Capítulo #2

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- Nossa, são quase 3 horas da manhã - disse Ana. Preciso ir.

- Ah, como assim, quenga? Dorme aqui.

- Não posso, Iris.

- Não, você pode mas não quer.

- É, que seja.

- Dorme aqui e vai para casa amanhã de manhã.

- É que eu quero acordar em casa amanhã. Se eu dormir aqui, vou acordar tarde e até chegar em casa PUFF, acabou meu fim de semana. Quero acordar em casa, tomar café e estudar na cama.

- Desculpe, mas tenho que insistir... por favoooorr??

- Iris...

- Agora é difícil chegar em casa, é perigoso andar por aí...

- Eu vou de Uber.

- Mas mesmo de Uber é perigoso.

- Iris... eu tenho spray de pimenta.

- Fica com ele na mão então.

- Calma, larga de ser paranoica, sua bêbada louca.

Iris olhou ao redor na sala. Mari, Dê e Zozo estava esparramadas, dormindo no sofá e em um colchão no chão.

- Bom... as meninas vão dormir aqui pelo jeito... você deveria fazer o mesmo.

- Não, e não vou deixar você me convencer dessa vez. - Ana pegou o celular na mão. - Já estou chamando o Uber.

- Ahh..... te odeio.

- Também te amo. 7 minutos para a gente ficar se despedindo loucamente.

- Eu não vou me despedir de você.

- Venha diga que me ama, me dê um último carinho antes de eu ir embora.

- Não.

- Bruxa. Vem comigo. As meninas já desmaiaram aqui na sala, mas pelo menos você pode dormir na sua cama.

Iris foi cambaleando até o quarto com a ajuda de Ana.

- Eu te amo demais, sua quenga. - disse Iris, se aninhando para dormir.

Ana a cobriu, beijou na testa e disse:

- Também te amo demais. Sempre estarei aqui para cuidar de você, minha vaca linda! Ops, 3 minutos, vou descer para a portaria já. Fui!

- Tchau... - resmungou Iris, pegando no sono em seguida.

Em 2 minutos, Ana estava na portaria do prédio de Iris. O carro que havia pedido chegou rápido.

Ninguém notou o outro veículo que os seguiu.

Em 10 minutos, Ana chegou ao destino. Desceu do Uber e ficou procurando as chaves em frente ao portão.

- Quer que eu espere? - Perguntou o motorista.

- Não, obrigada! Está tudo bem. Você tem outro chamado, pode ir!

- Ok. Obrigado! Tchau. - e partiu.

Ana procurava as chaves na bolsa. Ela sempre pegava as chaves e segurava na mão antes mesmo do Uber chegar, mas dessa vez esqueceu. Não conseguia enxergar direito, pois o poste que ficava em frente à sua casa estava com a lâmpada queimada. Ela deu mais alguns passos até o próximo poste a fim de ficar embaixo da sua luz.

Está quase na hora. Respira fundo, você consegue!

Ana encontrou as chaves. "Ufa, já estava preocupada" - pensou.

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