Todos os anos cerca de 800.000 pessoas cometem suicídio.
Enquanto escrevia cada um desses contos me perguntei se o que escrevia era o suficiente, perguntei-me o porquê e me perguntei se o quê eu escrevia era real.
Eu nunca tive respostas sobre o motivo do suicídio, nunca saberia dizer o que é suficiente ou o que seria suficiente para salvar uma dessas vidas.
Acredito que nunca terei respostas para os motivos e as causas, confesso que nem acredito mais que existam.
Mas eu acredito no amor, acredito nos sonhos, nos projetos, nos sorrisos, nos abraços, nas lágrimas, nas tristezas e nas alegrias. Eu acredito na vida e ainda assim não descobri as razões que tanto busquei.
Em cada um dos contos, quatro dos protagonistas cometeram suicídio, mas eu nunca saberia dizer o porque. Pois em cada um deles existiu uma pessoa diferente, um sentimento diferente, uma dor diferente e essas coisas não são físicas e não podem ser medidas ou comparadas.
A dor que a Sabrina, o Gustavo, a Carla, a Letícia e a Lary sentiram é a mesma dor que milhares de pessoas sentem todos os dias, o sentimento de inutilidade que eles sentiram é mesmo que milhares e milhares sentem. Assim como a ignorância, a maldade, a crueldade, o julgo e a arrogância presente em cada uma das histórias são reais e muitas pessoas sofrem por causa delas.
Durante muito tempo tive dúvidas sobre escrever algo assim e ainda tenho dúvidas, o tempo nem sempre responde da forma que gostaríamos.
Afirmo com todo o meu ser que hoje sou alguém mais grata, não por me inspirar nessa história, mas porque apenas eu sei as dores que senti e apenas eu sei quantas vezes pensei em desistir, e ainda estou aqui. Hoje me sinto mais forte do que ontem, mas talvez amanhã esteja tão fraca quanto a uma semana atrás e ainda serei eu.
A cada palavra que escrevi eu refletia sobre a vida, sobre o porquê da vida e então eu chorava porque eu nunca a entenderia, mas agora sei que mesmo que eu nunca entenda a vida, ela é efêmera. Eu devo tentar aproveitar cada momento e agradecer por ter a oportunidade de viver, de ser, de conhecer lugares, pessoas, dores, sabores, de apreciar sons, felicidades e amores, de chorar, de me questionar, de ser feliz e me apaixonar, de ser amada e de amar.
O amor é o que acredito que seja a mais bela expressão da vida, é que acredito que seja a salvação. O amor presente nas flores, nas nuvens, na chuva, nos aromas, na terra, na água, no mar, nas risadas, nos abraços, nas lágrimas, nas páginas, nas rimas, na métrica das palavras, nas ruas da vida e em cada uma das suas esquinas.
No princípio era o verbo e o principal deles é o amor.
"Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito." -Colossenses 3:14
Agradeço a Deus, aos meus devaneios e todos os meus amores.
Obrigada.
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Cinco Formas de Morrer
Short Story- contém temáticas sensíveis! Volte para casa, volte para onde nunca deveria ter saído, volte para os braços daquele alguém que te faz bem, volte para tudo que um dia você foi, volte porque sair dói bem mais do que voltar e porque viver vale bem mai...