The tape player

Entre tapas e beijos

Pov Dean

"Meg? Quem é ela Cás e porque vocês se conhecem?"

"Ela é uma amiga!"

"Nós já ficamos uma vez!" - falou ela vindo um pouco mais perto de mim e cochichando

"Vocês oque?"

"Só aconteceu uma vez e não significou nada!" - Cás falou tentando me tranquilizar

"Então.. você é uma anjinha ou algo assim?"

Ela piscou e seus olhos responderam minha pergunta.

"Um demônio? É sério isso Cás? Eu sinceramente esperava mais de você!"

Cas abaixou um pouco a cabeça dando uma volta e indo para trás de mim.

"Ouuu, tá me ofendendo sabia!"

Eu virei para trás e puxei Cas pelo braço. Ele soltou e saiu da sala. Eu não entendi o porque daquilo. Eu não tinha feito nada de mais! Só estava tentando proteger ele. Não era tão difícil de entender.

Saí da sala e fui atrás dele.

"Cas.. oque foi?"

Ele não me respondeu e só continuou andando.

"Olha, eu do tava tentando te proteger!"

"Que merda Dean, eu não preciso que você me proteja, eu sou um anjo! Você que precisa de proteção e eu também to tentando te proteger, mas com essas crises de ciúmes ridículas não da! Isso não é proteção."

Ele andou mais um pouco. Eu fui até ele, peguei o braço de Cás virando ele para mim e o beijei. Ele parou beijo meio que forçando um espaço entre nós.

"Nem tudo se resolve com um beijo, Dean!"

Naquela hora eu me segurei pra não chorar. Não era só porque Cas estava bravo comigo, mas também, porque eu sabia que eu estava errado. Ele tinha razão de ter feito aquilo, mas ainda sim, eu não conseguia ficar brigado com ele.

Domingo 30 de outubro de 2005

Mesmo não se falando muito, resolvemos o caso. Quando voltamos para o motel, Cás foi dormir na cama de solteiro mas eu não deixei. Falei pra ele trocar comigo, afinal, eu já estava acostumado. Cás negou. Eu sabia que ele odiava aquela cama de solteiro, mas, deixei! Não queria "atrapalhar" o orgulho próprio dele.

Nós fomos dormir umas 23:00 e já eram 01:00. Eu não tinha conseguido dormir. Fiquei pensando se - até mesmo quando voltássemos para casa - Cás continuaria sem falar comigo. Até então eu havia ficado quieto, mas, depois de uns 2 dias, não conseguia mais.

01:30 da manhã e senti algo sentando ao meu lado. Eu estava deitado pro lado direito, então, não conseguia ver a cama de Cás. Peguei a arma de baixo do travesseiro e virei já apontada para..

"Cás?"

"Desculpa Dean.. eu exagerei! Eu.. acho que vou voltar pra minha cama!"

"Não Cas.."

Peguei o braço dele mas logo soltei.

"Se você quiser, pode ficar aqui!" - falei meio que com vergonha

Ele abriu um sorriso e deitou do meu lado. Só Deus sabe o quanto eu fiquei aliviado depois daquela noite. Eu estava tão preocupado que nosso namoro poderia acabar que Sam teve que resolver o caso praticamente sozinho. Eu estava muito distraído.

Depois de se deitar, Cas me abraçou e eu beijei a testa dele.

"Nunca mais faz isso comigo.. eu pensava que você ia terminar comigo depois disso.."

Ele riu e eu coloquei minha mão tampando a boca dele.

"Cás, já são quase 02:00 horas da manhã.. você não pode fazer tanto barulho!" - falei meio que rindo

"Desculpa.. mas, como eu ia falar, eu te amo Dean, não terminaria com você só por causa de uma coisa idiota! Alias, eu tava com saudade disso!"

"Disso?"

"Sim.. do seu abraço, do seu sorriso, do seu cheiro!"

Eu ri e beijei ele.

"Eu também te amo Cas.."

Nós nos beijamos e ele voltou a me abraçar. Eu me sentia tão bem com ele, e não era porque ele estava usando uma camisa minha e uma das minhas boxers - oque era engraçado também porque mesmo bravo comigo ele não conseguia usar outra coisa pra dormir. Eu nunca pensei que sentiria isso mas estava começando a ficar mais forte do que eu. Eu não conseguia viver sem Cás.

Pov Castiel

Como um anjo, não era normal que eu tivesse emoções humanas, mas, aquilo era melhor que qualquer coisa que eu já tinha sentido na minha vida. Era real. Eu amava Dean - e olha que no céu "amar" é uma palavra importante e muito rara de se falar lá. Eu até entendia o quanto "eu te amo" era importante para os humanos, mas para mim, era algo que eu nunca falaria. E falei.

Eu não conseguia ficar sem olhar pra ele. Sem os abraços e os beijos de Dean. Ele era tão perfeito e eu sentia tanta falta daquilo. Mas eu não me arrependo! Talvez, era exatamente disso que a gente precisava. Um espaço um do outro. Só por um tempo. Tempo o suficiente para perceber o quanto eu amo ele.

Eu amava tudo em Dean. Seu cabelo, sua barba incrivelmente bem feita, mas, tinha uma coisa, uma coisa que o tornava único. Seus olhos. Blah, blah olhos verdes. Tão exageradamente lindos. Mal conseguia respirar quando olhava Dean nos olhos. E era por isso que toda vez que acontecia eu queria beija-lo. Mas ele sempre me beijava primeiro. Talvez ele sinta o mesmo, ou só me ama o suficiente pra não conseguir olhar nos meus olhos sem me beijar.