Após perder o pai, Dominic Bennett, capitão do exército, mergulha de volta na dura realidade da guerra, passando meses distante de seu lar.
Ao retornar, traz consigo os traumas vividos no Afeganistão, desencadeando o debilitante Transtorno de Estre...
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Rosália Sánchez
Eu quase chorei quando Dominic ficou apenas de cueca sem nenhum pudor, ou vergonha. Eu acredito que ele até se orgulhava do que mantinha no meio das próprias pernas. Apesar de eu não tentar ficar olhando muito, porque eu devo se profissional, mas não pude evitar. Estava chamando a minha atenção.
Ele deitou na mesa, e fechou os olhos tentando relaxar, coisa que eu acho que ele está precisando, pois notei seus olhos pesados e olheiras escuras enfeitando seu lindo rosto. Tive certeza de que ele não deveria dormir bem há dias.
Fiquei admirada pelo corpo dele. Sinto como se eu tivesse vendo um homem de verdade pela primeira vez na minha vida, tudo nele é grande, definido e durinho. Emoção é o que eu sinto ao deslizar as minhas mãos pelas costas larga dele. Nunca que havia presenciado tanta virilidade em toda minha vida.
Os músculos deles estavam todos enrijecidos no início da massagem, e conforme eu pedia para ele respirar, foi ficando cada vez mais relaxado, e a sua respiração começou a se tornar lenta e pesada. Fui até às suas coxas e eu senti minhas mãos formigarem ao tocar lá. Ele é muito homem, e eu estou chocada com isso.
Suas pernas possuem pelos, e de uma maneira muito estranha isso me atraí, porque esse detalhe o deixa tão másculo a ponto de deixar a minha boca seca.
— Jesus Cristo. — Pensei em voz alta.
Massageie suas coxas, pernas, pés, voltei a suas costas, exercendo mais pressão que antes, e ele mal se movia. Foquei em seus ombros, braços e pescoço, e quando eu iria pedir para ele virar, notei que estava em um sono profundo.
Não fazia ideia do que fazer agora, o homem simplesmente apagou, e diante ao estado em que ele estava, eu não tive coragem de acordá-lo. Imagino o tanto de coisas que ele viveu na guerra e que devem tirar o sono dele. Por fim decidi arrumar as minhas coisas em silêncio, e deixá-lo dormindo com o cheiro das velas e em cima da minha mesa mesmo, depois ele pode dar um jeito de devolver para mim.
Arranquei uma folha do meu bloco de notas, e anotei um recado para ele deixando o meu número de telefone, pedindo para me ligar, ou enviar uma mensagem quando acordasse.
Saí do apartamento de Dominic e fui direto para o salão da minha mãe, estava andando nas nuvens depois de ter colocado as minhas mãos no capitão gostoso do exército, e tenho certeza que Steven vai ficar se roendo de inveja de mim quando souber do meu mais novo cliente. Eu não queria nem lavar mais as minhas mãos, mas infelizmente terei que lavar o cabelo da loira chata – que eu nunca lembro o nome.
Cheguei no salão e ela já estava à minha espera. Travei uma batalha para não revirar os olhos. Steven me olhou, já sabendo que eu odeio essa mulher e soltou um sorriso reconfortando para mim.
— Lia, eu gostaria muito de falar com você, alguma coisa no shampoo da última vez me deu caspas. — Isso mesmo, sem nenhum "bom dia" ou um "oi".
— Então, querida, eu acabei de colocar o pé no salão, e eu ainda tenho 10 minutos para atender o seu horário, só aguardar um pouquinho.
Minha mãe segurou uma risada e se concentrou nos cachos que estava fazendo em sua cliente. Sábado é um dia agitado no salão, porque tem muitas mulheres querendo se aprontar para o final de semana, ou até mesmo pessoas procurando para fazer penteados e maquiagens, e essa parte fica sempre para mim, então eu já sei que hoje será um dia que eu sairei tarde daqui.
Guardei minha mochila e chamei a loira resmungona para eu dar uma olhada em seu cabelo. Ela é o tipo de mulher que sempre fica com o nariz em pé, e come ovo frito pensando que é caviar de um salmão de um milhão de dólares.
Analisei o cabelo dela, e o cheiro não estava me agradando muito, fora que ele estava bem oleoso.
— Uma pergunta, linda. — Debochei, porque não lembro o nome dela, então usarei inúmeros adjetivos para me comunicar com ela. Sendo que a minha vontade era de chamar ela de loira azeda, porque a mulher já é branca como um papel, e ainda quer o cabelo dela quase branco, e isso a deixa esquisita. — Há quantos dias você não lava o seu cabelo? Só para eu saber mesmo.
— Eu lavei aqui a última vez.
Quando ela respondeu, todo o salão olhou na direção dela, todos, sem exceção. O cabelo dela está podre, porque ela é porca e vem querer reclamar do meu shampoo? A última vez que ela veio aqui foi há 20 dias! Ah me poupe, senti meu sangue fervendo nas minhas veias, mas minha mãe me pediu calma com um movimento labial sutil.
— Então, o nosso cabelo tende a ficar oleoso e com caspas por causa de falta de higiene, e esse é definitivamente o seu caso. — Respondo, bem plena.
— Você está me chamando de porca? — Ela levou a mão no peito, e eu coloquei a minha mão na minha cintura e olhei diretamente para ela.
— Se você interpretou assim... Enfim, você deve lavar seu cabelo no mínimo uma vez por semana, e mesmo assim eu recomendo que seja mais, se isso não é falta de higiene, eu não sei o que é.
— Glória, como você deixa sua filha falar assim comigo? — A mulher levantou da cadeira e tentou me encarar. Não é porque eu sou baixinha que eu não seja boa de briga. Estufei o meu peito e empinei o nariz para ela.
— Ela tem razão, você chegou reclamando de caspas e ela só explicou o que estava acontecendo.
— Mas ela foi rude, e mau educada comigo! — Quase deu um grito.
— Bom, minha querida, você foi rude com minha filha no momento em que ela pisou nesse salão, se você não está satisfeita, peço que se retire agora do meu estabelecimento, ou eu tirarei você daqui na base do tapa.
Agora foi a vez da minha mãe por as mãos na cintura e olhar de cara feia para a loira sem nome. A velha azeda pegou a sua bolsa e saiu do salão levando consigo o fedor do seu cabelo, pisando bem forte no chão, e chamando minha mãe e eu de duas folgadas. Se eu sou folgada e mau educada, eu não sei, mas porca é uma coisa que eu definitivamente não sou.