Cap 4: A estufa

190 107 10
                                    

Fiz esse capítulo hoje, e foi o que mais gostei até agora. Espero que gostem também.❤❤❤

-Ah, desculpa! Pensei que não tinha ninguém aqui. Soltei

-Não se preocupe! Eu sou ninguém. Ou pelo menos queria ser. Falou enxugando as lágrimas dos seus olhos brancos.

  -Como é que eles funciona?. Peguntei subindo em cima da mesa com um pulo.

  -Eles  quem?

  -Seus olhos! Tipo, não tem íris, córnea, pupila, nada só a esclera branca. Você enxerga?

-Você é inconveniente assim sempre?

-Bom, dizem que sim. Falei sem realmente saber uma resposta concreta.

-sim, eu enxergo!

-Mas como isso é possível?

-Mágica! Ele falou olhando em minha direção. A luz das velas no enorme candelabro que tinha sobre a mesa refletia nos seus pequenos olhos brancos.

-Mágica? Falei num tom de sarcasmo.

-Sim! Só porque você não vê, não quer dizer que não exista!.

-Não acredito nessas coisas! Disparei.

-Não? E a maldição de morte que você e  Agnes possuem?

Me calei na hora. Não  sabia como responder, nunca tinha falado com ninguém sobre isso. Mas então saiu:

-É, mas só um vai morrer. Falei olhando em sua direção.

  Ele não falou nada. Um grande silêncio se estendeu sobre o ambiente por um bom tempo. Então falei:

-Pode me contar como funciona?

-Como funciona o que?

-Tudo! Soltei.

-Não sabe?

-se soubesse não estaria perguntando.

  Ele me olhou com aquele olhar de pena mais uma vez.

-Não me olhe desse jeito!

-Desse jeito?

-Com pena! Falei.

-A pena não é por você. Fiquei surpreso e aliviado ao ouvir aquilo.

-Então tá, mas não aqui. Se meu pai ouvir ou ficar sabendo que estou falando com você sobre isso, você está morto!

-Bom, um ano a menos não faz tanta diferença. Ele sorriu.

-Venha. Falou se levantando da cadeira onde estava sentado.

O segui até o salão, e depois até o enorme portão branco que agora estava  forrado por várias grades de ouro. Ele fez aquele aceno novamente e um dos guardas que estava camuflado na parede branca, por conta de seu uniforme, começou a abrir o portão.

Ele saiu e foi em direção ao jardim. Estava bastante frio, e escuro, eu não estava com roupas adequadas, mas o segui assim mesmo.

Ele foi entrando no enorme jardim que parecia o labirinto da rainha de copas, na verdade, era identico. Havia tantas plantas de várias espécies diferentes juntas formando paredes.

Não toque nas plantas. Ele falou.

  Não questionei, resolvi só obedecer. Andamos até chegar na linda estufa de diamantes que eu vi a tarde.

Era mais linda ainda de perto, seus detalhes eram impressionantes. Havia varias placas de diamantes coladas umas nas outras por pedaços de ouro em formato de rosas. Não dava para perceber a porta até ele abri-lá, pois era uma parte igual a todo o resto da estufa aquilo era enorme. Lá dentro haviam varias plantas, penduradas no teto e vários armarios com mais plantas, sementes e objetos de jardinagem. Havia também duas cadeiras de ouro com um estofado branco, como eu tinha imaginado. Ele sentou ereto em uma das cadeiras de uma forma que um rei sentaria.

Eu estava olhando e tocando tudo quando ele soltou:

-Então quer que eu comece por onde? Não sabia o que responder pois não sabia de nada fora que ia morrer e só.

-Eu não sei de nada então...

-Bom lhe contarei o que sei!

-ótimo! Falei sentando de qualquer jeito na cadeira a sua frente.

-Em toda geração da monarquia real, nasce um menino, que deverá ser o futuro rei. Esse menino nasce com uma doença. E um dom na ponta dos dedos.

-Como assim?

-Não me interrompa! Ele falou de uma forma bruta.

Resolvi não retrucar, tava na cara que aquele assunto o deixava tenso.

-E uma menina que deve ser a futura rainha, nasce de qualquer outra família. Essa menina nasce com uma doença cardíaca e uma mancha branca enorme no peito onde fica o coração tipo rachaduras.

Fiquei lá parado dissolvendo aquilo.

-Você tem não é? Ele perguntou.

Eu sabia do que ele falava e acenei que sim com a cabeça.

-Pode me mostrar?.

Acenei que sim com a cabeça  e comecei a tirar minha camisa, ficando com a parte de cima do corpo totalmente exposta.

Com a mão direita começou a tocar maravilhado na enorme mancha branca de nascença que havia no meu peito esquerdo e ia até a metade do direito. Sua mão estava fria então  me contorci e ele a tirou.

Ele começou a tirar a luva estranha  que usava e uma enorme mancha branca igual a minha se revelou em sua mão. Ele botou a mão perto sem me tocar. Aquelas manchas se completavam em um formato de coroa com uns símbolos estranhos. Foi quando do nada ouvi.

-O QUE  VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO COM O MEU FILHO MOLEQUE!...

Votem e comentem, pls ❤❤ e obrigado por ler até aqui. :)

Tocado(a)Onde histórias criam vida. Descubra agora