SOLITÁRIO

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Caminhante, homem vagabundo
Sem alianças, casado com o mundo
Sinto-me deveras do nada oriundo
Adotado pelo anoitecer profundo.
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Sou o rato que não bate à porta
Que viúvo vivo uma história torta
Para afim viver como carne morta
E ser notado por quem não nota.
ꪉꪉꪉ
Meu sangue é negro como hulha
Corpo e alma sem vida ou escolha
É só destino de quem nada orgulha
Nada importa e ninguém mais olha.
ꪉꪉꪉ
Alimentando-me de maus momentos
Convido-me para meus vis lamentos
Sobre as pedras com passos lentos...
Regressando de tempos em tempos.
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Demônio ParticularOnde histórias criam vida. Descubra agora