Dominic Bennett
A campainha tocou e eu já sabia que era Rosália. Minha mãe insistiu na ideia de fazer uma massagem terapêutica e eu acabei acatando a ideia, mas sem crer que iria dar certo. Ela até mesmo me pediu para pesquisar sobre na internet, e eu acabei me esquecendo, porém hoje eu me preparei para receber a massagista aqui.
Tinha acabado de sair do banho, e ela chegou em ponto, nem um minuto a mais ou menos, e eu gostei bastante disso. Geralmente, as meninas da idade dela não levam nada a sério, bem, as que eu conheci pelo menos.
Abri a porta e encontrei ela, que já estava com um sorriso aberto no rosto.
— Boa tarde, senhor Bennett, espero que eu tenha chegado na hora certa. — Ela dizia de forma simpática.
— Com certeza, entre, por favor.
Dei espaço e ela entrou no meu apartamento, carregando uma mochila e uma maleta grande de cor rosa. Ela retirou os seus tênis e fiquei a observando por um minuto, enquanto colocava seu calçado ao lado da minha porta.
— Então, onde eu posso colocar a minha mesa? — Ela ergueu a maleta rosa e eu olhei em volta da minha sala.
— Acho que se eu afastar o sofá... — Pensei em voz alta. Eu não esperava que ela fosse trazer uma mesa portátil, achei que faríamos a massagem na minha própria cama. — Isso vai aguentar o meu peso? — Questionei.
— Suporta até 200 quilos. — Respondeu sorrindo.
— Ok.
Empurrei um pouco o sofá e ela começou a abrir a mesa, e eu fiquei bobo, pois não sabia que isso existia. Ela pegou uma mochila e tirou de lá uma bolsinha, e haviam inúmeros frascos marrons dentro dela.
— Então, como você tem se sentido nessa última semana? — Ela perguntou.
— Em que sentido?
— Dores no corpo, ou dor de cabeça, insônia... Essas coisas.
— Não tenho dormido muito bem. — Respondi. O que não é uma mentira, pois meus pesadelos tem sido recorrentes, e me fazem ficar acordado quase que por 24 horas por dia. Ela mexeu na bolsinha e retirou um dos seus frascos de lá. E entregou para mim.
— Você pode colocar por 30 segundos no microondas, por favor?
Concordei com a cabeça e fui até a minha cozinha. E da lá comecei a sentir um cheiro já conhecido por mim, mas que não sentia há um tempo. Voltei a sala com o frasco quente em mãos, e as cortinas estavam fechadas, as luzes apagadas e tinham duas velas acesas exalando o cheiro que eu estava sentindo.
— São velas aromatizadas com Aloe Vera, irá ajudar você a relaxar, assim como o óleo essencial de camomila romana. — Ela apontou para o frasco que eu ainda estava segurando, e entreguei a ela. — Tudo 100% natural.
Ergui uma sobrancelha para ela e concordei com a cabeça, ainda duvidando de que isso é realmente verdade. Apesar do ambiente agora estar bem mais acolhedor.
Enquanto ela organizava suas coisas, parei um tempo para admira-la, está usando uma calça legging preta, e uma camisa comprida azul clara que fica colada em seu corpo, o moldando totalmente e deixando o seu decote bem chamativo, e está escrito "Girl Power" na camisa. Uma roupa típica adolescente, mas que caiu muito bem nela.
— Então, essa massagem envolve seu tronco e as pernas, você poderia vestir uma sunga, caso tiver, ou ficar com sua roupa íntima mesmo. — Ela dizia com naturalidade, mas pude notar suas bochechas ficarem vermelhas.
— Tudo bem, eu posso ficar de cueca, não tenho sunga.
Ela concordou com a cabeça e eu comecei a tirar a minha camisa e a minha calça moletom . Por sorte eu estava usando a minha melhor cueca hoje. Uma box branca, o foda é que ela marca mais do que deveria.
Notei as mãos dela tremendo, enquanto ela tirava uma toalha branca de dentro de sua mochila, ela estava dentro de uma sacola plástica.
— Essa toalha está limpa, não usei em ninguém. Você pode se deitar com a barriga para baixo.
A voz dela saiu um pouco trêmula, e eu tentei ignorar o fato de a menina estar visivelmente se forçando para olhar em meus olhos. Eu quis rir da reação dela, mas fiquei na minha, não quero por lenha na fogueira, ainda mais com uma jovem de apenas 19 anos.
Deitei como ela pediu, apoiando a cabeça no pequeno travesseiro que ela disponibilizou para mim. Ela colocou a toalha sobre a minha bunda e senti as gotinhas do óleo morno pingando nas minhas costas. E logo as suas mãos já estavam passeando pela minha pele, exercendo uma pressão que eu não imaginei que ela pudesse ter, por conta da sua altura e de suas mãos pequenas e delicadas.
Fechei meus olhos, tentando relaxar. Suas mãos fechadas em punho subiam da minha região lombar, até a parte dorsal das minhas costas, e desciam, agora com as palmas abertas. Ela repetiu esses movimentos e fez outros e eu comecei a ficar um pouco relaxado.
— Puxe todo o ar para seus pulmões. — Ela disse com a voz calma, e eu fiz isso. — Agora solte-o lentamente, e repita.
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Campo de Guerra (COMPLETO NA AMAZON)
RomanceApós perder o pai, Dominic Bennett, capitão do exército, mergulha de volta na dura realidade da guerra, passando meses distante de seu lar. Ao retornar, traz consigo os traumas vividos no Afeganistão, desencadeando o debilitante Transtorno de Estre...