Capítulo cinco.

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Quando se cria um vínculo com alguém, muitas das nossas perspectivas relacionadas a essa pessoa mudam

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Quando se cria um vínculo com alguém, muitas das nossas perspectivas relacionadas a essa pessoa mudam. Milhares de coisas que poderíamos pensar em considerar fogem da nossa caixa de possibilidades, e as que pensaríamos nunca realizar, viram rotina.

Quando se ama alguém, temos a oportunidade de conhecer todos os lados dessa pessoa. Todos os seus defeitos e qualidades tornam-se parte de nossa vida. Passamos a entender seus traumas, dificuldades e fraquezas; aprendemos que existem justificativas para certos atos, e que problemas estruturais podem ser tão prejudiciais quanto problemas que foram jogados em nossos colos.

Mas aprendemos também, que se somos amados de volta, possuímos importância para ela. Sabemos que carregamos uma parcela tão significativa de afeto que nos fora dado ao ponto de acreditarmos que nada de ruim virá dela.

Até vir, e então, tudo muda.

A verdade é que, independente da proporção de amor ou afeto explícito que recebermos daquela pessoa, nada vai impedi-la de te machucar, e vice-versa. Mesmo sem saber, mesmo que em sua cabeça, não caiba a possibilidade de que o que fizera e dissera tenha causado danos tão grandes, mas causou.

Senti o toque gélido do mármore da pia contra minhas mãos enquanto encarava meu reflexo no espelho, preso entre as milhares de incertezas que passeiam por minha mente.

Suspirei, lembrando-me das palavras proferidas por nós dois, sentindo o aperto insuportável no centro do meu peito.

Meus pensamentos oscilam entre as razões, onde estou certo, ou errado. Sinceramente, não acredito que um de nós esteja cem por cento certo. Catarina gritou em meu rosto sobre como meus problemas não a importavam, e eu deixei límpido a forma como, independente de quantas vezes ela grite comigo e Scarlett, nada a tornará menos machucada.

— Não me parece uma competição de razões, mas sim o liberamento de emoções muito prejudiciais. - Ouço a voz de minha irmã, suspirando ao sair de meus pensamentos.

Ela ouvira tudo, e agora, sentada em sua cama, aconselhava-me com palavras inúteis, já que meu subconsciente provavelmente desconsiderará todas elas.

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