Pequenos Contos

Tu que deixa (Perebio)

Erebio estava com raiva, e ao mesmo tempo, com muita vergonha. Não parava de encarar um dos seus tentáculos, e agradeceu mentalmente que sua mãe, Cross, trabalhava neste horário.

Tudo começou quando estava na escola.

Seu amigo, Peribit, levou uma advertência por zoar um colega. E por coincidência, Erebio levou uma advertência pelo mesmo motivo. Pensando que foi o colega quem o denunciara, Erebio foi até Peribit e ameaçou bater nele com um tentáculo - o mesmo que encarava agora. Dera apenas um tapa leve, porém, Peribit segurou o tentáculo e o chupou. Isso mesmo. Ele chupou a ponta do tentáculo. Erebio foi surpreendido e não conteve um gemido baixo. Peribit largou-o na sala depois disso e foi embora, rindo.

Esse era o motivo pelo qual estava irritado. Geralmente, esquecia de armar uma vingança, mas dessa vez não! Ele iria se vingar, sim, senhor! E já tinha uma boa ideia em mente.

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- A Lia e o pet dela saíram com a Jane para o ginásio, meus pais foram para o trabalho, então estamos sozinhos. Você já sabe onde fica tudo, é quase a sua segunda casa, mesmo. - tagarelava o mais baixo, sentado no sofá. Erebio estava fazendo uma visita, e como gostava da companhia do bolinho de canela, não fazia objeção. O bezerro apenas acentia, em silêncio. Era agora ou nunca.

Aproximou-se devagar e, sem o menor aviso prévio, beijou-o. Mesmo que desejasse apenas um beijo, Erebio tinha planos maiores. Obviamente o outro afastou-se com o susto.

- Mano, tu é gay? Veio aqui me beijar, do nada!

- Eu não, tu que é gay, tu que deixou eu te beijar.

Então, sentou logo no colo alheio e começou a rebolar. Peribit agarrou um tentáculo e apertou-o, tentando ter a atenção do amigo, mas Erebio soltou um baixo gemido e ergueu-se para tirar as roupas de baixo. Peribit estava entendendo era porra nenhuma. Por que seu amigo estava agindo daquele jeito? Estava tudo muito estranho, mesmo assim, queria saber até onde aquilo iria.

- Mano, tu é gay? - perguntou, notando que um tentáculo estava colocando uma camisinha em seu pênis.

- Não, tu que é gay, tu que deixa! - retrucou, posicionando-se e sentando vagarosamente. Era muito diferente dos tentáculos, e precisou dar um tempo para tentar se acostumar. Peribit segurou com firmeza o quadril do bezerro e lambeu os lábios ósseos, o fazendo se movimentar.

- T-tu é gay, m-manooh?~ 'Tá f-fi-c-c-c-cando d-doido?~

- Eu s-sooh~ g-gaaay~ n-não, manoooh!~

Erebio segurou nos ombros alheios e começou a quicar. Peribit aproveitou para agarrá-lo mais próximo, já sabia onde o colega queria chegar e iria até o fim. O mais velho não conseguia mentir, estava adorando aquilo e mal continha os gemidos enquanto sentava com gosto. Choramingou quando sentiu que iria gozar, mas não parou, até que...

- Tu é bem gay, prestes a ter um orgasmo enquanto quica no meu pau e geme feito uma puta no cio. Hétero também gosta de um cuzinho, sabia?

Erebio parou na hora, e o que sentiu parecia ser uma tristeza muito triste. Uma enorme frustação tomava conta de si. Aquilo era tão brochante que saiu de cima do amigo e deitou do outro lado do sofá. Precisava ter um tempinho para ficar sozinho com seus pensamentos. Peribit não gostou daquela atitude, não queria parar o que já haviam começado.

- Ei, a gente ainda não terminou. - disse, segurando seu (lodligo) falo. Foi ignorado, e já que sabia que Erebio queria continuar, virou o amigo de bruços no sofá. O bezerro não teve tempo de dizer nada, já estava com o quadril sendo segurado e a bunda empinando. Gemeu pela penetração e depois vieram mais; Peribit não perdera tempo e havia começado a socar com vontade. Os tentáculos ou se enrolavam em um dos membros de ambos, ou agitavam-se feito bêbados. Erebio arranhava o couro do sofá, colocava a língua para fora, revirava as órbitas e tentava fazer de tudo para conseguir o mínimo de alívio do prazer que cada movimento trazia.

Talvez fosse por ser tão submisso quanto sua mãe (que mesmo namorando com uma mulher, não conseguia negar que preferia alguém com pinto) é que tais sensações se amplificaram. Ou foi culpa de Peribit fode-lo gostoso. Quem sabe, os dois? Não importa. Erebio quase gritou o nome do amigo quando seu orgasmo chegou, e o mais novo não conseguira aguentar mais. Saiu de dentro e caiu para trás, ofegante e bugando mais que o usual. Os dois se olharam, um foi para cima do outro, e teria rolado mais um round se...

- PERIBIT?

- MÃE?

- EREBIO?

- S-SENHOR E-E-ERROR?

Pegos no flagra. Ninguém disse nada. Erebio conseguiu enxergar a mãe atrás dos pais do amigo. Estava fodido. E não do jeito que Peribit o fodera. Ainda bem que usaram camisinha.