Escrevendo nosso futuro - Supercorp

Capitulo 17

- Eu fiquei tão ocupada com a investigação e a L-Corp que me esqueci de ligar. - Lena suspirou e levantou a cabeça para olhar Helena. - Como você está?

- Bem, não é como se eu e o meu pai fossemos melhores amigos. - Helena respondeu com frieza enquanto tomava seu café do Starbucks.

Estavam sentadas em uma mesa afastada, no Starbucks mais perto da CatCo. Lena não quis ter essa conversa lá, sabendo que Kara poderia facilmente escutar.

- Então, o que quer de mim? - Resolveu perguntar de uma vez, não estava gostando da enrolação.

Helena não era uma pessoa ruim quando Lena à conheceu, mas agora Lena tinha medo da pessoa em que ela havia se tornado com o passar dos anos.

- Estou assumindo os negócios do meu pai. Queria que você soubesse, já que estava trabalhando em algo com ele. - Explicou enquanto olhava friamente nos olhos de Lena.

- Seu tio me ligou hoje mas cedo, pensei que ele estava assumindo os negócios. - Lena agora estava confusa. Por que  Maxwell havia sido quem ligou então?

- Ele acha que vai, mas ja já eu assumo as coisas. - Explicou enquanto ria. A família Bertinelli não era brincadeira.

Lena achou estranho Helena simplesmente procurá-la para "bater papo", mas ignorou a sensação de que algo estava errado e passou a tarde com ela.

***

Uma menina com traços finos e cabelo na altura dos ombros se encontrava desacordada dentro da pequena cápsula, uma muito parecida com a cápsula em que chegou Kara.

- Então, quem é ela? - Perguntou Brainy se aproximando de Alex que estava observando a garota.

- Eu não sei, mas preciso que você descubra. - Respondeu e saiu andando, sem muitas explicações.

- Como você quer que eu descubra quem é ela, sem ao menos uma informação? - Brainy se aproximou novamente de Alex, completamente confuso com a atitude da ruiva, que parecia pensativa.

- Não precisa, a gente conhece ela. - Lizzie disse, se aproximando com Mia e Leonard.

- O que? Como assim? - Quis saber Alex, se perguntando se a outra garota também era do futuro.

- Ela é filha de Nyssa Al Ghul, irmã de Talia Al Ghul, líder da Liga dos assassinos. - Explicou Mia, se aproximando da cápsula para ver a garota de perto. - Se chama Allyssa Al Ghul.

Ótimo, outra viajante do tempo, mas dessa vez era a filha de uma assassina. Onde estava Kara essas horas?

- E ela..? - Alex ia começar uma pergunta, mas ficou em dúvida se deveria ou não.

- Não, ela não é uma assassina. - Leonard suspirou - É uma jovem de 19 anos normal.

A verdade era que Leonard teve sentimentos pela garota no passado, mas ela decidiu que não cairia na teia dos Lance como sua mãe, que foi apaixonada pelas duas irmãs Lance e perdeu as duas.

Mia observava de longe, não queria se aproximar para não tirar Leonard da bolha em que estava. Mia e Allyssa costumavam ser próximas, mas depois que o poder subiu a cabeça da morena elas se afastaram drásticamente.

- Tirem ela daí, levem para a enfermaria e façam todos os exames necessários. - Alex deu as indicações e seus agentes foram atender, enquanto Mia pensava naquilo.

O que ela fazia ali? Não fazia sentido algum todos os jovens envolvidos com os super-heróis simplesmente serem mandados pro passado. Eles estariam em perigo? Essa pergunta não parava de rodar na cabeça de Mia.

Mia e Lizzie cruzaram os olhares, claramente tinham chegado a mesma conclusão. Mia cutucou Leonard e os três foram caminhando silenciosamente até entrarem em uma sala vazia.

- Você está pensando o mesmo que eu? - Perguntou Lizzie virando-se para Mia assim que fechou a porta.

- Acho que sim...como não pensamos nisso antes? - Quis saber, parecendo frustrada com si mesma.

- Aloo? Eu to aqui e não entendi do que estão falando. - Leonard se pronunciou, parando na frente das duas garotas.

- Por que todos os jovens envolvidos com os super-heróis estariam sendo mandados pro passado? - Questionou Mia, se aproximando do amigo e colocando uma mão em seu ombro.

- Estamos sendo todos mandados pra bem longe das nossas casas. - Lizzie completou a ideia.

- Nós estamos em perigo. - Concluiu Leonard em um sussurro, vendo o quão pior aquilo era. Significava que a coisa era tão feia que seus pais tiveram que se livrar deles.

- Temos que voltar. - Disse Lizzie, olhando nos olhos de Mia, que apenas assentiu.

***

Lena tinha acabado de chegar em seu escritório, mas com uma sensação estranha, estava tudo muito silencioso. Lena decidiu que iria até o laboratório, já que aparentemente Jess não estava.

Ao entrar em seu laboratório uma luz se acendeu em sua cabeça. Os Bertinelli's não fazem nada por acaso.

- S-senhorita L-luthor.. por f-favor... - Assim que Lena escutou Jess chamá-la correu até ela e quis chorar pela garota.

O laboratório estava destruído, papéis estavam no chão e havia vidro pra todo lado, mas o pior era Jess toda ensangüentada no chão, que aparentemente tinha levado uma surra.

- O que aconteceu aqui!? - Lena perguntou em desespero, ajudando a pobre Jess se levantar.

- E-eles entraram qua-quando... eu estava... or-organizando... - Jess tentou explicar, mas estava muito nervosa e muito ferida.

- Está tudo bem, vou levar você pra um lugar seguro. - Lena disse, tentando acalmar a garota e a levou nos braços para a enfermaria da L-Corp. - Não faça perguntas, apenas cuide dela. - Disse para a médica que se encontrava no local, colocando Jess na cama e saindo rapidamente.

Lena voltou ao laboratório para ver o que é que haviam levado, mas não se surpreendeu quando viu que haviam levado apenas a pesquisa do micro-chip, então sabia que tinha sido os Bertinelli's.

Rapidamente Lena chamou seu motorista e pediu que rumasse até a mansão de Helena, precisavam falar sobre isso, Lena não toleraria isso. Assim que chegou os portões já estavam abertos, como se esperasse por ela.

- O que pensou que estava fazendo? - Perguntou enquanto entrava na sala de estar de Helena sem avisar.

- Só queria saber como ia o desenvolvimento do projeto. - Respondeu como se nada, sem levantar a cabeça e olhando para o celular.

- Você poderia ter me pedido!! Não precisava dar uma surra na minha assistente! - Lena levantou a voz, claramente estressada com as atitudes de Helena.

- É, eu poderia. - Helena finalmente se levantou e caminhou em direção a Lena. - Mas queria que você entendesse que não estou de brincadeira.

Lena se assustou, nunca tinha visto Helena tão fria assim. A mulher tinha seus maus momentos, mas Lena nunca à tinha visto tão parecida com o pai antes.

- Da próxima vez, me liga antes de roubar minhas pesquisas. - Disse simples e saiu pela porta da frente, pisando duro.

Helena riu e pegou o celular.

- Ela não gostou. - Disse assim que a outra mulher atendeu o telefone.

- Essa era a intenção. - Deu uma risada leve. - Lembre-se, seja dura e não recue! Conheço Lena, ela vai ficar movida pelo medo e vai fazer tudo que você quiser.

- Eu também conheço ela, acho que esse não é o melhor método. - Helena quis contrariar a mais velha.

- Sou a mãe dela, sei o que digo.