Após perder o pai, Dominic Bennett, capitão do exército, mergulha de volta na dura realidade da guerra, passando meses distante de seu lar.
Ao retornar, traz consigo os traumas vividos no Afeganistão, desencadeando o debilitante Transtorno de Estre...
Venho com mais um capítulo para vocês, e vou pedir para comentarem e não esquecerem de votar!!!
Boa leitura!!
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Rosália Sánchez
Talvez eu tenha sido um pouco atirada para cima do Dominic, visto que eu dei uma piscadinha e sai rebolando para dentro de casa como uma globeleza. Mas assim que entrei em casa, vi que meus pais estavam vendo pela janela toda interação que eu estava tendo com o bonitão.
— Rosália, o que eu falei de homens estranhos na minha porta? — Meu pai começou a gritar, e eu tentava ignorar ao máximo. — É uma vergonha para mim, ter uma filha que chega em casa com estranhos, o que os vizinhos irão pensar de você, Rosália?
Minha cabeça virou 360° para olhar a cara do meu pai, porque não pode ser possível ele estar falando isso para mim.
— Você sabe que hora é? — Gritei, já não aguentando mais isso. — São 21 horas da noite, e eu acabei de chegar em casa, porque fiquei trabalhando igual uma condenada o dia todo! Desde a hora em que eu acordei, só sentei dentro de transporte público enquanto ia de um cliente para o outro.
— Quem é aquele homem? — Insistiu.
— Um cliente que veio me dar carona. Um cliente que viu que era tarde demais para eu estar trabalhando. É isso quem ele é.
Respondi e dei as costas, indo em direção ao meu quarto. Descontei minha frustração na porta, a batendo com força. Eu faço de tudo para ser sempre uma boa filha, nunca saio por aí, nunca fico com um estranho, estou sempre trabalhando, carregando peso o dia todo, ficando em pé o dia todo, e meu pai nunca reconhece isso. Há anos que eu não peço 1 dólar a ele, há anos que eu me viro como posso e ainda ajudo meus pais em casa. E é dessa forma que eu envergonho ele, sendo sempre uma boa filha.
Deitei na minha cama, e chorei um pouco. Quero esperar um tempo antes de levantar e ir até o banheiro tomar um banho. Não quero ter o azar de sair do meu quarto e dar de cara com meu pai.
Estava com os olhos fechados e tentando tirar um cochilo de alguns minutos, quando sinto meu celular vibrar sobre a cama. É Steven, me chamando para ir almoçar no shopping amanhã com ele. Não irei recusar, preciso espairecer a mente, já que estou sempre trabalhando, e passo os domingos em casa, justamente o único dia que eu tenho de folga.
Tomo um remédio para dor muscular, já que meus ombros e braços doem, e meus pés também. Geralmente uso uma pomada massageadora para aliviar as dores no meu pé. Faço tanto esforço para ajudar meu pai, já que ele não tem mais tanta energia para trabalhar – ele é mecânico – e sou tratada assim diversas vezes ao dia.