" Capitulo 19 "

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* Ariel ( Anderson ) Mendonça.

- Você Erick Albert Mendonça, aceita Ariel Jhuliah Anderson, como sua legitima esposa para ama-lá e respeita-lá, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por toda sua vida até que a morte os separe? - o padre pergunta.

- Aceito - Erick responde deslizando a aliança por meu dedo anelar esquerdo .

- E você, Ariel Jhuliah Anderson, aceita Erick Albert Mendonça, como seu legitimo esposo, para ama-lo e respeita-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por toda sua vida ate que a morte os separe .

   Demoro uns cinco segundos para responder.

- A... Aceito - deslizo a aliança por seu dedo anelar esquerdo .

- Pelo poder investido à mim por Deus e pela lei, eu os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva .

   Para os convidados foi um beijo de um casal apaixonado, mas para mim só foi um encostar de lábios, mais para me provocar, Erick passa a ponta da lingua no canto da minha boca.

   A recepção para os convidados vai ser no jardim da fazenda, onde tem mesas e cadeiras espalhadas por todo gramado, esta tudo tão lindo e a comida saborosa, tiramos fotos com todos, dançamos a valsa e depois joguei o buquê, que caiu diretamente nas mãos de tia Rosana, fazendo ela e Pascal ficarem vermelhos .

- Olá, vim desejar felicidades aos noivos - nos viramos ao ouvir uma voz aguda e enrouquecida pela idade, atrás de nós.

   É Flavio, irmão de Frederick, não o percebi se aproximar.

- Obrigada - agradeço abrindo um sorriso fraco.

- Será que eu poderia falar com a noiva, em particular? - ele pergunta e franzo a testa.

- Claro - respondo desconfiada - Vou usar seu escritório, tudo bem? - pergunto à um Erick comfuso também, ele só confirma com a cabeça .

   Antes de eu sair ele deixa um selinho em minha boca.

- Vamos.

    Viro as costas caminhando para dentro da casa, atravessamos o corredor e entramos na segunda porta à esquerda, me sento na cadeira de Erick atrás da mesa de mogno e ele se senta a minha frente, percebi que ele está bem nervoso.

- O que o senhor queria falar comigo? - pergunto meio impaciente, querendo voltar para a festa.

- Você é igual a sua mãe, sempre decidida - diz me pegando de surpresa.

- O senhor conhecia minha mãe? - pergunto curiosa.

- Eu conhecia sua mãe muito bem, tanto que tivemos você e Belinda, sua irmã gêmea - responde.

  Minha respiração trava, acho que eu ouvi mal, ele não pode ter acabado de dizer o que acho que disse .

- Não... Não, não. Você esta mentindo, você não é meu pai e eu não tenho nenhuma irmã gêmea - falo desesperada, com os nervos em ebulição - Mentiroso! Como se atreve a vir até a minha casa, na minha festa de casamento, para dizer mentiras - minha voz vai aumentando drasticamente e no já estou gritando.

- Não é nenhuma mentira - ele contra ataca - Eu escolhi seu nome e Arietta o de Belinda, quando vocês nasceram decidimos cada ficar com uma bebê, eu fiquei com Belinda e a sua mãe com você, mas por uma fatalidade Bel morreu aos onze anos por insuficiência respiratória e desde então venho procurando por você... À um ano contratei uma detetive particular, alguns meses depois, ela encontrou pistas do seu paradeiro e por coincidência do destino meu irmão é padrinho do seu marido, aquele dia em que nos conhecemos tive tanta vontade de contar tudo, que eu era seu pai e te abraçar bem forte.

   Ele me olha esperando alguma reação minha, mais a verdade, é que não sei como reagir, ainda estou tentando assimilar tudo o que foi dito nos últimos minutos .

     A única coisa que faço é me levantar da cadeira e sair porta a fora do escritório, caminho apressadamente até meu quarto, abro e fecho a porta, passando a chave, à trancando, ainda escorada na porta deslizo até estar sentada no chão, trago meus joelhos até o peito escondendo minha cabeça, é quando o primeiro soluço escapa.

    Não sei quanto tempo passei nessa posição, até que escuto baterem na porta, a princípio me assusto por ter perdido a noção do tempo, mais me alívio a escutar a voz de Erick.

- Ariel, amor - mais uma batida na porta, e me levanto do chão meio tropega - Abre a porta.

   Giro a chave na maçaneta e abro a porta, revelando o rosto preocupado do meu marido, ele ja esta sem o terno, somente com o colete, a blusa branca e a gravata.

- Erick - me jogo em cima dele, passando meus braços ao redor de seu pescoço, soluçando.

- Arie, o que houve? Fiquei preocupado e agora estou mais ainda, por que está chorando? Aquele homem fez algo com você? - ele dispara uma pergunta atrás da outra, enquanto nos empurra para dentro do quarto, fechando a porta atrás de sí.

- Aquele homem disse... Disse que é meu pai e que eu tinha uma irmã gêmea - respondo chorando e soluçando .

- O quê?.

   Ele está tão espantado quanto eu .

    Erick me faz deitar em nossa cama, ele fica acariciando meus cabelos até eu pegar no sono. Um sono conturbado, onde aparece uma cópia de mim em um caixão , ao seu lado esta mamãe repousada em seu próprio caixão, no dia do seu velório, depois tudo muda e estou novamente no escritório de Erick, onde revivo toda a história que aquele que se diz meu pai me contou, quando acaba se reinicia toda a cena várias e várias vezes.

    Acordo assustada e apavorada, Erick vem ao meu socorro entregando-me um copo com água, mas a água esta com um gosto estranho, alguns minutos depois me sinto sonolenta e logo volto a dormir, agora sem sonhos .

Música da entrada da Ariel no casamento, tinha esquecido de colocar...

                    ヽ(*≧ω≦)ノヽ

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