Após perder o pai, Dominic Bennett, capitão do exército, mergulha de volta na dura realidade da guerra, passando meses distante de seu lar.
Ao retornar, traz consigo os traumas vividos no Afeganistão, desencadeando o debilitante Transtorno de Estre...
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Rosália Sánchez
Tentei ignorar o fato de Dominic estar me olhando, isso desde o momento em que ele chegou aqui, ficou me encarando e eu fiquei nervosa. Ainda mais quando a senhora Smith, ficou claramente afetada com a presença dele. Vi o queixo da mulher ir ao chão e voltar quando ele entrou no salão, invadindo o nosso espaço de mulher com o seu excesso de masculinidade. E eu não julgo ela, até porque eu me senti assim toda vez que eu o vi, e não foi diferente agora.
— Aqui, minha querida. — Senhora Smith me entregou o dinheiro, eu contei e vi que estava certo, então a dispensei, dando um boa noite e um beijo na bochecha. E ela não deixou de apertar a mão de Dominic.
Respirei fundo, porque eu não queria que ela tocasse ele, e ficaria feliz se ele recusasse o aperto de mão, mas não posso impedi-lo de ser educado com outras mulheres só porque eu quero.
— Vim devolver a sua mesa. — Ele apontou a maleta que estava apoiada no chão.
— Ah, muito obrigada. — Sorri para ele.
— Eu que devo agradecer, estava precisando dormir um pouco.
— Bom, vejo que conseguiu. Fiquei com pena de acordar você, estava dormindo profundamente, então...
— Obrigado. — Agora foi a vez de ele sorrir para mim, e ignorei o fato do olhar dele ter percorrido rapidamente pelo meu corpo. — Você vai embora agora?
— Sim, vou sim, eu só precisava fazer o cabelo dela, e já está tarde. Que pessoa faz um penteado essa hora? Ela disse que tinha um encontro com o marido, eles devem ir a um motel, ou coisa do tipo, porque não é... — Ouvi a risada de Dominic, e fiquei envergonhada na hora. Meu Deus, eu só falo besteiras.
— Talvez eles querem apimentar a relação, fazer algo diferente.
— Bom para eles. — Sorrio sem graça. — Não deve ser fácil com 4 filhos dentro de casa.
— Com certeza não. — Ele enfia as mãos no bolso, e observo a língua dele passeando pelos seus lábios, e eu fico com a boca seca. — Quer uma carona?
— Eu vou aceitar, sim. — Respondi. Que mal tem uma carona? Eu iria pagar Uber, irei economizar 10 dólares. — Só vou fechar o salão.
