ʚ Doze ɞ

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Louise Parker | Carro | 18:14

Minha cabeça estava encostada na janela do carro de Peter. Hoje estávamos ambos cansados e não conversávamos na animação de normalmente.

Minha mente estava totalmente voltada para a noite anterior e em momentos específicos, como na hora em que eu e Thomas ficamos extremamente próximos. A memória fez com que meu rosto ganhasse um tom avermelhado e que eu sorrisse minimamente.

- Pensando no que? - perguntou Peter com um sorriso curioso.

- Nada demais. - respondi. - Lembrando de umas coisas aí.

- Umas coisas aí.... - dizia com os olhos atentos na rua. - E essas coisas aí tem.... Nome?

- Está tão na cara assim? - perguntei assustada, o que fez Peter rir.

- Um pouquinho. - o rapaz soltou uma risada fraca e aproveitou o sinal vermelho pra olhar para mim. - Qual o nome dele?

- Thomas. - falo baixo enquanto brincava com a manga do meu moletom. - Ele é dono de uma cafeteria que tem perto de casa.

- Entendi... - o garoto voltou a dirigir e batucava os dedos de leve pelo volante. - Você gosta dele?

- Não é algo que eu possa confirmar ainda, Peter. - respondi. - Conheço ele a pouco tempo, afirmar coisa do tipo seria rápido demais. - encostei minha cabeça confusa na janela do carro, enquanto observava o vulto das coisas passando. - Acho que preciso de tempo, tenho que ter certeza que não estou confundindo as coisas.

Peter demorou um tempo pra responder. Ele balançava a cabeça lentamente, num movimento indo de cima para baixo. Eu não fazia a menor idéia do que estava passando pela cabeça dele, o rapaz sabe esconder bem o que passava em sua mente. Segundos depois, me olhou com um pequeno sorriso.

- É bom analisar direito, ter certeza do que está sentindo. - respondeu. - Sentimentos são uma droga.

- Nem me fale...

- Mas já que ele é um pretendente seu, posso conhece-lo? Quero ver como esse famoso Thomas é bom o bastante pra você.

- Ele não é meu pretendente. - falei rindo. - E se você quiser, passo na cafeteria dele toda vez que chego do trabalho.

- Então é pra lá que vamos agora.

Não demorou para chegarmos na rua onde eu morava. Dessa vez Peter estacionou do outro lado que costumava e saiu do carro, indo até o outro lado do veículo e me ofereceu o braço assim que sai, sempre andávamos assim, então aceitei.

Quando passamos pelo painel de vidro que permitia ter uma pequena visão do café para quem estava do lado de fora, Peter parou e sorriu de leve, tentando segurar o riso.

- O que foi? - perguntei curiosa.

- Imagina se a Stacy viesse pra cá. - falou voltando a andar em direção a porta. - "A estrutura não é algo de meu... agrado. Precisa de mais classe e algo mais chamativo, como... BRILHO." - se esforçou para parecer com a voz de nossa colega, mas saiu péssimo. Minha risada o contagiou e abrimos a porta aos risos.

Eu não sei se foi impressão minha, mas quando os olhos de Thomas bateram em Peter, sua feição ficou fechada.

- Hey gente! Conheçam meu parceiro de trabalho, Peter.

Todos olharam para o meu amigo, e depois para Thomas. Acabei não entendendo bem, o clima estava começando a ficar estranho e desconfortável.

- Sou Alissa - se pronunciou, estendendo a mão para o rapaz mais alto da sala - É um prazer que me conheça.

- Aqueles são Dylan e Lucca. - apontei para os garotos, Dy lhe mandou um sorriso simpático e Lucca um pequeno aceno. - E esse é...

- Thomas Lockwood - se adianta, e sua cara ainda não estava das melhores - Ali, você fecha a cafeteria pra mim? - a mais nova lhe olha confusa, juntamente a mim - Tenho que sair.

Alissa apenas concordou e puxou Dylan e Lucca consigo, andando com eles até os fundos indo pegar vassouras.

- Bom... - começou Peter - É melhor eu ir, não quero atrapalhar vocês - ele se aproximou de mim e deu um beijo no topo da minha cabeça - Boa noite.

Peter saiu e escutei Thomas bufar, ele parecia enciumado, mas eu não queria acreditar nessa possibilidade. O rapaz tatuado tirou seu avental e o pendurou no cabideiro, evitando olhar para mim, aquilo já estava me incomodando.

- Você está bem? - sem resposta - O que aconteceu com você? - sem resposta de novo - Thomas! Pode sequer olhar pra mim?

- Eu tenho um pessoa pra encontrar - falou seco, indo até a porta, mas segurei seu pulso.

- Ela pode esperar - disse séria, vi ele engolir seco, Thomas ficou imóvel com meu toque - Conversa comigo, por favor...

- Lou... - finalmente encontrei seus olhos, que antes pareciam bravos, agora estavam preocupados, ele soltou um breve suspiro antes de se virar por completo pra mim - Qual é a daquele cara?

- É sério isso? - perguntei a ele, agora cruzando os braços - Achei que tivesse deixado bem claro que somos amigos de trabalho.

- Pareciam bem próximos para amigos de trabalho - disse com a cabeça baixa , o que me fez rir irônica.

- Então o bonito estava com ciumes? - sem resposta - Por que? - silencio de novo - Tudo bem... Eu vou para casa.

Thomas voltou a olhar para mim, preocupado novamente, agora eu estava indo até a porta, mas senti sua mão segurar meu braço com certo cuidado.

- Espera, eu...

- Eu estou cansada, Thomas - disse indiferente, me soltando dele - Boa noite.

Olhei para trás e vi as cabeças de Alissa, Dylan e de Lucca na porta do armário da dispensa, o que me fez sorrir minimamente.

- Até amanhã, crianças - falo me dirigindo a eles, saindo da cafetería dessa vez.

Eu andava as pressas até o outro lado da rua, eu estava chateada, e muito. Ainda não sabia bem o porque estava me sentindo tão mal pela falta de sinceridade dele, eu só queria descansar a minha mente naquele momento.

˚₊✩‧₊

EU SEI que demorei meia vida pra poder postar capítulo novo, e também sei que esse capítulo está pequeno, MAAASS outro já está praticamente pronto e eu pretendo postar assim que terminar.

Me perdoem, de verdade 😔

Não se esqueçam de votar, beijos de luz na vida iluminada de vocês 😘

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⏰ Última atualização: Mar 04, 2020 ⏰

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