Capítulo 4

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NATASHA

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NATASHA


Quando Álvaro sai da barraca, tomo um susto ao escutar a voz de Francine:

— Precisamos falar, não temos tanto tempo sozinhas. — olho para ela e Inanna, que também está acordada, ambas enroladas em um lençol, já que estão sem roupas. — Mas é bom sussurrarmos, não sei o que pode ter aqui.

Aproximo-me mais delas, tentando não pensar na curta conversa estranha que tive com Álvaro.

— Então, eles são da Veintitrés. — Francine sussurra tão baixinho que quase não dá para entendê-la. — Eu vi tatuagens da Veintitrés em alguns desses homens.

— E por que ainda não falamos algo com ele? — Inanna pergunta. — Eles são...

— Eles são como a Doce. — Francine continua no seu sussurro quase inaudível. — E graças a Deus por vocês também não contarem nada, a Doce e a Veintitrés são a mesma coisa. Eu morei com Nacho, ele gostava de desabafar comigo, afinal, eu não tinha para quem contar minhas coisas. A Doce e a Veintitrés fazem o mesmo negócio, e é mentira quando dizem que a Veintitrés está aqui para ajudar, para salvar vidas. Eles enganam a própria gangue, eles podem estar sendo enganados, mas podem ser pessoas ruins. No entanto, sabemos que tem muita gente querendo nossa cabeça, então não sei se dá para contar quem somos.

Se a Doce é como a Veintitrés... Quem sequestrou o ônibus em que eu estava?

— Grézia. — sussurro. — Ela parece...

— Ela é a filha do chefão, do chefão da gangue ao todo. — agora eu e Inanna olhamos surpresas para Francine. — Nacho tinha foto dela e do outro filho do Sandro. Sandro é como Grézia, bonzinho, ajuda, mas, no fim, sempre quer algo mais. Eu não sei se a filha é diferente do pai. Olha, isso aqui é o resumo, ok? Tem muita coisa da Veintitrés que causa arrepios, mas não tenho tempo para relatar tudo o que Nacho disse.

— Mas vamos acreditar no seu marido doido? — indago. — No seu marido que é inimigo desse povo? Ele pode ter feito isso apenas para assustar.

— Eu acreditaria nisso, mas quando eu era criança e morava com meu pai, eu o vi se encontrando com o Sandro. Acho que Sandro não me viu, mas eu o vi. E se ele se encontrou amigavelmente com um cara da Doce, isso mostra que eles eram amiguinhos e tinham planos no passado, Nacho não mentiu.

— E agora? — Inanna pergunta. — Estamos nas mãos de possíveis inimigos que podem querer nos matar, quer dizer, já querem, mas se saberem quem é você, Francine...

— E Natasha. — Francine olha para mim. — Eu não sei como estão as coisas da Veintitrés com o Distrito, mas isso pode ser complicado também.

— Precisamos criar alguma mentira. — respiro fundo. — Ou conseguir a simpatia deles. Mesmo sabendo que pode não ser real.

— Seus pais não te ensinaram nada? — Francine pergunta. — Nenhuma tecnicazinha de fuga? Sei lá...

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