Capítulo 1

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NATASHA

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NATASHA

Eu nunca tive arrependimento por estudar tanto a ponto de não ter uma vida social, mas, nesse momento, o arrependimento bate muito forte!

Porque eu sei que meus pais demoraram para procurar por mim... Será que já estão procurando?

Sempre evitei o Distrito, sempre olhei a vida dos meus primos e detestava aquilo. Todos muito ligados aos crimes, ou muito presos, porque nem ao menos poderiam viver livremente, ir a um shopping, sem temer por suas vidas.

Não que eles sejam constantemente ameaçados, mas sempre houve cautela, e sempre odiei aquilo.

Primeiro, olharam para minha cara e diziam que eu daria uma ótima esposa, mas quem disse que eu queria alguém da gangue? Meus primos são como irmãos, os outros são apenas outros, nada mais que isso. E se fosse para estudar, deveria ser algo que agregasse aos negócios, mas quem disse que quero administrar suas empresas de fachada? Eu só queria viver minha vida normalmente, e vivi, meu pai me concedeu essa chance. E um dos meus pedidos foi não deixar claro o ''Garcia'' no meu nome. Mesmo tendo inúmeros Garcias por aí, eu não queria viver na sombra dessa família.

Pois bem, quando meus pais ligavam, eles sempre, sempre falavam algo do Distrito, e era sem querer, suas vidas sempre foram ligadas a gangue, então, em suas novidades, sempre tinha algo da gangue, e aquilo me irritava, me deixava pra baixo. Comecei a focar mais nos estudos e menos em mim e na minha família, então avisei para eles que eu sempre ligaria, mas não com tanta frequência.

Pelo que Francine falou quando nos encontramos, eu já tinha dois dias de sumida, pois ela me disse a data daquele dia. Então meus pais não estavam a minha procura, mas já andamos muito, então já deve ter passado duas semanas, quem sabe, um mês, dois, três... Perdi as contas com oito dias, na verdade, parei de contar, porque quanto mais contei, mais esperança perdi.

Meus pais devem estar a minha procura, mas pensariam em San José?

O ônibus sumiu, os parentes dos outros já devem saber disso e comunicaram a polícia, não é possível que ignorariam o sumiço de um ônibus lotado de passageiros. E pesquisando sobre quem comprou a passagem, vão chegar ao meu nome.

É, já devem saber do meu sumiço.

Estou andando há horas, a noite toda. Minhas pernas doem, coçam por causa da circulação sanguínea, sinto-me fraca, debilitada e minha pressão vai cair, eu sinto isso.

A noite é muito escura, muito fria e completamente fechada. Essas pessoas armadas ao meu redor me faz ter claustrofobia, e o medo de morrer? Esse toma conta de mim.

Não sei para onde estamos indo, não sei quem são, mas acreditam que somos inimigos e que descobriram seu esconderijo. Uma parte acredita apenas que estamos fugindo, e é uma pequena parte mesmo... Entretanto, essa pequena parte importa mais que a maior parte, pois eles nos deixaram viver e quer saber quem somos.

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