EIGHTEEN | JFG [✓]

39 ┉ Gilinsky e Isabelle.

GILINSKY

   Rodei os olhos mais uma vez, pela sala de Nathan, observando cada rosto, assim como havia feito à cinco minutos atrás e em outros cômodos da casa do meu amigo. Bufando quando não tive nenhum sinal de Isabelle.

   Bebi mais um gole de água e olhei para a porta, vendo Johnson entrar, então meus olhos focaram em algo atrás dele, o que apenas me deixou frustrado ao perceber que a melhor amiga dele não estava ali.

— Que cara é essa, g? - Johnson se aproximou, me tirando do meu transe.

   Ele já estava com um copo na mão, denunciando que meu olhar estava a algum tempo sobre a entrada.

— Nada não. - forço um sorriso. — Veio sozinho?

— Sim. Isabelle não quis vir, se é o que quer saber. - ele revira os olhos, soltando uma risadinha.

— Acredito que ela tenha desistido das mensagens. - vejo o olhar do meu amigo, como se pedisse para que eu continuasse. — Ela não manda mais fotos e também mal me responde.

— Cara, me responde... - Johnson começa. — Você não queria nada com ela, achou que ela continuaria com isso até quando?

   Dou apenas de ombros, pegando o copo de Johnson enquanto deixava meu copo em sua mão, que reclamou ainda mais quando me viu dando um longo gole em sua cerveja.

— Nate! - Johson fez um toque com nosso amigo quando ele se aproximou. — A festa tá boa! Cadê os meninos?

— Estão todos por aí, com exceção de Nash, que brigou com a Taylor por algum motivo e Samuel, que parece que vai sair com uma garota.

   Então meus olhos se arregalam, quando uma ideia surge na minha cabeça.

ISABELLE

   Eu não esperava ninguém, mas havia alguém batendo insistentemente na porta. Da última vez era Johnson, que havia esquecido as chaves de casa, então voltou, mas hoje duvido que seja ele porque ele foi para a festa do Nate.

   Minha expressão de confusão não dava nem para ser disfarçada, quando vi Gilinsky na minha porta. Era estranho ele estar ali, já que só vinha com sua mãe.

   Eu queria me beliscar, para comprovar que não estava sonhando, mas quando ele abriu um sorriso na minha direção, eu simplesmente fiquei travada.

— Isa... eu... - o menino começa, mas é interrompido pelo meu aceno negativo.

— Sua mãe não está, Jack, saiu com a minha.

— Ótimo, porque eu vim pra conversar com você. - ele sorri sem mostrar os dentes.

  Então minha boca se abriu um pouco, pela surpresa. Por mais que eu não quisesse por estar chateada com ele, eu ainda era curiosa e acabei concordando e dando espaço para Jack entrar, antes de fechar a porta atrás de mim.

— Você não foi na festa. - ele começa, coçando a nuca.

— Mas você não veio aqui pra me dizer isso, não é? - cruzo o braço sob meu peito, mas acabo o soltando, quando percebo que Gilinsky encara o decote da minha blusa.

— Definitivamente não! - ele riu, sozinho. — Sei que não é da minha conta, mas eu pensei que você tinha saído com o Samuel.

   Solto uma risada irônica, tendo total atenção de Jack.

— Gilinsky... Não acredito que está fazendo isso, de novo. - percebo a confusão em seus olhos, mas antes que ele pudesse falar algo, continuo. — Na verdade eu nem sei o que você está fazendo aqui.

   Respiro fundo e passo a mão no rosto, mordo o lábio inferior e tento tomar uma linha de raciocínio. Jack ainda estava em silêncio, o que era bom para eu me organizar.

— Tudo o que você sabe fazer é dizer que eu sou uma criança, que nunca ficaria comigo porque me viu crescer e tudo mais, juro que eu até tô tentando entender isso, mas além de você não me querer como mulher, fica especulando com quem eu saio ou deixo de sair? Ai já é demais.

   Um silêncio se instala depois disso, os olhos do moreno fixaram nos meus e ficamos nos olhando por um tempo. Jack abriu a boca algumas vezes, mas fechou-a em seguida, sem emitir som algum.

— Era só isso, Jack? Então já pode ir. - tento parecer convincente.

— Não, Isabelle. Não era. - Jack se levantou, enquanto eu apenas o olhava. — Quero te tocar, te sentir, sempre quis. Estive me enganando esse tempo todo, mas não consigo mais me controlar, não perto de você. Você tá me deixando louco. - ele se aproxima. — E eu não me importo mais com nada, se você ainda me quiser, Isa, eu quero, muito.

   Jack parou na frente e quando seu rosto aproximou do meu, eu logo fechei os olhos. Rapidamente Jack segurou minha nuca e me puxou para si, iniciando um beijo com urgência.