Dormi tranquilamente, e sem sonhos desta vez.
Quando acordei com o despertador tocando, eu já não sabia mais no que acreditar, me sentei na cama, e começei a pensar se a garota com quem conversei era real, ela parecia real e sendo uma feiticeira era ela capaz de invadir o meu sonho, mas será que viria mesmo?
Depois de dez minutos, decidi me levantar e me aprontar para a escola, eu deveria estar louca mesmo.
Tomei banho, me vesti, tomei café da manhã e sai pela porta rumo a escola.
Estava na esquina, a rua estava totalmente vazia e eu estava passando por uma pequena praça cheia de árvores e arbustos, quando ouvi um sussurro, mas quando me virei não tinha ninguém.
-Carolina, sua tonta eu tô aqui.
Desta vez ela falou em voz alta e eu sabia quem era.
-Maia!!! -Gritei indo de encontro á ela e a abraçando.
-Shhhhhhhh, tá louca quer que alguém nos veja? -disse ela com a mão na minha boca, e quando me calei ela me abraçou.
-Quase acreditei que você havia se lembrado. -Ela abriu um sorrizinho torto pra mim.
-Porque você está se escondendo atrás de uma árvore? Não tem ninguém aqui.
-Eu lembro de quando eu fiz essa mesma pergunta e você me fez um mega discurso sobre responsabilidades e não deixar humanos me verem. -Ela estava se lembrando de alguma coisa, mas infelizmente eu não compartilhava dessa lembrança.
-Agora vamos antes que eu fique sem energia para abrir o portal. - Eu não fazia idéia do que ela estava falando, ouvi dizer que feiticeiros ficam fracos ao usar de mais a mágia e que ela se esgotava, mas criar um portal não utilizava tanta mágia assim, a menos que esteja fazendo isso em um local de grande poder, o que não era o caso já que no Brasil não havia feiticeiros além de mim e meu pai.
Ela me puxou pelo braço, nos enfiamos atraz de um arbusto, na praça que estava totalmente vazia, e meio que entramos dentro dele, mas não sei explicar, tinha uma espécie de nervosa branca, eu não conseguia enxergar nada, e no início pensei estar caindo, mas depois vi que não estava, e de repente foi como se uma porta de madeira com vários símbolos talhados nela, aparecesse do nada, ela se abriu conforme eu me aproximava, mesmo eu estando completamente parada, quando passei por ela um clarão branco me cegou e eu fechei os olhos. Quando os abri novamente estava em um lugar mágico.
Literalmente, havia diversas criaturas mágicas andando pelas ruas, desde fadas até centauros. Eu estava com medo e completamente maravilhada com o que via. Tanto que ainda nem tinha me dado conta de que estávamos escondidas atraz de outro arbusto, mas esse era diferente ele não tinha folhas, era completamente coberto por flores e frutas azuis. Pareciam deliciosas e eu queria uma.
-Não faria isso se fosse você. - era Maia me interrompendo segundos antes.
- Porque?
-Comida de fada é fatal para feiticeiros. Agora vamos sair daqui antes que alguém te veja. - ela começou a me arrastar para dentro de um prédio aparentemente abandonado.
Quando passamos pela porta vi que aquilo não era um prédio, era uma passagem secreta que dava em um campo aberto, cheio de flores, árvores, e que tinha um cheiro forte de rosas mesmo não tenho nenhuma delas aqui.
-Uauuuuu.
-Eu sei é lindo, vamos tem um lugar que preciso te mostrar. - Maia desta vez não me puxou só foi andando na frente e eu a segui.
-Vai me contar onde estamos?
-Vou te contar mais do que isso. Só que primeiro temos que chegar a floresta, eu estou esgotada.
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Amnésia
RandomCarolina é uma poderosa feiticeira que perdeu a memória. E ela vive se deparando com pessoas que não conhece. Mas Carolina corre grande perigo já que um poderoso feiticeiro está atrás dela. O que ela fará sem saber em quem confiar?