Cap 1 : O Palácio

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Eu odeio, odeio o balançar da limousine nos buracos e detesto o cheiro de terra molhada. Não sei porque tenho que comparecer a essa festa ridícula nessa casa de campo ridícula!, Eu vou morrer daqui um ano, e não posso se quer escolher onde passar meu último aniversário antes de ir para o inferno.

-CALADO! Não é uma casa de campo, é um palácio! E você sabe muito bem que todos nós devemos comparecer.

Olhei para o lado e lá estava ela com um vestido vermelho da cor do sangue que se destacava na sua pele branca como a neve, e nele um decote que ia dos ombros até o final dos seus seios, seu cabelo ruivo como o fogo estava preso em uma trança que dava várias voltas formando um coque em sua cabeça. Seu leque preto na mão balançava para os lados sem parar.

-Meu Deus mãe, a Sra. Quase me mata de susto!.

-Anda se senta direito, seu pai e sua irmã estão vindo, comporte-se.

E mais uma vez ela fingiu não ouvir eu falar da minha morte, isso acontecia sempre, ninguém fala nada a respeito mas é fato! Eu nasci condenado a morrer, esse era meu Destino e ninguém poderia mudar.

-Aí vem eles. ela falou olhando orgulhosamente para a entrada do hotel em que estávamos hospedados.

Minha irmã estava magnífica, usava um longo vestido amarelo que se modelava em seu corpo como se tivesse sido feito especialmente para ela e provavelmente foi, ele combinava perfeitamente com seu tom de pele, um moreno bronzeado. Nele um decote que ia de sua cintura até seu pé, a surpresa foi ver que na parte de cima não havia decote algum. Seu cabelo loiro que lembrava ouro havia sido preso igual o da mãe.

Meu pai estava assim como eu com um terno totalmemte preto. Era incrível a semelhança que minha irmã e o meu pai tinham, cabelo, tom de pele até o nariz, eles eram iguais.

Mesmo sendo gêmeos eu e a Agnes não nos pareciamos em nada. Eu me parecia mais com a minha mãe, exceto pelo meu cabelo que era preto escuro igual o terno que eu estava usando, dizem que nisso eu puxei ao meu avô.

Eles entraram no carro meu pai ficou calado como sempre, e minha irmã estava com um sorriso largo, estava tão feliz, que se tivesse em pé provavelmente estaria dando pulos. Ela não parava de repetir:

-hoje eu vou conhecer o meu marido haha.

Depois de duas horas de puro tédio chegamos. Em quanto a limousine entrava eu olhava tudo pela janela esquerda e agnes pela direta. o jardim da frente era do tamanho de toda a nossa casa, eu me perderia ali facilmente. Era lindo vários tons de verde, mas diferente de outros jardins não havia flores de várias cores apenas brancas.

Passamos por uma estufa deslumbrante parecia ser feita de diamante, brilhava tanto que ao olhar, a luz do sol que refletia nela fez meus olhos doerem, não deu para ver por dentro direito mas certamenre havia cadeiras feitas de ouro ali, eu com certeza ia dar um perdido nos meus pais para ir lá.

Havia guadas uniformizados por todo lado, seus uniformes eram tão brancos que pareciam nuvens, eles não se moviam nem piscavam ou sorriam, nada.

Demorou ums 8 minutos para chegarmos ao que parecia ser o centro do jardim, vi logo uma fonte que me chamou a atenção, pois ela não jorrava água e sim ouro, eu fiquei boquiaberto junto com a minha irmã, nunca tinhamos visto nada como àquilo.

Quando olhei para frente da fonte, eu fiquei pasmo ao ver o palácio que estava alí, paracia o olimpo. Era enorme, a maior coisa que eu já vi na minha vida. Era todo branco, com deltalhes em ouro, janelas feitas em diamantes, aquilo era lindo! E com toda certeza não era uma simples casa de campo.

Havia uma longa escadaria de ouro na frente que dava para uma enorme portão branco que quase não se via. E lá, vários guardas e o que parecia ser uma família, uma família real, como nos filmes, estavam a espera da minha irmã e dos meus pais, certamente não esperavam por mim.

A Agnes não parava de falar:

-E O REI E A RAINHA, E O REI E A RAINHA.

Meu pai a olhava com uma cara de repulsa e esbravejou:

-CALE-SE! se comporte, já falamos sobre isso, querida!

-Claro papai. Disse ela com um tom de arrependimento.

A limousine parou e antes de descermos, minha mãe nos olhou com aquele olhar de se comportem, se não morrem, logo entendemos e confirmamos com a cabeça.

Ao descer minha atenção foi direto para aquele jovem pois nunca tinha visto ninguém como ele.

Tocado(a)Onde histórias criam vida. Descubra agora