Capítulo 13

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-Viu, ainda mente. Eu já conheço o seu nome falso.

-É o que eu estou tentando explicar, esse não é meu nome falso, é o verdadeiro achei que era uma boa estratégia te contar o verdadeiro e dizer que era o falso. - confessei, minha mentira durou menos do que eu imaginava.

-Você..você...

-Sim sou a princesa perdida que agora fugiu de novo.

-Mentiu pra mim? Você me enganou. Como ousa!?

-Como ouso? Do que está falando? Não tá nem um pouco preocupado por ter ajudado a princesa fugitiva a se abrigar, por ser um cúmplice, nada?

-Sabe como eu andei preocupado com você sua imbecil?

-Preocupado?

-Sumiu por dois anos, achei que estava morta, e agora você aparece diferente e ainda me engana!?

-Do que você está falando? Eu nem te conheço!

-Como assim não me conheçe? -Ele se calou, esperou por uma resposta e quando não a teve pareceu se lembrar de algo quando bateu na sua propria cabeça com a mão. -O feitiço, é isso não é? Funciou você não lembra de nada, meu deus deu certo mesmo!

-Da pra me explicar o que está acontecendo e quem é você de verdade? Porque até agora eu não fiquei sabendo o seu nome.

-Sebastian, Sebastian Hortman. O seu... namorado.

-Que!? - Namorado! Mas ele não era mal? Não era o vilão da história? Céus o que eu fiz, como vim parar nessa situação?

-Eu te explico.

-Eu gostaria muito disso agora. -ele fez um gesto para que eu me sentasse. Sentei, ele sentou-se ao meu lado mas sem encostar em mim, e começou a revelar toda a história.

-Bom como você já sabe, é a princesa, e eu sou um príncipe mas de outro reino, nossos pais nos apresentaram com a intenção de unir nossos reinos, mas discordávam de alguns assuntos, meu reino queria se revelar aos mundanos enquanto o seu discordava completamente, nossos pais resolveram que essa união não daria certo, entraram em guerra, e foi quando meus pais morreram defendendo sua opinião e a de todo o povo, - ele fez uma pausa, e retomou à história - mas eles não contavam com o fato de termos realmente nos apaixonado um pelo outro, proibiram o namoro, e pouco tempo depois faleceram, eu assumi o trono e defendi meu povo, você não concordou, tinha o segredo do enigma que poderia juntar nossos povos e libertar-nos de segredo quando revelassemos aos mundanos, você recusou oferece-lo, eu enlouqueci e disse que o tomaria a força, mas antes que pudesse você fez o feitiço mais poderoso e perigoso que já exisriu em toda a história!  se auto conjurou uma amnésia e fez com que você e todos aqueles que sabiam o segredo do enigma esquecessem dele, mas em você o efeito foi mais forte, desmaiou no final e eu pensei que tivesse morrido, seus pais te levaram para o castelo e nunca mais se teve notícias suas, eu reivindiquei ao trono, o cedi ao meu irmão maos novo que convenceu a todos que esta guerra já havia gerado mortes de mais e que era a hora de aceitar a não união dos reinos, ele é o melhor rei que o reino já teve.
Após sua morte eu me exílei aqui, não tinha um amigo, na verdade aquela barraca só serve para eu guardar minhas coisas.

Ele parou esperando por uma resposta ou uma reação, não sei qual dos dois, mas devo ter o decepcionado, já que não fiz nenhuma das duas coisas.
Então ele continuou:

-Me arrependi cada dia desses dois anos, e então você apareceu, e me lembrava tanto ela ou melhor você, e me apaixonei de novo, mas você estava diferente, mudou o cabelo, falava diferente e até está com a pele um pouco bronzeada. -Fez outra pausa. - Nunca deixei de te amar nem mesmo por um segundo, mas tive medo de te machucar.

Então era isso, a verdade, aquilo que eu venho procurando por toda a minha vida (a que lembro pelo menos), finalmente a tenho, o mistério acabou, e eu me sinto como se tivesse terminado um livro, sinto-me sem rumo, sem um objetivo, sem tem pelo que lutar, sem ter um sentido para viver, mas foi quando parei, sempre ha um motivo para viver, e o meu motivo estava parado bem na minha frente.

-Sebastian.

-Carolina.

-Quer mudar o mundo ao meu lado? -Ele sorriu, se aproximou e disse por fim.

- Primeiro eu preciso te perguntar uma coisa.

-Pergunte.

-Carolina, aceita namorar comigo? De novo?

-Aceito. - ele se aproximou mais e me beijou, um beijo longo e demorado, foi então que aconteceu, eu lembrei não trechos como antes, dessa vez lembrei de tudo, de quando era criança, de quando conheci a Maia, de quando fui a praia e tive medo do mar, de quando conheci Sebastian e me apaixonei por seus olhos azul-escuro e cabelo loiro escuro, da discordância entre os reinos, da guerra, da morte de seus pais, e do momento em que decidi acabar com tudo aquilo, com tudo que sabia e arriscando minha própria vida para terminar com a guerra.

-Você está bem? - Sebastian me olhou preocupado.

-Melhor do que isso, estou ótima. - eu o beijei e ficamos nisso por um tempo, até que resolvemos voltar e assumir tudo.

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