Capítulo 11

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N/A Ultimo capitulo, esperamos que tenham gostado da fic.

Finalmente, os policiais chegaram, e o capitão começou a interrogar Lauren, fazendo anotações em um pequeno bloco de couro preto.

— Pode nos dizer o que aconteceu no quarto de seu tio?

— Foi tudo tão rápido...

— A senhorita esteve fora de Marrocos?

— Sim. Passei algum tempo como convidada da princesa Karila em El Agadir.

— Ah! E voltou hoje?

— Voltei.

— Não é estranho que sua volta tenha coincidido com a morte do sr. Courlaine?

A expressão de Lauren não se alterou, mas Karila percebeu que ela hesitava. É agora! Ela vai contar-lhe o que julga ser a verdade, e eu estarei implicada nesse crime.

— Não há nada de estranho — respondeu ela, com os olhos fixos nas mãos. — O sheik Al-Shaibijane e sua esposa também eram hóspedes da princesa Karila e quando ela me contou que viria hoje para Marrocos, a fim de visitar os pais, decidi acompanhá-la.

— Reconheceu algum dos homens que invadiram o quarto de seu tio?

— Reconheci um deles, o sr. Nawab. Encontrei-o em uma das recepções ligadas à conferência, à qual compareci na companhia de meu tio, cerca de um mês atrás.

— E o outro?

— Nunca o vi antes.

— Foi ele quem deu o tiro fatal?

— Sim... e ia atirar em mim. Vi seu dedo apertando o gatilho, mas a princesa Karila entrou no quarto nesse momento.

— A senhorita passou por momentos terríveis, e podemos continuar amanhã — disse o capitão, demonstrando consideração por Lauren. — Por quanto tempo pretende permanecer em Marrocos?

— Eu... eu gostaria de partir o mais depressa possível. - Lauren cruzara os braços, tentando conter os tremores que percorriam seu corpo.

— Ainda restam muitas perguntas a serem respondidas, e a senhorita terá de assinar uma declaração. O sr. Nawab irá a julgamento.

— Mas isso pode demorar meses! — protestou ela. — Tenho um emprego, preciso voltar a meu país.

— Verei o que posso fazer. — O capitão voltou-se para Karila — O homem que matou era um assassino de aluguel. Gostaria que me descrevesse a cena no momento de sua entrada no quarto do sr. Courlaine.

— Sem dúvida. Só lhe peço que me deixe alguns minutos a sós com a srta. Lauren.

— Eu a esperarei no corredor.

Quando ficaram sozinhas, Karila aproximou-se dela.

— Você não lhe contou nada sobre a conversa que ouviu em minha casa, sobre sua suspeita de minha participação no assassinato de seu tio. Se realmente acredita que eu seja...
— Eu acredito que seja culpada. O capitão disse que o homem era um assassino de aluguel, e ouvi vocês falarem em contratar alguém...

— Então, por que não contou à polícia?

— Não quis macular o que existiu entre nós... ou melhor, o que pensei ter existido.

— Os momentos que partilhamos continuam sendo verdadeiros, Laur. Nada mudou.

— Não mesmo? — Ela a fitou por um instante e desviou os olhos. — Por favor, deixe-me descansar. Estou esgotada.

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