palavra desde então. Eu tentei entrar em seu quarto mas a porta não abria! Chamei varias e varias vezes por seu nome mas ninguém respondia. Depois de um tempo tentando, deduzi que ele havia dormido - até porque já eram 00:30 - ou estava pesquisando e não queria falar comigo.

Eu e Cas ficamos assistindo TV até umas 01:08 da manhã e fomos dormir. Antes de irmos para o quarto, Cás falou algo curioso:

"Você acha que isso é pra sempre?"

"Como assim?" - falei meio que rindo pra quebrar uma leve tensão na voz de Cas

"Tipo.. nós! Você acha que é pra sempre?"

"Claro que sim, Cas! Quer dizer, ninguém tem certeza de nada, mas, eu espero que sim!"

Me aproximei e beijei ele. Pela primeira vez, quando sai do beijo, vi que suas bochechas estavam rosadas. Ele parecia um pouco envergonhado, eu só não sabia do que!

Sexta-Feira 2 de dezembro de 2005

Eu e Cas acordamos com batidas. Não sabíamos se era nas janelas ou portas, só sabíamos que vinha do quarto do Sam. Quando atravessamos o corredor a porta estava entreaberta, então, peguei minha arma. Entrando lá, a janela estava trancada e Sam não estava lá. Procuramos ele pela casa inteira mas não achamos.

Ele se foi.

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