Eu estou na terra.

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Sem revisão. (LEIAM AS NOTAS FINAIS)

E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.

Gênesis 2:3


Terra. Lugar aonde o bem e o mal se juntam. Aonde uma igreja é construída e do outro lado há um centro de prostituição.

Terra.

Lugar dos demônios e anjos. O cheiro podre da humanidade. É difícil achar pureza num lugar tão repugnante e sujo. Lúcifer dominava as pessoas como nenhum outro. Manipulador, sabe persuadir muito bem. E ele estava ali, naquele lugar, a terra.

Inferno, Lúcifer não sabia mais o que fazer ou desejar.

Estava naquela boate com os olhos vidrados em Jimin, seu mais novo funcionário.

Os olhos de Jimin se encontraram com os seus, e Lúcifer decidiu tomar a iniciativa indo em direção ao pequeno com dois copos de Whisky.

— Aceita? — Park sorriu e pegou o copo de sua mão.

Lúcifer não tinha a timidez da terra, não sentia nada, nada o constrangia. Ele chegou perto de Park e segurou sua cintura.

— Não acha que está sendo invasivo demais Senhor Jeon? — Park manhou o nome dele.

— Invasivo? Como posso ser invasivo se você também quer, Park.

O diabo passou a língua pelo pescoço do mais novo, sentiu a pele esquentar.

— Não faça isso, aqui não, Senhor.

— Quer um lugar mais reservado?

— Na verdade eu queria não ter lhe visto aqui. Estou cansado, só vim parar beber e relaxar.

— Numa boate? Você é menor de idade ainda, não deveria esta aqui.

— Certo. Então eu vou embora, Jeon.

Jimin o lançou um olhar perverso. Ah, Jeon amava aquilo. Jimin era forte como um touro mas ao mesmo tempo ele era frágil.

— Quer carona pra casa? — Lúcifer perguntou sorrindo. Queria receber um sim como resposta.

— Eu já estou encrencado por não chegar em casa no horário, então vamos!

Lúcifer sorriu. Eles saíram da boate e Jimin digitou no GPS o seu endereço, era um pouco longe, não mais de quinze minutos de viagem.

A estrada inteira Jimin e Jeon não conversaram muito. Eles tinham muitas coisas em comum, mas muitas coisas do contra.

Chegando na esquina da rua Jimin respirou fundo, já vendo o seu tio do lado de fora, provavelmente o esperando.

— Pode me deixar aqui.

— Por que?

— Só me deixe aqui.

— Não. — Lúcifer disse.

— Jeon, por favor. Tem como me deixar aqui?

— Não vou deixar. — Teimoso. Lúcifer era teimoso. Parou na frente da casa de Park, destravou a porta e esperou Jimin sair do carro e sorriu.

Quando ia da partida ouviu uns gritos e a voz de Jimin pedindo desculpas, ele logo saiu do carro, batendo a porta com força.

— Ei, não grite com ele. — Jeon disse.

O amor do Diabo - REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora