00 | introdução.

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Tudo bem

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Tudo bem. Eu sabia que era idiota. Bem idiota, na maioria das vezes. Mas não sabia que era tão idiota ao ponto de cair no maior clichê de todos os tempos: estar apaixonada pelo meu melhor amigo.

Eu não sei exatamente o ponto em que tudo começou a mudar em relação à Harry. Quero dizer... em um momento, tínhamos 10 anos e passávamos a tarde brincando na nossa casa da árvore, observando as estrelas no céu madrugada afundo. No outro, éramos dois adolescentes com os hormônios à flor da pele, excitados com as grandes expectativas acerca do ensino médio.

No começo, disse a mim mesma que todo esse formigamento que surgia com a sua presença era apenas um sinal de que ele me atraía — e muito. O que eu poderia fazer? Harry não seria o mesmo garotinho melequento para sempre, eu sabia disso. Eu só não imaginava que toda essa mudança na adolescência seria tão... drástica. Ele era fodidamente perfeito, e isso acabava comigo — e meu psicológico —, porque ter um melhor amigo gostoso pra caramba implicava, principalmente, em lidar com garotas escrevendo seus números de telefone em guardanapos ou abordando-o pelos corredores da escola a todo momento, sequer dando-se ao trabalho de disfarçar o convite gratuito de sexo. Eu sabia que aquele não era um simples ciúme de amigo, do tipo que você sente quando vê seu melhor amigo de infância te deixando de lado por fodas causais no carro, no cinema, nas festas. Eu sentia inveja, porque no fundo, queria estar com ele. Não da forma como eu costumava estar. Queria estar com ele como aquelas garotas. Queria que ele me visse como vê elas, não como a maldita , a garotinha que tinha medo de trovões e sua irmãzinha mais nova. E santo Deus, como eu me sentia suja por imaginar tudo isso.

Eu e Harry nos conhecemos desde os cinco anos de idade, quando ele se mudou para a casa ao lado da minha. Eu presenciei todas as suas fases, sabia de todas as suas manias e ambições, seus sonhos pra lá de estranhos e de como sua família era completamente problemática. Nós sempre tivemos uma relação de irmãos, uma vez que a intimidade sempre foi um fator determinante para isso. Ele constantemente dormia aqui em casa, comigo, trocava de roupa na minha frente, e isso costumava ser algo natural de amigos que se conheciam há bastante tempo. Mas agora, só de pensar em vê-lo apenas de cueca na minha frente, isso me deixa maluca. Eu nunca fui do tipo impulsiva, preciso ressaltar, mas são situações como essa que me fariam ir contra à todos os meus princípios impostos; que diziam, desesperadamente, para eu soterrar esse sentimento no canto mais obscuro do meu coração.

Porque só havia algo no qual mexia comigo mais do que Harry Styles; a ideia de perdê-lo para sempre.

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