Melissa.
– …E é assim que se calcula função exponencial. - explica Julia, pela sétima vez hoje. Talvez oitava. Eu parei de contar depois que ela gritou comigo. - Entendeu?
– Ahm, mais ou menos. - eu digo.
Sempre odiei matemática, e nunca entendi por quê raios eu tenho que aprender a calcular a função de x.
Me diz, em quê eu vou usar isso na minha vida?!
– Ah, eu desisto. Pede para outra pessoa te explicar.
– Mas Ju, sua liamda, eu preciso entender isso!
– Então pede para outra pessoa te explicar. Pro professor, Peter, sei lá.
– Ju…
– Não. - ela diz, indicando que a conversa foi encerrada.
– Vadia, eu te odeio.
Ela sorri.
– Também te amo, viu?
Desisto de tentar persuadi-la, e tentei lembrar de alguma alma viva generosa o suficiente para me ensinar matemática, de preferência sem gritar comigo.
Bem, Duda com toda sua inteligência e esperteza provavelmente não saberia me explicar. Também era provável que se eu pedisse para o professor, ele me xingaria e me chamaria de preguiçosa, o que não era exatamente mentira.
Só me restam duas opções. Peter, e a menina nerd que senta na primeira carteira, que durante as primeiras semanas eu cogitei que ela fosse muda (É sério, eu só ouvi a voz dela uma ou duas vezes).
– Peter… - chamei.
– Sim? - ele se virou para mim, sorrindo.
– Me ensina matemática? - eu pedi, com a voz um tanto manhosa. - Por favor?
– Não.
– Sério?
– Não. - ele riu. Depois, arrastou sua carteira até que ficasse ao meu lado. - O que você quer que eu explique?
– Podemos começar da parte em que resolveram misturar os números com o alfabeto?
Ele ri novamente, pegando o caderno e o livro de matemática.
Pacientemente, ele me explica toda a matéria de matemática.
– Entendeu? - ele pergunta.
– Eu nunca pensei que fosse conseguir entender isso sem ouvir alguém gritando comigo! - eu disse, abraçando ele. - Obrigada!
Ele sorriu.
– Não há de quê.
Começo a fazer alguns dos exercícios do livro em silêncio. Agora que eu entendi, a matéria nem parece tão difícil assim.
Alguns minutos de silêncio depois, ouço a voz de Peter, que ainda está com a carteira praticamente colada na minha.
– Mel… você está mesmo namorando aquele cantor? - ele perguntou, assim, do nada.
Demoro alguns minutos para assimilar a pergunta.
– O Harry? Ah, não. Ele é só um amigo que eu conheci na cidade.
– Tem certeza? Vocês pareceram bem…próximos naquelas fotos.
– Você viu?
Ele assentiu.
– Ah, não se importe. Eu e ele somos só… amigos. - eu digo. - Nada mais.
Peter sorri para mim.
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One More Day (H.S)
Teen FictionSinopse: "Era estranho. Milhões de fãs venerando-os pelo mundo inteiro, e para mim eles continuavam sendo apenas Harry, Liam, Louis, Niall e Zayn, e não o One Direction. Garotas sonhando em conhecê-los, quando eu os via quase todos os dias. Era tão...