QUIÇÁ POETA

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Talvez tenhamos uma visão de privilégio precioso
Uso talvez, porque talvez eu tenha pouca
sanidade
E porque talvez da falta dela se construam poetas
Ou talvez do excesso de placidez, da qual hesito.
Talvez.
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Talvez poeta seja o homem entre as inseguranças
Ou, quem sabe, talvez, o detentor de toda certeza
Porque talvez ninguém leve a razão de meu poema
Consentindo ao fim compor com ele o seu talvez.
Talvez.
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Talvez homens banais possam conduzir conceitos
Tal vez me fará banal, talvez pensar seja poetizar
É comum ser poeta? Talvez seja natural ser poesia
Talvez não precise saber que se é poeta para ser.
Talvez.
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[Para que as vezes a poesia o retrate
Por toda mente, com corpo todo alma
Para que a vida se repita em versos
Por linhas pouco desigauis em calma.
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Para que as vezes a poesia o reparta
Com ou sem um corte, e sê-lo em vida
Para repartir o peso que há aos ombros
Com as dores que foram ou serão ferida.
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Até a morte e por toda vida.]
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Demônio ParticularOnde histórias criam vida. Descubra agora