" Capitulo 13 "

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   * Ariel Anderson

   Por algum milagre consegui convencer tia Rosana a ir para a fazenda comigo, ontem graças a Deus ela recebeu alta do hospital, agora só tem que descançar bem e se cuidar que vai estar nova em folha.

– Essa é a última – entrego minha mala para Erick, que a pega á colocando no porta-malas, me viro para minha irmã – Não acredito que vai ter que ficar.

   Vivian não conseguiu suas férias para hoje, o infeliz do chefe dela, só a liberou amanhã, Pascal vai leva-lá amanhã para a fazenda.

– Mais eu vou amanhã, não fique triste – diz segurando meu rosto entre suas mãos.

– Eu sei mas seu chefe poderia ter te dado férias apartir de hoje, já disse que ele te explora – faço beicinho e ela rir de mim.

– Bobinha, te amo – fala deixando um beijo na minha testa.

– Te amo, fadinha – digo emocionada.

– Não acredito que ainda se lembra disso – uma lágrima escorre por seu rosto.

– Nunca vou esquecer minha fadinha brilhante – lhe abraço bem forte.

    Quando eu tinha oito anos, fiquei muito triste porque tinha pegado uma gripe e estava de cama, e não poderia ir a festinha de aniversário de uma colega da escola, então, Vivian improvisou uma fantasia de uma fada e nós fizemos a nossa própria festa, o apelido de fadinha pegou e sempre a chamo assim em momentos importantes, como esse.

– Arie, vamos – escuto Erick me chamar.

    Olho por cima do ombro e o vejo escorrado na porta do motorista, da caminhonete, com os braços cruzados nos observando, só balanço a cabeça para ele e volto a olhar para minha irmã.

– Tchau, me ligue quando sair amanhã – peço e me despeço à abraçando de novo.

– Pode deixar.

    Entro no carro afivelando o cinto, aceno para ela, Vivian acena de volta e manda beijo.

    Dez minutos depois de estarmos na estrada, olho para tia Rosana pelo retrovisor, ela está estranha desde que contei que vou me casar e que estou grávida, suspiro lembrando de sua reação :

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Então tia, eu queria contar uma coisa para a senhora, uma não, duas – falo me aproximando de sua cama receosa, parando ao pé da cama.

– Fala minha filha – ela diz tranquila e curiosa.

   A se ela soubesse. Pior que vai ficar sabendo agora, inspiro e expiro antes de soltar a bomba.

– Eu vou... Eu vou me casar.

– Casar? Eu não acredito que você voltou com aquele crápula, ele te traiu – ela diz exaltada.

– Não é com o Guilherme, é com o Erick – praticamente sussurro – E, eu estou grávida.

     Ela me olha com os olhos arregalados de surpresa e confusão, sem entender nada.

– Como você vai se casar com seu chefe? E ainda por cima grávida? Eu não estou entendendo mais nada – ela dispara uma pergunta atrás da outra.

– A senhora não precisa entender nada, só estou avisando para a senhora não ser pega de surpresa, só isso – respondo.

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   Depois disso quase não conversamos, de vez em quando Erick me lança um olhar interrogativo, mas sempre desvio o olhar dele. Me assusto quando Erick coloca sua mão na minha coxa, olho para ele franzindo a testa.

– Chegamos.

   Desço e ajudo titia sair do carro, logo Marcus aparece com mais dois peões para ajudar, enquanto os peões levam nossas malas e Marcus se prontifica em levar tia Rosana para dentro, fico os observando e nem percebo que Erick esta ao meu lado.

– Alguma coisa te preocupa? – pergunta pegando minha mão na sua.

  Só dessa vez, permito que ele fique tão próximo assim, me tocando.

– Tia Rosana não reagiu muito bem, quando contei que estava grávida e que iria me casar com você – conto cabisbaixa.

– Não se preocupe, dê um tempo para ela – diz me puxando pela mão.

   Caminhamos até a entrada, subindo os três degraus, ao entrarmos na sala encontramos Maria, tia Rosana e Marcus conversando. Assim que nos ver Maria se levanta, vindo nos abraçar.

– Que bom que estão de volta, essa fazenda não é a mesma sem vocês – ela diz nos fazendo sorrir.

– Ah Maria, também senti saudades – digo á apertando em meus braços.

– Já fiz o que me pediu, Erick – Maria avisa.

   Ele só balança a cabeça concordando, o olho franzindo a testa interrogativamente, mas ele não responde, só descarta minha pergunta silenciosa com  um aceno de mão.

   Maria me ajuda a instalar tia Rosana no quarto de hóspedes, após o jantar queria um banho, já estava indo para meu quarto quando Maria me lembrou que agora meu quarto é o mesmo que o de Erick, senti meu rosto ficar vermelho ao perceber que tia Rosana tinha escutado.

– É mesmo, eu me esqueci, com licença – peço antes de sair praticamente correndo da sala de jantar.

    Ando pelo corredor contrário do meu antigo quarto, o de Erick fica no final do corredor, a suíte, ao observar seu quarto percebo que ele tem a mesma decoração rústica, do resto da casa, antes de fechar a porta escuto passos apressados, ao olhar por sobre o ombro vejo Erick adentrar o quarto.

– Será que você poderia me dar privacidade, pelo menos para tomar banho – falo zangada.

– Esse também é meu quarto – diz com toda sua calma, o que me irrita mais ainda.

– Não pedi para mudar minhas coisas de quarto  – falo arrisca.

  Ele não me responde, simplesmente me puxa para seus braços e me beija, me fazendo derreter, caramba meu humor está oscilando.

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