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Depois do encontro com nossos amigos na sexta-feira, o sábado foi bastante monótono, cada um precisou fazer as suas responsabilidades e Jimin também teve de treinar um pouco com Hoseok em uma dança bastante complicada. Eu fiquei sozinho a maior parte do tempo.

E isso não era tão incomum assim, haviam finais de semana que mal podíamos conversar, por causa do meu trabalho, das ajudas extras que eu oferecia aos meus pacientes. Eu me dedicava muito a eles, então tinha que entender meus amigos, principalmente Jimin.

Deitado na minha cama, comecei a mexer no celular, vendo as últimas mensagens, encontrei uma de Jimin, me chamando para sair hoje e jantar em uma lanchonete.

Era difícil Jimin me chamar para sair, geralmente era eu quem tinha as ideias. Confirmei com ele e marcamos de nos encontrar na lanchonete.

Eu já estava no estabelecimento, aguardando a chegada de Jimin. Não demorou muito para que ele chegasse. Mini nunca se atrasava. Ele parecia exausto, cansado, mas mesmo assim demonstrava um lindo sorriso para mim.

Quando ele se aproximou da mesa em que eu estava sentado, Jimin fez carinho em meus ombros e sentou-se, alegre na mesa.

- Joonie! Como você está? Seu dia foi bom? - Assinto às suas perguntas.

- Eu estou bem, descansei bastante hoje e você? Como foi o ensaio?

- Foi ótimo, eu estou cansado, claro, mas Hoseok me ajudou e eu pude aguentar bem a coreografia. Depois eu te mostro! - Assinto.

- Eu vou querer ver sim! Vou adorar, na verdade. - Sorri para ele.

- É bem contagiante, com certeza você vai gostar. - Ele fez uma pausa. - Na realidade, eu acho que você deveria tentar um dia. - Olhei confuso.

- Tentar o quê?

- Dançar, Moni! - Ele riu, fechando os olhos. Quase tive uma overdose de fofura com a sua reação.

- Não Mini! Não vou tentar dançar, isso definitivamente não é para mim. - Ri, desajeitado. - Enfim, vamos comer alguma coisa? - Jimin assentiu e nós pedimos a nossa janta.

Jimin estava falante, apesar de aparentar cansaço. Ele começou a contar como foi seu dia com Hoseok, de onde surgiu dançar a música que estavam trabalhando, ideias e várias outras coisas.

Eu apenas ouvia ele falar enquanto comíamos. O tempo todo. Assentia em suas perguntas rápidas e me atentava ao seu tom de voz agradável. Eu podia ficar fazendo isso o dia todo, mas então ele pediu para que eu lhe contasse detalhes mais aprofundados do meu dia.

- Não aconteceu nada de interessante, Jimin. Sua vida é bem mais legal que a minha. - Ri baixinho. Ele envolveu o braço envolta do meu pescoço e me fez aproximar dele, com um aperto de lado.

- É por isso mesmo, Moni! Vem comigo na próxima semana, mesmo que você não queira dançar, fica lá comigo. - Seus pequeninos dedos faziam carinho em meu braço.

- Eu não posso te prometer, às vezes fico de plantão devido aos pacientes que marcam consultas para o final de semana. - Ele fez um bico, triste.

- Promete pra mim, Moni. - Jimin me soltou e sugeriu o seu dedo mindinho para que eu apertasse. - Promete? - Eu não pude negar o seu biquinho e nem muito menos o seu dedinho minúsculo e o segurei bem forte junto ao meu. - Sabe? Você é como um irmão mais velho pra mim, sempre te disse isso, então eu espero que sempre você me acompanhe. - Assinto.

- Eu vou fazer isso sempre que puder, Mini. - Ele sorriu de orelha a orelha, depositando a palma de sua mão em minha coxa. Não sei por qual razão, mas aquilo me fez estremecer. Apenas um simples toque tão comum entre nós dois.

- Vamos andar um pouco? - Assinto ao seu convite e me levanto da cadeira para enfim, sairmos do estabelecimento.

O ar estava muito agradável, muito apropriado para caminhar.

- Está muito bom, não acha? Vamos para a ponte, lá da pra ver a cidade. - Sorri e assenti, seguindo Jimin. Geralmente nós dois íamos a uma ponte, lá dava para ver a cidade toda, ver as pessoas andando e curtindo suas vidas. Era um ótimo lugar para encontrar um equilíbrio mental e perto de nossas casas.

Chegando lá, nada era diferente do que imaginamos.

- Eu amo ficar aqui com você, sabia? - Fui tocado por suas palavras de uma forma bastante intensa. Jimin me admirava demais, nossos toques eram muito íntimos, mas isso foi uma das coisas mais lindas que já ouvi e era algo ainda mais profundo do que um toque.

- Uau. Obrigado, Mini, obrigado por suas palavras. - Ele apoiou sua cabeça em meu ombro, me abraçando por trás.

- Podia ficar assim o tempo todo. Essa noite foi muito boa com você, Moni, mas amanhã tem mais, na casa do Jungkook! - Ele me lembrou do nosso encontro.

Junto com nossos outros amigos, passaríamos um dia inteiro fazendo várias besteiras e de lá, sempre saem episódios os quais ficam na nossa memória o tempo todo.

- É verdade, eu tinha quase me esquecido disso! - Ele riu.

- Você se lembra de quando o Yoongi ficou bêbado? - Comecei a rir da lembrança.

- Meu Deus! E ele depois vomitando na privada do banheiro do Jungkook, falando coisas sem nexo. - Jimin gargalhou.

- Puta merda, foi maravilhoso! Mas a gente não pode ficar rindo assim, vai que amanhã é um de nós que fica assim. - Começo a olhar para Jimin.

- Eu não duvido nada!

- Ei, Moni! Não me olhe assim! - Dou risada.

- Não estou fazendo nada, cara. - Olho para o meu relógio no pulso.

- Vamos para casa? - Ele assentiu.

- Por favor! - Ele fez um biquinho e eu sabia exatamente o que aquilo representava. Jimin se agarrou em meu pescoço e subiu nas minhas costas, aninhando-se ao meu corpo. - Obrigado, Moni!

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