- Nossa, são quase 3 horas da manhã - disse Ana. Preciso ir.
- Ah, como assim, quenga? Dorme aqui.
- Não posso, Iris.
- Não, você pode mas não quer.
- É, que seja.
- Dorme aqui e vai para casa amanhã de manhã.
- É que eu quero acordar em casa amanhã. Se eu dormir aqui, vou acordar tarde e até chegar em casa PUFF, acabou meu fim de semana. Quero acordar em casa, tomar café e estudar na cama.
- Desculpe, mas tenho que insistir... por favoooorr??
- Iris...
- Agora é difícil chegar em casa, é perigoso andar por aí...
- Eu vou de Uber.
- Mas mesmo de Uber é perigoso.
- Iris... eu tenho spray de pimenta.
- Fica com ele na mão então.
- Calma, larga de ser paranoica, sua bêbada louca.
Iris olhou ao redor na sala. Mari, Dê e Zozo estava esparramadas, dormindo no sofá e em um colchão no chão.
- Bom... as meninas vão dormir aqui pelo jeito... você deveria fazer o mesmo.
- Não, e não vou deixar você me convencer dessa vez. - Ana pegou o celular na mão. - Já estou chamando o Uber.
- Ahh..... te odeio.
- Também te amo. 7 minutos para a gente ficar se despedindo loucamente.
- Eu não vou me despedir de você.
- Venha diga que me ama, me dê um último carinho antes de eu ir embora.
- Não.
- Bruxa. Vem comigo. As meninas já desmaiaram aqui na sala, mas pelo menos você pode dormir na sua cama.
Iris foi cambaleando até o quarto com a ajuda de Ana.
- Eu te amo demais, sua quenga. - disse Iris, se aninhando para dormir.
Ana a cobriu, beijou na testa e disse:
- Também te amo demais. Sempre estarei aqui para cuidar de você, minha vaca linda! Ops, 3 minutos, vou descer para a portaria já. Fui!
- Tchau... - resmungou Iris, pegando no sono em seguida.
Em 2 minutos, Ana estava na portaria do prédio de Iris. O carro que havia pedido chegou rápido.
Ninguém notou o outro veículo que os seguiu.
Em 10 minutos, Ana chegou ao destino. Desceu do Uber e ficou procurando as chaves em frente ao portão.
- Quer que eu espere? - Perguntou o motorista.
- Não, obrigada! Está tudo bem. Você tem outro chamado, pode ir!
- Ok. Obrigado! Tchau. - e partiu.
Ana procurava as chaves na bolsa. Ela sempre pegava as chaves e segurava na mão antes mesmo do Uber chegar, mas dessa vez esqueceu. Não conseguia enxergar direito, pois o poste que ficava em frente à sua casa estava com a lâmpada queimada. Ela deu mais alguns passos até o próximo poste a fim de ficar embaixo da sua luz.
Está quase na hora. Respira fundo, você consegue!
Ana encontrou as chaves. "Ufa, já estava preocupada" - pensou.
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Exitus
General FictionAssim, de repente, Ana morreu. Mas foi exatamente aí que a maior aventura de sua vida começou. Mesmo sendo cética, na tentativa de se salvar da morte ela recorre a um ritual de magia antiga que conheceu por acaso horas antes de seu assassinato. Ela...